[ANSOL-geral] Cooperação com a Microsoft
Jose Sebrosa
sebrosa artenumerica.com
Terça-Feira, 24 de Abril de 2007 - 11:29:50 WEST
Oi!
Humaneasy Consulting wrote:
> Viva
>
> Eu não estou a defender nem a atacar ninguém. A SUN hoje tem essa
> posição e tem demonstrado uma certa consistência na acção e no discurso,
> mas amanhã pode ter outra posição diversa.
> No fim, no fim, só os seus acionistas é que mandam e não os seus
> empregados, concordas?
Na minha forma de ver, a ideia de que quem manda são os accionistas é
muito redutora e oculta realidades importantes.
Quem "manda" é o mercado, em sentido lato. Se os accionistas quiserem
"mandar" ignorando o mercado, o mais certo é que fiquem a "mandar"
sozinhos e com uma empresa falida nas mãos...
Mais: Quando digo "mercado em sentido lato", refiro-me a um mercado
onde existem e têm importância:
- funcionários influentes que fazem passar as suas ideias,
- accionistas,
- clientes que sabem o que querem,
- clientes que estão à espera que lhes digam o que querem,
- empresas concorrentes,
- empresas não concorrentes mas que infuenciam aquilo que a sociedade
procura (exemplos: indústria da moda, do cinema, do desporto, etc.),
- interesses financeiros anónimos (como sejam grandes fundos com
muitas acções mas que escolhem ficar ausentes dos conselhos de
administração),
- grupos de pressão não orientados por motivos financeiros (exemplo:
greenpeace, fsf, eff),
- Estado e política fiscal,
- e em geral todos os que contribuem para que um produto apareça e
tenha aceitção, e todos os que têm impacto no seu custo.
Claro que no meio desta confusão toda, é impossível dizer que quem manda
é X. É até impossível dizer quem é que manda "mais"... Cada um lá vai
tentando mandar um bocadinho, mas o resultado final é tem tantas
influências que é quase completamente imprevisível.
Cumps.,
Sebrosa
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