[ANSOL-geral]ANSOL na Exame Informatica e na NTV

Jose' Sebrosa sebrosa arroba artenumerica.com
Sun Feb 2 21:49:01 2003


On Sun, 2003-02-02 at 01:52, Jaime E. Villate wrote:
> On Sat, Feb 01, 2003 at 09:16:02PM +0000, Jose' Sebrosa wrote:
> > 
> > Fiquei extremamente desiludido com o que (não) é possível fazer n=
a
TV. 
> > Deve ter sido uma tortura para o Villate, com tanta coisa para
dizer,
> > ter que despachar a resposta em duas ou três frases.  É impossíve=
l. 
> > Quem não sabia do tema continuou sem saber; quem como eu sabia
alguma
> > coisa, apenas ficou a saber que havia muito, muito mais para dizer e
que
> > naquele tempo não havia hipótese nenhuma de conseguir explicar nada=
.
> 
> É curioso que várias pessoas que conheço têm me-dito "vi-te na
televisão
> noutro dia" e depois perguntam sempre: "de que foi que falaste?"
> não os culpo pois eu próprio vejo a cassete e acho a conversa confusa
e
> um bocado chata :)
> 
> Pelo menos a experiência foi-me muito útil para aprender algumas
coisas para a
> próxima vez que tenha que falar em situação semelhante:
> 
> - Em menos de 1/2 hora não vale a pena tentar explicar o que é o
software
>   livre ou a ANSOL. Seria mais útil falar de experiências pessoais
como o
>   trabalho feito em conjunto, via Internet, com outros programadores
de outros
>   países, a comunidade do software livre, etc.
> 
> - Não é boa ideia ficar a trabalhar até as 2 a.m. quando no dia
seguinte se
>   tem que fazer uma apresentação pública. Olhando para a forma como
falei vejo
>   sinais evidentes de falta de sono. 


Eu achei que te safaste muito bem!  Não havia era tempo para nada...


> > Para mim, a TV quase que "morreu" como meio de comunicação viável
para
> > transmitir estas coisas...  pelo menos nestes moldes...
> 
> Temos que aprender a mudar os nossos moldes nesses casos. De qualquer
forma
> se nos voltarem a convidar, acho que temos que aproveitar pois é uma
boa
> oportunidade de divulgar qualquer coisa, por pequena que seja. Eu vou
tentar
> melhorar quando tiver outra oportunidade.


Completamente de acordo!  Oportunidades como esta devem ser todas
aproveitadas!

É realmente complicado escolher o que dizer quando o tempo é tão
escasso.  E, tratando-se de TV e, portanto, dum público muito diverso,
se calhar acaba por ser inevitável ter que escolher temas de muito fácil
compreensão para toda gente...  Se um gajo fala dum assunto que só se
começa a tornar "emocionante" passados três minutos, está "morto".  O
assunto tem que ser de interesse *imediato* e óbvio, sem subtilezas!

Estou ao corrente das reservas quanto a enfatizar o factor "grátis"; no
entanto, *neste* tipo de comunicação, talvez uma boa estratégia seja
dizer, por esta ordem, que 1) é gratis, 2) é legal, 3) falar sobre
pirataria para sublinhar que se trata de algo completamente diferente,
4) falar sobre liberdade, partilha de conhecimentos e desenvolvimento
incremental, e talvez 5) comparar com a maneira como se faz ciência,
sublinhando que a ciência seria impossível sem liberdade de troca de
ideias.

O mais certo é não dar para tudo, e nesse caso a malta tem que se
aguentar e falar apenas das primeiras coisas...  pois são as que têm
maior probabilidade de interessar as pessoas.

E claro, tudo isto deve ser ensaiado.

Mas mais uma vez, acho que te desembaraçaste muito bem!

              * * *

A propósito da mensagem de há tempos do João Neves, que falava da falta
de oradores, lembrei-me de que se calhar é preciso fazer "cursos para
oradores" na ANSOL.  Nada de muito formal, apenas um conjunto de
reuniões cujo objectivo é dar pistas aos (futuros) oradores sobre onde
recolher informação, definir temas de interesse para palestras, definir
palestras a serem preparadas e preparar as ditas.  Uma parte destas
tarefas é "trabalho de casa", mas outra parte ganha muito se for feita
por um grupo fisicamente reunido à volta duma mesa.  Em particular, as
palestras *têm* que ser ensaiadas perante uma plateia real, e esses
ensaios são uma das coisas que só em reuniões deste tipo podem ser
feitos.


Sebrosa