[ANSOL-geral] E-mail e OpenOffice WAS: E-mail e Unicode

Marcos Marado Marcos.Marado sonae.com
Segunda-Feira, 8 de Outubro de 2007 - 12:12:46 WEST


On Friday 05 October 2007 21:31, Bruno Rodrigues wrote:
> "Be strict in what you send, but generous in what you receive"

Concordo.

> O mail.pt está broken, é certo, e a "culpa" é do Diogo Santos :P, mas
> parte da culpa tambem é do Kmail que é demasiado strict com os
> standard e não tem uma pinga de inteligencia para detectar quando
> algo está errado.

Discordo.

> Exemplo concreto:
> - O diogo manda um mail com content-type text/plain e sem nenhum
> charset nos headers.
> - O standard diz que quando não há charset nos headers, o default é
> ISO-8859.
> - O conteúdo é utf-8, o que é facilmente detectável (e.g. até o cmd
> line "file" sabe que é UTF)
> - O KMail leva o standard à letra e interpreta o conteudo como
> ISO-8859, mesmo quando o conteúdo não é parsável como tal, e por
> consequência os belos duplos acentos "Ã*" aparecem. (estupido)
> - O Kmail não tenta sequer perceber se utf-8 seria mais parsável ou não.
> - Este nem sequer é um caso do header dizer que é 'x' e o conteudo
> ser 'y'. É um caso onde o conteudo é 'y' e não foi declarado nos
> headers e o cliente tem de tomar a decisão correcta.

Errado. O standard diz que quando não há charset nos headers, o default é 
ISO-8859. O cliente não tem, /nem deve/ inventar. Se me mandarem um mail sem 
charset no header, estão a dizer-me "lê isto como ISO-8859". Se o cliente de 
mail não o fizer, só porque andou a adivinhar coisas, então não está a ler o 
mail como foi pedido. Isto é "ser generoso com o que se recebe".

> Atenção que não estou a criticar directamente o KMail, e muito menos
> a escolha da Paula para o seu cliente de mail. Só me entristece que
> quatro anos após me queixar desta falta de inteligencia dos clientes
> de mail (ou do opensource em geral), ainda continue a acontecer a
> mesma coisa.

Já que acreditas que fazia sentido o KMail ter esse comportamento que dizes, 
fizeste um pedido de enhancement? Acredito que, provavelmente, a resposta 
seja aquela que te dei: tal como quando me mandam um mimepart a dizer "isto é 
plain text" eu vou olhar para aquilo como plain text e não como "whatever", 
se me mandam um mail a dizer "isto é ISO-8859" eu quero ler o mail como ele é 
suposto ser.

> Na altura tive de me mudar para o Evolution (o 
> thunderbird ainda estava muito verde), o qual era mais inteligente
> nestas coisas mas crashava tres vezes a cada dois minutos.

Discordamos na definição de inteligência. Ignorar uma parte do standard só 
porque certos serviços o ignoram não é, na minha opinião, inteligente. 
Façamos o paralelo com a web: eu aceito, e espero, que um browser faça mais 
do que simplesmente implementar os standards, e consiga ver coisas que os 
outros browsers também conseguem. Não aceito que faça isso num caso em que, 
para o fazer, tem de deixar de cumprir um standard.

> E ainda perguntam porque é que o governo não quer mudar de Word para
> Openoffice? O barato sai caro. Esta é uma guerra perdida. Só há duas
> coisas por onde podem (podemos) pegar - a qualidade (real) do produto
> (e.g. apache e a maioria dos componentes server), e pela liberdade
> (documentos legíveis daqui a decadas quando a microsoft morrer).
> Pegar pelo preço não dá. Tal como outra pessoa disse nesta lista,
> trocar um produto que custa 'x' por um que custa 0 mas custa 2*x em
> formação, nem pensar.
>
> ODF SIM!
> OpenOffice (ainda) NÃO!

Desculpa, mas não justificaste em lado nenhum porque é que achas que o 
OpenOffice "ainda não". Presumo que estejas a dizer que "o OpenOffice não tem 
qualidade" (mas, se é isso, não explicas essa tua opinião), e insinuas não só 
que precisas de gastar dinheiro em formação para o OpenOffice, mas sim que 
tens de gastar em formação o dobro do preço das licenças do Microsoft Office. 
Peço-te que justifiques essas tuas opiniões...

-- 
Marcos Marado



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