Re: E-mail e Unicode WAS: RE: [ANSOL-geral] Horário do debate e gravação - Software[...]

Bruno Rodrigues bruno.rodrigues litux.org
Segunda-Feira, 8 de Outubro de 2007 - 12:35:30 WEST


On Oct 8, 2007, at 13:18 , Marcos Marado wrote:

> On Friday 05 October 2007 22:03, Bruno Rodrigues wrote:
>> Anyway, muitas vezes discute-se aqui coisas como o ODF vs. OOXML e os
>> standards. A pessoal da VF tem uma obsessão pelos standards (do
>> pessoal técnico ao marketing), o que por vezes é um impecilho para o
>> desenvolvimento máis ágil.
>
> Obsessão pelos standards é um impecilho ao desenvolvimento ágil?  
> Porquê?

Obsessão por standards novos que demoram 18 meses a serem aprovados e  
que por vezes são apenas para uso interno são um impecilho ao  
desenvolvimento àgil, queria eu dizer. Não tenho nada contra os  
standards existentes, bem pelo contrário. Mas isto é uma outra  
conversa, desculpa por divagar.


>> Por muito que queiram
>> ver-se livre dos DOCs e XLSs e PPT's, o OpenOffice ainda não é uma
>> alternativa (excepto para a cartita da familia ou as compras da casa,
>> ou seja uso pessoal em coisas simples).
>
> Porquê?

Pergunta tu a qualquer utilizador de office numa empresa. Um gajo  
pensa que o ppl só usa as funções básicas, mas na realidade este  
pessoal business aprende a usar os truques mais avançados do office e  
quando tentam usar openoffice, as coisas não estão lá. Não estou a  
dizer que está correcto, estou apenas a constatar factos.


>> Portanto, pegando de volta no caso do parlamento:
>> - obrigatoriedade de usar office (aka proprietario): não
>> - obrigatoriedade de usar openoffice (aka opensource): não
>
> A proposta inicial era essa. Não me parece é que consigas  
> justificar o porquê
> de pagar as licenças de Microsoft Office...

Não obrigaria a usar office, nem obrigaria a não usar. Se um  
parlamentar justificar que prefer usar office porque sabe usá-lo  
melhor ou porque precisa da feature 'x' ou 'y' que o openoffice não  
têm, não vejo porque proibir. O mesmo ao contrário (e.g. preferir  
openoffice porque corre em linux). O preço é irrelevante. Pagas pela  
qualidade. Não há budgets no parlamento? O dinheiro que um gajo do  
PSD gastar na licença do office dá para um gajo do BE comprar um PC  
melhor.



>> - obrigatoriedade de usar formatos abertos (ODF): sim por principio
>> democrático - mas como implementá-lo sem comprometer os dois pontos
>> acima?
>
> Não que concorde com os pontos acima, mas podes resolver o teu  
> problema com um
> plugin como este: http://odf-converter.sourceforge.net

Vamos assumir que funciona a 100% (duvido) - então só me dás razão  
que a mensagem de obrigatoriadade de usar OS no parlamento é uma  
causa perdida e que o ODF é passível de ser ganho facilmente - usa  
OpenOffice ou usa MS office + plugin. Done.


>> Que tal se houvesse uma lei a obrigar ODF em todos os documentos
>> internos e externos, e obrigar a Microsoft a suportar ODF se quiserem
>> que seja usado pela função pública. Toda a gente (função publica e
>> povo em geral) tinha a liberdade  de escolher se queria usar
>> OpenOffice ou MS OFfice ou outra coisa qualquer, desde que soubesse
>> ler e escrever o protocolo. Assim ninguem era obrigado a usar nenhum
>> software em particular.
>>
>> Assim seria apenas uma coisa onde concentrar a "luta", e o resto
>> viria por acréscimo. O que acham?
>
> A proposta de passar a usar standards para documentos estava  
> incluida na
> proposta do PCP. Sim, concordo com ela.

Então não misturem a luta de usar standards com a imposição de usar  
SL a toda a gente.






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