[ANSOL-geral] Estado da Associação

João Miguel Neves joao silvaneves.org
Domingo, 6 de Junho de 2004 - 04:06:25 WEST


[Nota: isto é baseado no que foi dito na apresentação do plano para 2004
na última Assembleia Geral -
http://www.ansol.org/docs/plano-2004.pt.html - sim, este e-mail é longo
- da próxima vez levo um gravador.]

Já passam mais de dois anos desde que foi criada a ANSOL. Foram muitas
as lutas, os eventos, as conferências, conversas, discussões e
contactos. Em dois anos passámos de um grupo de 11 pessoas que pensavam
fazer um capítulo local da FSF Europa a uma associação com identidade
própria e com a participação de muitos outros.

Hoje a ANSOL é referência no que toca a Software Livre em Portugal. Os
convites para participação em conferências e eventos, assim como todos
os contactos que nos são feitos demonstram-no.

Por falta de outras entidades assumiu um conjunto de intervenções
políticas em áreas relacionadas com o Software Livre e outras áreas
relacionadas com direitos humanos no mundo digital.

Mas estamos longe do ideal. A comunidade de Software Livre tem crescido
mais que a ANSOL. A Festa de Software Livre na Moita mostrou-o. Mais de
200 pessoas apareceram, desde completos noviços a elementos já
experientes e conhecidos. Foi um óptimo local de troca de experiências,
ensino e aprendizagem, num ambiente único. O seu sucesso foi de tal
forma que há, pelo menos, mais dois eventos que poderão ser programados
seguindo o mesmo modelo.

Do meu ponto de vista existe uma única razão para isso: falhas de
comunicação. Uma falha de comunicação é da parte da direcção. Existe
informação que não é passada da direcção para o resto dos interessados,
em particular informação enviada para contacto  ansol.org. Esta falha faz
com que as pessoas pensem que a direcção retém informação e é a única
que pode fazer as coisas, por deter toda a informação.

A outra falha de comunicação tem a ver com quem nos pode ajudar. Ao
longo dos anos têm aparecido pessoas dispostas a ajudar que não sabiam
como e pessoas interessadas na ANSOL, mas para quem as discussões na
ANSOL-geral não interessavam.

Infelizmente, e contra a minha vontade, não é possível redireccionar o
contacto  ansol.org para uma lista como a ansol-geral por uma única
razão: SPAM. Desde 1 de Janeiro este e-mail recebeu 244 mensagens de
SPAM, tal como identificado pelo filtro que uso em casa. Isto é o que
passou pelo spamassassin que está na máquina da ANSOL.

Enquanto não se resolve o problema do SPAM, há informações que vão
continuar a depender da direcção para chegar à lista. Gostava de
opiniões sobre a possibilidade de gerir o endereço de contacto  ansol.org
de forma diferente que 1) eliminasse o spam e 2) não dependesse da
direcção.

Em relação aos contactos vamos fazer uma tentativa de uma nova estrutura
a ver se funciona:

ansol-anuncios  listas.ansol.org - máximo de 6 e-mails/mês no máximo
incluindo o boletim informativo, informação sobre campanhas lançadas e
actividades/eventos.

ansol-politica  listas.ansol.org - lista de discussão sobre contactos e
estratégias para abordar políticos em geral.

ansol-eventos  listas.ansol.org - para coordenação de participação ou
organização de eventos.

ansol-geral  listas.ansol.org - discussões variadas.

Para assuntos mais específicos, e quando se justificar, criar listas
próprias (como a eucd  listas.ansol.org ou pt-parl  lists.ffii.org).

O objectivo da ansol-anuncios é dar uma opção a todas as pessoas que,
por enquanto, não tencionam participar na vida activa da associação, mas
que querem ir sabendo o que se passa.

É meu objectivo fazer uma angariação de sócios mais activa (do género de
andar com fichas de inscrição e chatear aqueles que se comprometeram nos
últimos meses a fazerem-se sócios).

Ainda em relação à comunidade, convém realçar o compromisso de, ainda
este ano, lançar um programa de patronos à imagem da FSF Europa (ver
http://www.fsfeurope.org/help/thankgnus.pt.html) dirigido,
principalmente, às empresas. Com as doações actuais, a nossa lista pode
começar já com algumas entidades (na prática, os patrocínios da festa da
Moita).

O último detalhe é uma tarefa que ficou de ser feita em 2003 e onde
falhámos: a criação dos cartões de sócio. Actualmente temos alguém
responsável por fazê-los (obrigado ao André Esteves por se voluntariar),
pelo que esperamos que esteja corrigido em breve.

Em relação ao funcionamento interno, ficaram os compromissos de
dinamizar a página web (provavelmente substituindo o sistema actual por
um mais amigável), desenvolver os actuais projectos sobre Software Livre
no ensino e preparar apresentações sobre Software Livre (já estão
algumas em http://www.ansol.org/apresentacoes/).

A promoção e divulgação de Software Livre vão continuar como até agora.
Haverá um esforço para achar mais oradores, tem sido complicado
responder a todos os convites, em particular quando chegámos ao ponto de
eventos em paralelo.

Além disso será criada uma lista com pessoas/empresas dispostas a
prestar serviços relacionados com Software Livre para organizações e
pessoas.

Uma parte da acção de divulgação será uma chamada de atenção para
situação de discriminação de utilizadores de software livre (por exemplo
em sites web) e discriminação na aquisição de software (a maior parte
relacionada com a compra de serviços ser considerada uma despesa
enquanto que a compra de software é considerada um investimento).

Entrando na parte política (para além do parágrafo anterior), o plano
para 2004 inclui a adopção de uma regra que espero passar para os
estatutos na próxima mudança (que espero que não seja tão cedo): "A
ANSOL não toma posições políticas ou religiosas".

Isto não evitará acusações de ligações políticas a partidos. Esperar tal
coisa seria, no mínimo, ingénuo. Mas compromete esta direcção a evitar
quaisquer ligações que não se resumam aos objectivos da associação. Isto
quer dizer que trabalharemos com qualquer partido em relação aos
assuntos que dizem respeito à ANSOL sem quaisquer complexos.

Mas também ninguém espere que liguemos a acusações de ligação a
partidos, como aconteceu em relação ao BE, algumas vindas do PSD. Em
particular nesse caso, toda a informação que foi entregue ao BE era um
dossier que tinha sido entregue, ainda durante a campanha, ao (então)
porta-voz para os sistemas de informação do PSD.

Mas isso são águas passadas, e como mostrou a votação de 24 de Setembro
de 2003 sobre patentes de software, os assuntos que nos interessam não
estão, de forma alguma, limitados à area de acção de um único partido.

Penso que é tudo por agora. Comentários, sugestões, ofertas de
voluntários são sempre bem vindas.

-- 
						João Miguel Neves


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