[ANSOL-geral] Cooperação com a Microsoft

Rui Miguel Silva Seabra rms 1407.org
Sexta-Feira, 20 de Abril de 2007 - 20:13:02 WEST


Sex, 2007-04-20 às 16:37 +0100, David Evandro Loureiro Negreira
escreveu:
> Já se sabe a impossibilidade de a Microsoft abrir mão do seu
> código fonte (pelo menos no core business deles, Windows, Offices,
> etc),

Acho que ninguém no seu perfeito juízo está a pedir ou exigir isso.
Aliás a Microsoft até tentou fazer com que a UE passasse por o ter
feito, e levou com um redondo NÃO QUEREMOS ISSO de resposta :)

>  daí, acho que a parte onde poderia haver cooperação era
> interoperabilidade entre sistemas operativos.

Good luck: a UE está à anos e milhões de euros à espera de cobrança para
conseguir umas gotas de água de informação. É mesmo a ANSOL que vai
resolver o problema! Já estou cheio de esperança (NOT)!

> Há tantos casos de software que não disponibiliza a source mas que tem
> imenso sucesso em sistemas Linux, porque não fazer com que a Microsoft
> também disponibilize o seu software compatível com Linux

Porque isso não interessa a ninguém excepto à Microsoft. A questão do
Software Livre não é da popularidade de um sistema operativo ou de
outro, mas de direitos fundamentais dos utilizadores:
 0) a liberdade de correr o programa para qualquer fim
 1) a liberdade de estudar e modificar o programa
 2) a liberdade de distribuir cópias do programa
 3) a liberdade de publicar versões modificadas.

Todos esses programas a que te referes de uma forma abstracta apenas
validam parcas instâncias de GNU/Linuxes do ponto de vista da sua
aceitação como plataforma base.

Em que é que a vinda desses programas é um contributo para os direitos
dos utilizadores?

>  e crie uma API opensource para fazer esse trabalhinho?

Qual é o nome do teu dealer? Tomas umas drogas giras ;)

> É apenas uma ideia, devemos ter mente aberta e saber jogar com o
> dinheiro e interesses da Microsoft, penso que é algo em que ambos
> os lados podem ficar a ganhar.

essa da mente aberta....:

Cuidado que estás a sugerir que não estamos abertos a alguma coisa, e
este tipo de argumento mexe um bocado comigo. Estão a tentar "exigir" de
nós algo que não nos dão sequer a oportunidade.

Se alguém tem de estar aberto a alguma mudança, é quem está no antigo.

Nós estamos a trazer a mudança, quem tem de estar aberto a ela é quem
quer permanecer no antigo.

Estamos a trazer a mudança porque achamos que o antigo não chega, não é
suficiente. Exigimos mais.

E isto é que é uma atitude aberta. Não se pode exigir que todos
concordem com ela ou que mudem de opinião de uma vez só. Muitos fá-lo-ão
de forma gradual.

Eu já estive onde tu estás, mas foi no século passado. :)


> PS:
> Desde já me apresento como um recém-chegado ao mundo do trabalho, como
> técnico de informática, trabalho para o SicamServ como técnico de
> comunicações do Crédito Agricola.
> Frequentador da PTnet (software) e adepto do Software Livre, tenho lido
> as discussões do "lado de fora" da mailing list e têm me agradado as
> discussões que aqui se geram.
> 
> Com os melhores cumprimentos,
> David Negreira

Ainda bem :)

Rui

-- 
+ No matter how much you do, you never do enough -- unknown
+ Whatever you do will be insignificant,
| but it is very important that you do it -- Gandhi
+ So let's do it...?
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