[ANSOL-geral] EMI diz não a DRM
Diogo Constantino
Diogomcs mail.pt
Terça-Feira, 3 de Abril de 2007 - 21:51:04 WEST
Ter, 2007-04-03 às 17:49 +0200, Bruno Rodrigues escreveu:
> On Apr 3, 2007, at 17:31 , Diogo Constantino wrote:
>
> > Ter, 2007-04-03 às 17:03 +0200, Bruno Rodrigues escreveu:
> >
> >> "decoders serial free", com free as in livre, não grátis. A impressão
> >> que fiquei era que toda a gente poderia tocar os ficheiros, via
> >> software, ou pagava uma licenca se fosse hardware. Ou de outra forma,
> >> qualquer pessoa pagaria x% pelo player, e se o player fosse gratis
> >> não pagava nada.
> >>
> >> Portanto, para vocês AAC é só ligeiramente menos mau que MP3, mas
> >> continua a ser muito mau. Correcto?
> >
> > Depende da pessoa com que falares.
> > Eu não acho que o MP3 seja do ponto de vista do licenciamento muito
> > mau
> > e penso o mesmo em relação ao AAC.
> >
> > Isto porque não existem (legalmente) patentes de Software na UE. Vou
> > mesmo suficientemente longe para considerar o MP3 um compromisso
> > aceitável nos casos em que não for possível fazer melhor, ou oferecer
> > também outras formatos que sejam completamente livres.
> >
> > Então e o AAC?
> > A questão relativamente a não haver legalmente patentes de software
> > afecta tudo, não apenas o MP3.
> > Os principais problema que vejo no AAC são estratégicos e são
> > relativos
> > à capacidade de haver implementações livres suficientemente adoptadas
> > para serem relevantes.
> > É importante que haja uma adopção relevante de implementações
> > livres de
> > AAC no mercado dos EUA, porque embora seja possível que haja peso
> > apenas
> > com o resto do mundo, todos sabemos que isto funciona muito mais
> > facilmente se o mercado dos EUA estiver metido.
> >
> > No caso do MP3, as implementações livres não têm sido incomodadas com
> > questões de licenciamento de patentes (ao que sei intencionalmente)
> > e o
> > mercado dos EUA já as adoptou o suficiente para criar um efeito de
> > bola
> > de neve nos outros mercados e no seu ritmo de desenvolvimento. E mesmo
> > que agora o mercado dos EUA por alguma razão fosse excluído as
> > implementações livres dos codec de MP3 já estavam asseguradas.
> >
> > No entanto ao que sei isso não acontecerá com as implementações livres
> > de AAC.
> >
> > Para além disso existindo o MP3 e o Vorbis, é mais difícil aceitar
> > outro
> > formato não livre, mesmo que aberto, como uma solução de equilíbrio.
> >
> > Claro que nada disto é relativo às qualidades técnicas dos formatos.
>
>
> Em termos técnicos, o AAC é a evolução do MP3 (assim como o H.264 é a
> evolução do MPEG4). Tecnicamente, vão acontecer. Já estão a
> acontecer. Qualquer telemovel suporta AAC, e suportarão H264 em
> breve. Já há libraries para AAC e H264 para Linux, etc.
Claro que há essas bibliotecas! Mas também devias saber que há
restrições na adopção dessas bibliotecas por causa das patentes, e claro
que se não forem livres para mim são irrelevantes.
> Achar que não vão acontecer é como pensar que MPEG4 nunca iria
> acontecer, pois já tinhamos MPEG1 e MPEG2.
>
> Agora a mensagem que me "venderam" foi que o consorcio percebeu
> porque é que MP3 e MPEG4 foram um sucesso, e tiveram isso em conta
> para a evolução para AAC e H264, ou seja, a unica forma de garantir
> que toda a gente adopta (hardware players, software etc) é garantir
> que toda a gente pode usá-los de forma "fair", ou pelo menos as fair
> as MP3/MPEG4.
Eu acho que há um esforço maior em permitir mais adopção do AAC do que
do MP3. Nisso concordo! Mas apenas no que toca aos fabricantes
proprietários, que é precisamente o que não interessa à comunidade de
Software Livre.
cumprimentos
--
Diogo Constantino <Diogomcs mail.pt>
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