[ANSOL-geral] EMI diz não a DRM
João Miguel Neves
joao silvaneves.org
Quarta-Feira, 4 de Abril de 2007 - 09:57:25 WEST
Diogo, por favor lê o que escreveste. A tua primeira resposta explica
tudo!!!
A música é mais importante que computadores. Se alguém tem dúvidas disso
olhe para os números de quem houve música diariamente e quem utiliza o
computador regularmente.
DRM foi forçado pelas labels. Dizes que os políticos não tiveram sucesso
a promover o DRM, mas estás errado: legislação como a DMCA, EUCD e
outras prova que os políticos tiveram sucesso.
As labels, até agora foram claras: DRM ou não há música nos
computadores. A acrescentar a isso tens o dilema causado pela
concorrência: nenhuma plataforma proprietária se podia arriscar a ficar
sem música, em particular, se os concorrentes tivessem. "Ouvir música" é
uma feature que, se for diferenciadora, pode matar a plataforma que não
a tem. Há sempre alternativas para o utilizador (rádios, leitores de
mp3, fornecedores alternativos, etc). Mas a vantagem estará sempre do
lado que suporta o que o utilizador quer/deseja[1].
O anúncio da EMI rebentou com a situação anterior. O bloqueio de "ou
DRM, ou não há música para ninguém" foi ao ar. Sim, há outras fontes de
música. Desafio-te a explicar isso a um adolescente.
Neste momento o bloco que estava em força por trás do DRM apresenta
falhas. E cada um de nós pode ajudar a alargar a fenda, suportando o que
foi feito e mostrando que as pessoas preferem os conteúdos que acabaram
de lhes ser disponibilizados.
Cumprimentos,
João Miguel Neves
[1] Por isso é que queremos que o utilizador final deseje software
livre ;).
Ter, 2007-04-03 às 15:41 +0100, Diogo Constantino escreveu:
> Ter, 2007-04-03 às 16:03 +0200, Bruno Rodrigues escreveu:
>
> > Balelas para a discussão. Continua a reger-se por leis comerciais.
> > Continua a ser um musico a vender a sua performance musical.
>
> Não são balelas! Não há seres humanos sem haver cultura! Por isso não
> comprar não é uma opção realista!
>
>
> > Prova-me que foi a Apple que foi às editoras vender o seu DRM, e que
> > não foram as editoras que forçaram os canais de venda a suportar
> > algum tipo de proteção. Da forma que o disseste, até parece que foram
> > as software houses que se lembraram de criar uma camada de software
> > adicional para complicar o sistema, para tirar direitos ao utilizador
> > final, para piorar os sistemas operativos, e depois foram vender isso
> > às labels. Criar problemas onde não existiam? Podes argumentar que
> > foi graças à apple e MS que as implementações de DRM existem, mas
> > antes das implementações teve de haver procura das labels. Não foi ao
> > contrário. Mesmo no caso da Microsoft e da confusão que fizeram com o
> > Vista e o conteudo HD.
>
> Antes de ver o DRM a ser utilizado numa escala relevante, vi a industria
> de software e politicos loucos a promover o DRM e a querer torna-lo
> obrigatório (felizmente os políticos loucos falharam nisto).
> Obviamente os políticos loucos estavam a servir RIAAs, MPAAs e BSAs.
> E o que vi, foram todas as partes (industria de sofware, industria de
> hardware e industria de conteúdos) a caminhar de livre vontade e
> alegremente para uma situação que iria beneficia-los a todos, criando e
> fortalecendo monopólios e oligopólios.
> Nenhuma destas industrias é vitima!
> Todos eles provocaram isto intencionalmente!
>
>
> > Bolas que não me posso esquecer de uma virgula que descontextualizam
> > logo tudo.
>
> Na verdade do ponto de vista semântica é a falta de virgula que
> descontextualiza, e a sua falta é da tua exclusiva responsabilidade, por
> isso não tentes culpar os outros pelas tuas falhas de comunicação.
>
> > LEGAL. MUSICA LEGAL. Queres comparar musica legal com
> > pirataria? vou reescrever:
> >
> > "O Steve foi um dos maiores responsáveis pela distribuição de musica
> > digita LEGAL, ponto"
>
> Aí tens razão! Tem boa parte dessa responsabilidade, que infelizmente
> foi ganha a preço que pode ter sido demasiado alto (o sucesso do DRM).
>
>
> > >> Não fosse ele, e tinhas hoje algo bem pior vindo da
> > >> Microsoft, que para alem do DRM,
> > >
> > > Se a Apple não se tivesse metido nisto a m$ também não tinha
> > > metido. A m
> > > $ só se meteu porque a Apple meteu.
> >
> > A MS já tinha DRM's no WMA/WMV muito antes de ipods e itunes e afins.
> > Que raio?
>
> Verdade! Mas m$ não distribuia conteúdo on-line, como a Apple distribui
> e a m$ agora distribui também. E era a isso que em referia.
>
> > >> ainda tem o agravante do formato
> > >> proprietario.
> > >
> > > Como o AAC?
> >
> > O AAC é proprietario? Não sabia. O MP3 tambem é proprietario? Queres
> > que te mande as specs do AAC? Podes-me mandar as specs do WMA se faz
> > favor?
> >
> > (nota: proprietario !== patentes e licencas e afins)
>
> Isso depende do que defines como aberto e/ou como livre. E qual dessas
> definições é relevante para ti. Para mim tudo o que não é livre é
> proprietário.
> E para mim uma especificação patenteada, é proprietária, mesmo que seja
> aberta.
>
>
> > Isto são alternativas com sentido? Deve estar escondido no meio do
> > "etc", de certeza.
>
> Depende do que pretendes para o mundo e a que custo.
>
>
> > Concordo. Mas antes pede que as outras labels façam o mesmo que a
> > EMI, que parece-me mais importante.
> >
> >
> > > * adoptem esquemas de licenciamento diferentes, que por exemplo
> > > permitam perante uma fee mensal copiar livremente as musicas todas
> > > de um
> > > artista, ou da editora;
> >
> > Balelas. É uma oferta comercial, eles não têm que fazer o que tu dizes.
>
> Enquanto eu for dono da minha vontade, ou seja, enquanto eu decidir em
> que condições é que eu aceito comprar. Sim é isso que vai acontecer. Ou
> criam essa oferta, ou eu continuo o meu boicote.
>
> E mais ainda creio que dificilmente eles vão poder fugir a este tipo de
> licenciamento num Futuro a médio prazo, pois acho que aumentava as
> vendas consideravelmente e não sou o único a achar isso. Parece-me
> também a forma mais eficaz de combater o download e cópia ilegal. Muita
> sorte terão as editoras se não for o Congresso dos EUA a impor isto de
> forma compulsiva e a determinar as fees de licenciamento, como já
> fizeram anteriormente em casos semelhantes.
>
>
>
>
>
> cumprimentos
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