[ANSOL-geral] Fwd: [ESOP] - Posição oficial sobre a Lei da Cópia Privada

Randolph Carter zx.ecco gmail.com
Quarta-Feira, 21 de Março de 2012 - 13:44:25 WET


    Errr já experimentaste em vez de seguir cegamente essa narrativa, ir
ver os números que existem da OCDE e semelhantes sobre o défice estatal
dos Europeus que foram vítimas do FMI e reparar no pequeno detalhe de
não existir défice ou estar controlável *até* ao momento em que os
estados tiveram que despejar rios de dinheiro a socorrer os mesmos
bancos que agora nos andam a sugar até ao tutano com juros altíssimos
depois de terem sido resgatados e com dinheiro extra a juros especiais
de menos de 1% do BCE e que continuam a ser pagos com practicamente todo
o dinheiro do FMI?
    Volto a repetir, conhecer algo de história ajuda, muito.
    J.
Em 21-03-2012 10:01, Rui Maciel escreveu:
> On 03/21/2012 12:24 AM, Randolph Carter wrote:
>>      Como nerd oficial de Economia não posso deixar uma destas passar.
>>      Como na Islândia e históricamente err practicamente*todos*  os
>> países que souberam lembrar ao FMI o que quer dizer a parte*soberano*
>> de estado soberano e mandaram-lhes meter as reformas estruturais onde o
>> sol não brilha e practicamente todos desses (por acaso a única
>> intervenção registada com sucesso em toda a história do FMI foi a
>> segunda intervenção deles em Portugal com termos muito menos fanáticos
>> dos que estão em curso agora) se safaram melhor do que os paises que que
>> aceitaram os termos dos "bombeiros"? Sim 'bora afundar-nos ainda
>> mais....
>>      História, ajuda saber.
>
>
> Também é preciso ter em conta que o problema da Islândia é (era?)
> fundamentalmente diferente do problema de Portugal.  Mais
> precisamente, a crise da Islândia consistiu basicamente no colapso de
> um conjunto de bancos privados que o estado Islandês, apesar de
> pressões de estados como o Reino Unido, recusou-se a "salvar".  Apesar
> do tombo dado pela economia Islandesa, a dívida pública da Islândia
> era irrelevante e o estado Islandês em vez de défice tinha um
> excedente.  O FMI só foi considerado para contrariar as repercussões
> económicas naturais (e também artificiais) da banca islandesa ter ido
> abaixo, e com isso a capacidade de financiar a economia a curto prazo.
>
> Entretanto, cá em Portugal não foi a falência de bancos que motivou a
> intervenção do FMI via a chamada troika, e o estado português não só
> estava a lidar com um défice crónico que em 2009 rondou os 10% como
> também estava a cobri-lo com o recurso sistemático a crédito.
>
> Portanto, enquanto a Islândia não dependia do FMI para sobreviver,
> Portugal estava (e está) longe disso.  Daí, comparações do respeito
> pela soberania de uns e outros não chega a entrar na equação, pois
> simplesmente uns (a Islândia) não tem o mesmo desespero por ajuda
> económica que outros (Portugal) tem.  Não é por nada que a Islândia já
> anda a adiantar o pagamento de parte da dívida ao FMI enquanto que em
> Portugal ainda se discute se será preciso implorar por um empréstimo
> ainda maior.
>
>
> Rui Maciel
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