[ANSOL-geral] EuroDIG

Tiago Teresa Teodosio tiago rnl.ist.utl.pt
Segunda-Feira, 24 de Junho de 2013 - 14:41:42 WEST


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Viva!


Enviei este resumo para um colega de trabalho que, por sua vez, me
indicou esta lista para continuar a discussão.

Eu fui à EuroDIG 2013 Lisboa e deixo aqui o meu resumo do evento.
Comentem, por favor.


Houve uma grande mistura de discussões sérias com conversa da treta, a
qualidade das sessões variou muito.

http://www.eurodig.org/eurodig-2013/programme


Plenary 1 - How to serve the public interest?

O tema foi bater na questão de quem é o público e qual é o seu
interesse. Foi questionada a legitimidade das autoridades que dizem
defender o interesse público.

Uns preferem ter entidades como o ICANN a regular a Internet, outros
querem legislação europeia. Uns dizem que sem legislação e regras bem
definidas a Internet vai descambar, outros dizem que muitas regras e
leis vão travar o desenvolvimento da Internet.


Plenary 2 - Governing Cyberspace: How to keep the Internet safe, free
and open?

Mais do mesmo, mas com mais detalhe sobre os tipos de leis que se
podem criar e os problemas que se estão a tentar resolver.


Workshop 3 - Searching for a common European model on network neutrality.

Qual a legitimidade que um ISP tem para filtrar tráfego?
Por exemplo a proibição de VOIP em redes móveis.
A maior prioridade do tráfego de IPTV para garantir a qualidade de
serviço TV.

A legitimidade de barrar tráfego para proteção contra ataques, por
questões de segurança e de congestionamento.
A não legitimidade de barrar tráfego por questões comerciais.
Qual a legitimidade para barrar tráfego, no combate ao SPAM?

Aplicar limitações artificiais de largura de banda a certos tipos de
tráfego para beneficiar a qualidade de certos serviços, versus,
aumentar a capacidade da rede para evitar congestionamento.


Plenary 3 - Privacy and E-Commerce - implications for children and
young people.

Crianças no Facebook. Será que alguém leu os termos e condições?

Pornografia infantil. Como combater? Big brother na Internet vs
equipas especializadas focadas em apanhar os produtores de conteúdos.

Publicidade direcionada a crianças.
Crianças que apanham no iPad dos pais e gastam 2000 euros em duas
horas a comprar aplicações.


Plenary 4 - Under which jurisdiction(s) are European citizens online?

Domínio .ly (Líbia) encerrado porque tinha na primeira página uma
mulher com os cabelos e ombros à vista.

E se for um líbio a publicar fotos de uma mulher com os cabelos e
ombros à vista num site .com?

Cada pessoa tem apenas obrigação de conhecer as leis do seu país apenas?
Cada empresa que faz negócios na Internet tem a obrigação de conhecer
a leis de todos os países do Mundo?

Haverá possibilidade de estabelecer um conjunto de regras que
satisfação a legislação de todos os países? Esse conjunto não será
demasiado restritivo?


Workshop 5: Connected TV - regulations and consequences.

A discussão foi uma treta.
Proteção de crianças, conteúdos impróprios e publicidade.
Proteção de dados, histórico de navegação na TV.
Como proteger conteúdos de produção local que não conseguem competir
com conteúdos das grandes produtoras mundiais?


E depois do almoço fui embora....


Plenary 5 - Multistakeholder approach to fighting cybercrime and
safeguarding cybersecurity


Plenary 6 - Who makes money with content? Who should pay for content?

A esta gostava de ter ido, mas paciência.

Eu acho que é possível encontrar uma forma de remunerar os produtores
de conteúdos com base no tráfego gerado no consumo dos conteúdos, e os
ISPs teriam de partilhar o valor tarifado na venda de tráfego.

Cada produtor de conteúdo poderia fornecer acesso privilegiado (por
exemplo sem publicidade ou com artigos mais completos) aos seus
conteúdos através de IPs distintos dos atuais. O tráfego gerado
através desse acesso seria tarifado aos ISPs, e estes refletiriam o
custo no preço do tráfego tarifado aos clientes. Todos os proxies com
cache dentro das redes dos ISPs teriam de ser monitorizados para
aferir a verdadeira quantidade de tráfego gerado pelo acesso aos
conteúdos.

A verdade é que os ISPs vendem largura de banda cada vez maior porque
os clientes querem consumir multimédia com qualidade cada vez maior.
Mas depois os ISPs não pagam nada aos produtores dos conteúdos.



Cumprimentos.
- -- 
Tiago TT

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