[ANSOL-geral] Re: [Ansol-socios] O "puto" do Linux

Rui Miguel Silva Seabra rms 1407.org
Quarta-Feira, 13 de Março de 2013 - 19:46:41 WET


É preciso mais que argumentar ideias abstratas, Rafael.

É preciso concretizar projetos, meter mãos à obra e aplicar o devido
suor...

Trás mais resultados o chegar-se à frente para levar projetos
avante, do que lamentar que os outros não fazem as nossas ideias (e
as ideias é como diz a expressão, uma dúzia custa 10¢).

Para já, a aplicação do "think global act local" está a dar frutos
muito interessantes (para já no DFD 2013 https://ansol.org/dfd2013 que
infelizmente ainda conta com poucos inscritos) mas há mais coisas
interessantes que vão sendo geminadas.

Aquilo a que chamas de elite são as pessoas que têm um emprego ao longo
do dia, e que retiram tempo ao tempo da família e do necessário relaxe
e lazer para dar o seu suor e levar a cabo projetos.

Só te faltou uma coisa para não te distinguires dessa suposta "elite".

Fazer.

Rui

On Wed, 13 Mar 2013 10:29:26 +0000
rafael.antonio  sapo.pt wrote:

> "O principal inconveniente deste tipo de eventos é que obriga as
> pessoas a usar dias de férias para conseguir ir a uma escola no
> horário de funcionamento da mesma porque coisas ao fim-de-semana e
> opcionais tendem a não ter grande adesão junto desse público."
> 
> Pois amigos este podia ser um tema para encontrar os grandes
> objectivos da ANSOL. Já o defendi há alguns anos atrás e continuo a
> acreditar que em vez de uma elite dedicada as questões muito técnicas
> se deveria enveredar por uma massificação para divulgar o uso do
> software livre. Isto pode merecer alguma controversia mas basta olhar
> para trás e pereceber os projectos falhados como o "MAGALHÃES".
> 
> Rafael António
> 
> Quoting Manuel Silva <msilva  portolinux.net>:
> >
> > Olá Nuno!
> >
> > Às duas por três vou falar a escolas (tipicamente secundárias)  
> > acerca de software livre, Linux e comunidades. Não entro em
> > detalhes filosóficos, falo no sentido prático da coisa: do poderem
> > instalar em vários computadores, do poderem copiar para amigos e
> > familiares e, claro, das comunidades em torno do software livre
> > (por razões óbvias, há uma maior predominância em torno do Porto
> > Linux, já faço parte da sua fundação).
> >    Curiosamente a última vez que o fiz foi precisamente em  
> > Guimarães, há cerca de um ano, na Escola Francisco de Hollanda.
> > Foi muito bom e tive pena ter sido tão pouco tempo porque a malta  
> > demonstrou interesse.
> >
> > O principal inconveniente deste tipo de eventos é que obriga as  
> > pessoas a usar dias de férias para conseguir ir a uma escola no  
> > horário de funcionamento da mesma porque coisas ao fim-de-semana e  
> > opcionais tendem a não ter grande adesão junto desse público.
> >
> > Abraços,
> >
> > Manuel
> > No dia 12 de Mar de 2013 20:36, "Nuno Castro"  
> > <nuno.al.castro  gmail.com> escreveu:
> >>
> >> Pessoal,
> >>
> >>      Já venho a pensar nisto desde há algum tempo. A minha mãe é  
> >> professora no ensino primário e tem um aluno que utiliza o Caixa  
> >> Mágica. O miúdo adora aquilo e está sempre a fazer perguntas
> >> sobre o software. Vejo como um raio de luz. Eu nunca falei com
> >> ele pessoalmente, no entanto. Mas isso desperta-me uma ideia. Não
> >> creio que seja o único a pensar nisso.
> >>
> >>      Tendo em conta as "particularidades" proprietárias do
> >> projecto Magalhães (contratos com a Microsoft), gosto de pensar
> >> que um exemplo como este seria um bom ponto de partida para
> >> recuperar (ou iniciar) o impulso do software livre e da literacia
> >> tecnológica entre as gerações mais jovens. É verdade que os
> >> equipamentos disponibilizados aos alunos do ensino primário
> >> tiveram o CM pré-instalado, mas isso passou ao lado deles e dos
> >> próprios professores. Vamos ver o panorama geral: a verdade é que
> >> a (larga) maioria dos professores do ensino primário (quem for de
> >> zonas menos "urbanizadas" do país sabe do que eu estou a falar)
> >> não são pessoas que tenham facilidade em lidar com as tecnologias
> >> da informação. E se há uma grande monopolização de ferramentas
> >> proprietárias, estes são os alvos mais vulneráveis ao
> >> mercantilismo tencológico, principalmente porque olham com muita
> >> insegurança para o computador, que infelizmente continua a ser um
> >> elemento completamente estranho na vida de imensa gente. E se o
> >> computador é estranho, quanto mais os movimentos das liberdades
> >> digitais e tecnológicas.
> >>
> >>      A própria estrutura administrativa do ensino não utiliza  
> >> software livre. O pequenos cosmos da escola da minha mãe (e
> >> lamento acrescentar que é provavelmente a única escola pública no
> >> concelho de Guimarães que não tem acesso ao saneamento público - é
> >> a este nível que o país real está) é uma prova disso. Ainda hoje
> >> estive a ajudar os professores desse estabelecimento a ligarem-se  
> >> remotamente ao servidor central administrativo, tarefa que só
> >> podem desempenhar com a "internet azul" (vide Internet Explorer).
> >> O servidor corre uma versão do Windows Server 2008, que entra em  
> >> conflito com o controlo ActiveX disponível no IE8, o único que
> >> que pode ser instalado no WinXP. Sem querer entrar em mais
> >> pormenores, fica mais do que evidente que esta comunidade escolar
> >> é vítima das políticas mercantilistas da MS, fica presa ao serviço
> >> de uma empresa local (nunda.net[1]) das que são da pior espécie
> >> (aquelas que não investigam, não inovam e só pensam no lucro
> >> rápido - infelizmente o caso comum para uma empresa local), refém
> >> da falta de informação concreta sobre as alternativas exigentes.
> >>
> >>      Para além da necessidade imperativa, emergente de alargarmos
> >> a nossa acção aos meios locais concretos, que fica patente neste  
> >> pequeno caso que descrevo, a figura do miúdo que usa o CM surge  
> >> como a solução possível. Quantos miúdos assim há no país? Será
> >> que não terão, nas vossas famílias, casos semelhantes ao meu? O
> >> nosso activismo tem de passar pela educação dos mais novos e pela  
> >> captação destes pequenos entusiastas.
> >>
> >>      Imaginem a força que representa, para alguém que não conhece  
> >> ou não está ambientado com as tecnologias da informação, ver ou
> >> ter uma criança a poder mostrar-lhes como utilizar!
> >>
> >>      Pessoalmente, vou organizar uma iniciativa local em que  
> >> pretendo dar aos miúdos o papel de professores, para lhes
> >> ensinarem a "brincar" com o Linux. Fica aqui a promessa desse
> >> evento. Gostava de trazer este tema do envolvimento infantil no
> >> software livre à discussão no nosso meio. Por isso descrevi este
> >> cenário.
> >>
> >>      Espero ter-vos inspirado para acções semelhantes!
> >>
> >>      Um abraço a todos os entusiastas da Liberdade, miúdos e  
> >> graúdos! Desculpem não ter empregue o termo GNU\Linux. Foi apenas  
> >> por parcimónia.
> >>
> >>
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