[ANSOL-geral]OO.o vs StarOffice

[Lopo de Almeida]

Viva Paulo,

> Não percebo bem a relação entre as duas coisas, mas aqui fica a
> resposta.

Tem relação. Se tu dizes expressamente que o que tem de ser usado é o
produto tal, então estás a criar um monopólio.
Se te aperceberes nem no ramo dos livros escolares o Min. Educação foi tão
longe.

> Quanto ao "proprietario" pressupoe que temos mecanismos de patentes ou
> direito de autor a defender o Linux Caixa Mágica Servidor ou Desktop.
> Primeiro, não temos patentes nem acreditamos em patentes de software.

Quando eu falo de proprietário quer dizer... se tu habituas as pessoas a
usar o Linux Caixa Mágica durante vários anos com obrigatoriedade é evidente
que estás a criar um potencial monopólio.

> Segundo, o direito de autor está protegido por uma licença chamada GPL.

E quanto ao direito de autor da Caixa Mágica. É teu e do Daniel ou é da
ADETTI? E mesmo que fosse da ADETTI, e sem pôr em causa a tua integridade
moral - que fique muito claro - eu já vi suficientes projectos fantásticos
começarem em Universidades, passarem a empresas que actualmente até já nem
têm nenhum (ou quase nenhum) dos seus originais criadores a controlá-la.
Isto para já não falar que nada impede que um futuro dono do copyright (que
no caso dos produtos informáticos pode ser vendido) possa passar as partes
das quais é detentora para uma licença restritiva que impeça na verdade a
"Liberdade". Vê o caso da SuSE que tem o instalador fora da GPL.

> Não sei se já ouviste falar em copyleft?

Claro que já ouvi. Pergunta inútil. E tu já ouviste falar de Quanta Plus -
Quanta Gold?
Depende sempre do dono - como devias saber - poder reverter o copyleft.

> A Árvore Binária

Mas esta é a tua empresa fora da ADETTI, ou estarei enganado?
E aqui é que reside a confusão na falta de clareza dos papeis dos autores e
da propriedade do produto.


> Isto não é verdade. Ganhou na categoria Computadores / Informática /
> Multimedia.

Se quiseres eu posso enviar-te a notícia/reportagem que saiu no Expresso na
altura que mencionava claramente - dito pelos membros do jurí - que o
projecto tinha ganho por duas razões... ambas um pouco dúbias:

    1. porque iria permitir a reciclagem e re-aproveitamento de PC 386
    2. por ser a única distribuição Linux em português (e não portuguesa)

Gostava que me mostrasses uma estação de trabalho desktop (com X, Office,
etc) a funcionar num 386.
O segundo também não é verdade como sabes.

> Como a tua? Quantos anos de experiência é que tens em soluções Linux?
> Que clientes empresariais é que tens no teu portfolio?
> Essas são algumas boas questões a que podias responder no site da
> empresa para encorajar a que a UMIC tivesse confiança no "empresariado
> portugues" (SIC). Um pagina em construção não é encorajador...

Sabes, eu até nem preciso de ter nenhuma experiência em Linux ou em qualquer
outra coisa tecnológica. Basta ter empregados que a tenham. E tu? Fizeste
sozinho a Caixa Mágica. Vê lá se tens juízinho e cresces.

> Eu acredito que pequenas/médias empresas possam dar bom suporte Linux
> mas têm de ter conhecimento / experiência. Não basta por uma pagina Web
> para apanhar a "onda" do Software Livre e mandar bocas na mailing list
> da ANSOL.

Eu não apanho "ondas" e quem me conhece sabe o que tenho feito no software
livre, que como já deverias saber do cimo da tua sumidade, não se restringe
ao GNU/Linux.

Quando os ataques começam a descer ao nível da mesquinhez que tu demonstras
aqui só para não clarificares certas coisas é muito triste. Quanto à página
em contrução... aguarda para veres.


E por falar em páginas em contrução... Como vai o teu projecto empresarial
Árvore Binária? Já tens o site a funcionar novamente? Quem tem telhados de
vidro não deve atirar pedras aos outros.

Se quiseres esclarecer as questões pertinentes que levantei sem ataques
pessoais, óptimo. Caso contrário é melhor nem dizeres nada.

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Claro que gostaria de ouvir a tua opinião esclarecida sobre os temas que
realmente interessam discutir aqui:

1. O uso do StarOffice é ou não prejudicial ao uso do OOo, tendo em conta
que a empresa que vai dar o suporte tem interesses económicos no primeiro?

2. Seria ou não melhor ter "uso do GNU/Linux" nas escolas, deixando às
mesmas o critério de escolha como acontece com os livros escolares?

Se quiseres falar destes dois pontos, ok. Para o resto estou indisponível
para discussões públicas.

1,


Lopo