E-mail e Unicode WAS: RE: [ANSOL-geral]=09=09Hor=E1rio_do_debate_e_grava=E7=E3o_-_Software[...]

Bruno Rodrigues bruno.rodrigues litux.org
Sexta-Feira, 5 de Outubro de 2007 - 21:31:41 WEST


On Oct 5, 2007, at 20:41 , Marcos Torres Marado wrote:

> Bruno Rodrigues wrote:
>
>> E já agora, podias era usar um cliente de mail decente que  
>> soubesse lidar
>> com os formatos de mail e percebesse o que é unicode.
>
> O cliente de e-mail da Paula é o KMail, que sabe lidar bem com  
> Unicode.
> Já o e-mail ao qual ela respondeu não, tendo enviado um mail que não
> cumpria com o RFC 2822.

"Be strict in what you send, but generous in what you receive"

O mail.pt está broken, é certo, e a "culpa" é do Diogo Santos :P, mas  
parte da culpa tambem é do Kmail que é demasiado strict com os  
standard e não tem uma pinga de inteligencia para detectar quando  
algo está errado.

Exemplo concreto:
- O diogo manda um mail com content-type text/plain e sem nenhum  
charset nos headers.
- O standard diz que quando não há charset nos headers, o default é  
ISO-8859.
- O conteúdo é utf-8, o que é facilmente detectável (e.g. até o cmd  
line "file" sabe que é UTF)
- O KMail leva o standard à letra e interpreta o conteudo como  
ISO-8859, mesmo quando o conteúdo não é parsável como tal, e por  
consequência os belos duplos acentos "Ã*" aparecem. (estupido)
- O Kmail não tenta sequer perceber se utf-8 seria mais parsável ou não.
- Este nem sequer é um caso do header dizer que é 'x' e o conteudo  
ser 'y'. É um caso onde o conteudo é 'y' e não foi declarado nos  
headers e o cliente tem de tomar a decisão correcta.

Atenção que não estou a criticar directamente o KMail, e muito menos  
a escolha da Paula para o seu cliente de mail. Só me entristece que  
quatro anos após me queixar desta falta de inteligencia dos clientes  
de mail (ou do opensource em geral), ainda continue a acontecer a  
mesma coisa. Na altura tive de me mudar para o Evolution (o  
thunderbird ainda estava muito verde), o qual era mais inteligente  
nestas coisas mas crashava tres vezes a cada dois minutos.


E ainda perguntam porque é que o governo não quer mudar de Word para  
Openoffice? O barato sai caro. Esta é uma guerra perdida. Só há duas  
coisas por onde podem (podemos) pegar - a qualidade (real) do produto  
(e.g. apache e a maioria dos componentes server), e pela liberdade  
(documentos legíveis daqui a decadas quando a microsoft morrer).  
Pegar pelo preço não dá. Tal como outra pessoa disse nesta lista,  
trocar um produto que custa 'x' por um que custa 0 mas custa 2*x em  
formação, nem pensar.

ODF SIM!
OpenOffice (ainda) NÃO!




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