[ANSOL-geral] Utilizar ou não Software de Código Aberto em Escolas Superiores de Tecnologia?
mgi98005 fe.up.pt
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Segunda-Feira, 22 de Março de 2004 - 12:35:49 WET
Bom dia,
o meu nome é Adília Isabel Alves e estou a escrever para esta lista de mail
para pedir a Vossa colaboração num estudo que me encontro a desenvolver
referente à decisão estratégica de utilização ou não de Software Aberto nas
Escola Superiores de Tecnologia.
Estou a desenvolver este estudo no âmbito da tese de Mestrado que estou a
realizar na FEUP.
O tema da tese é "Opções estratégicas para a adopção de sistemas e tecnologias
de informação" e a opção estratégica que se pretende estudar é a utilização ou
não de Software de Código Aberto.
Para tomar uma decisão relativamente à utilização ou não de Software de Código
Aberto em Escolas Superiores de Tecnologia estamos a utilizar uma ferramenta
de gestão designada por "Análise de Cenários".
A questão "Deve uma Escola Superior de Tecnologia utilizar/desenvolver
Software de Código Aberto?" foi dividida em três questões para, de uma forma
mais precisa, se analisarem várias perspectivas de utilização. As questões são
as seguintes:
1. Deve a direcção de uma Escola Superior de Tecnologia recomendar a adopção
e/ou o desenvolvimento de software de código aberto para a implementação da
sua infraestrutura informática?
2. Deve a direcção de uma Escola Superior de Tecnologia promover activamente a
adopção de aplicações e infraestruturas de código aberto no ensino e na
investigação?
3. Deve a direcção de uma Escola Superior de Tecnologia promover activamente a
adopção de aplicações de utilização individual e sistemas de informação
baseados em software de código aberto na gestão e administração da instituição?
Com a aplicação da ferramenta de gestão Análise de Cenários, pretende-se tomar
uma decisão relativamente às questões anteriormente apresentadas procurando
averiguar a robustez da decisão perante uma variedade de futuros imaginados e
considerados igualmente plausíveis. Com a aplicação da ferramenta Análise de
Cenários, pretende-se também tornar perceptíveis sinais do ambiente que
indiciem qual será, de entre os futuros imaginados, o mais próximo da evolução
real do ambiente.
Pensar antecipadamente sobre que medidas tomar caso a evolução real do mbiente
se aproxime de um cenário, torna mais rápida a resposta da organização à
mudança do ambiente. Uma reacção lenta à mudança do ambiente pode ser fatal à
organização (neste caso, a uma escola superior de tecnologia).
Como deverão ser construídos os cenários a analisar? Devem ser seguidos uma
série de passos:
1.º passo: Encontrar factos sobre clientes, fornecedores, concorrentes ou
comunidade que determinarão o desempenho (sucesso/insucesso) da decisão a
tomar. (ex: custos do software (custo com Hardware, custo com Software, Custo
com pessoal, Custo de serviços em outsourcing, Custos com períodos de
indospinibilidade do sistema), Necessidade de conhecimento do código,...).
2.º passo: Encontrar forças do ambiente macro-económico (contextos económico,
tecnológico, sócio-cultural e político-legal) que influenciam os factos
referidos no passo anterior (2º passo). (ex: Clima de insegurança,...)
3.º passo: Ordenar factores por importância e incerteza
Ordenar factos e forças encontrados no passo anterior em função,
simultaneamente, da sua incerteza e importância. O objectivo é identificar os
dois ou três factores que são, simultaneamente, mais importantes e mais
incertos.
No grupo de factores escolhidos no 4º passo não deverão estar factores
considerados pré-determinados porque se pretendem apenas os factores mais
incertos.
Factor pré-determinado é:
- um fenómeno de mudança lenta (ex: crescimento da população);
- uma restrição (ex: os Japoneses devem (e irão) manter um défice externo
positivo porque possuem 120 milhões de pessoas que habitam quatro ilhas não
possuem os recursos para se vestirem, transportarem, ...);
- uma 'fila' (ex: população adolescente na próxima década);
- uma colisão inevitavel: (ex: colisão da diminuição de impostos com o aumento
de benefícios públicos produzem, inevitavelmente, um desiquilibrio orçamental).
Para reunir todas as contribuições referentes a este estudo foi criado um
forum de discussão.
Pede-se a sua colaboração neste forum. O URL é:
http://deec.fe.up.pt/cenarios-feup/phorum-3.4.6/
A ferramenta de gestão "Análise de Cenários" já foi anteriormente utilizada no
Canadá para tomar decisão relativamente ao incentivo ou não do desenvolvimento
de Software de Código Aberto. http://www.opensourcescenarios.org/projects.html
Agradeço desde já toda a atenção dispensada.
Adília Alves
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Fases seguintes da aplicação da Ferramantea de Gestão 'Análise de Cenários'
são:
5.º passo: Seleccionar a lógica que distingue os Cenários
No caso de, no passo anterior, serem identificados 1, 2 ou 3 factores como
sendo, simultaneamente, os mais importantes e decisivos, estes podem ser
visionados, respectivamente, como valores de um eixo, de uma matriz (com dois
eixos) ou de um volume (com 3 eixos). O cenário estará basicamente localizado
nos dois extremos do eixo, nos quatro extremos da matriz ou nos oito vértices
do volume.
6.º passo: Reduzir Cenários
Analisar se em cada cenário definido no passo anterior existem, entre as
forças localizadas nos eixos, algum tipo de relacionamento ou causalidade.
Criar uma história para cada cenário. Como poderia o ambiente transformar-se
em cada cenário?
Que eventos teriam de ocorrer para o ambiente se transformar no que está
representado em cada cenário?
7.º passo: Implicações
Depois de os cenários estarem desenvolvidos com um certo nível de pormenor
temos de analisar como se comportará a decisão a tomar em cada cenário. Se uma
decisão parece boa em apenas um de diferentes cenários, então é uma decisão de
alto risco e não deve ser escolhida.
8.º passo: Selecção de indicadores e marcas
É importante saber, o mais cedo possível, qual dos diferentes cenários se
encontra mais próximo da real evolução do ambiente.
Depois de ter reduzido os cenários (passo 6) e de ter determinado as
implicações que cada cenário terá para a decisão a tomar (passo 7), é tempo de
identificar alguns indicadores para monitorizar, de forma contínua, o ambiente.
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