A porcaria das patentes era: [ANSOL-geral]Red Hat registapatentes de software...]

Jose' Sebrosa sebrosa arroba artenumerica.com
Mon May 27 05:07:04 2002


Vasco Figueira wrote:
> 
> Viva,
> 
> On Mon, 2002-05-27 at 01:46, Jose' Sebrosa wrote:
> > Lopo de Almeida wrote:
> > > - *empresas* não são individuos;
> >
> > Todavia, nao conheco nenhuma empresa que nao tenha individuos!  Talve=
z nao
> > tenha nada a ver, mas refiro isto para dizer que, no que respeita a p=
roteger
> > direitos, e' falacioso dizer que os direitos das pessoas sao mais imp=
ortantes
> > do que os direitos das empresas.  Os direitos das empresas sao, no fi=
m da
> > cadeia, direitos das pessoas dessas empresas.
> 
> Não. São direitos sobre o lucro das pessoas dessa empresa. O âmbi=
to
> restringe-se um pouco...


Sim, claro.  O que importa e' nao comparar o que nao e' comparavel.  Alguns
direitos das pessoas nao sao comparaveis a nenhum direito das empresas (por
exemplo, direito `a vida), outros sao (por exemplo, direito `a propriedade,
direito ao bom nome, etc.).

Mencionei este detalhe pq e' muito comum fazerem-se sem pensar afirmacoes do
tipo "as pessoas estao primeiro que as empresas".  Isto e' uma verdade evidente
nos casos em que os direitos nao sao comparaveis, e e' um completo disparate
nos casos em que sao.  Quando os direitos sao comparaveis e ha' um conflito,
nao ha' nenhuma razao a priori para o direito da pessoa prevalecer sobre o da
empresa.


> > As patentes que ha' sao terriveis e isto e' tudo muito triste, mas e'=
 ainda
> > mais terrivel para quem tem que viver com as patentes ignora-las.  Po=
rtanto,
> > acho muito bem que as Red Hat deste mundo patenteiem tudo e mais algu=
ma coisa.
> > Se elas nao defenderem os seus interesses dentro das regras do mundo =
em que
> > vivem e' que estao perdidas.
> 
> Eu percebo a angústia, mas será esse o caminho a seguir? Eu quero a=
char
> que não.


Novamente, importa nao comparar o que nao e' comparavel.  Uma coisa e' condenar
e combater a existencia de patentes, outra completamente diferente e' as
empresas ignorarem que elas existem e decidirem concorrer em inferioridade com
as outras empresas.

Concordo que, em termos mediaticos, fica muito facil ao
jornalista-que-quer-sangue dizer todo esperto `a empresa que afirma combater as
patentes "mas voces tambem teem".  Infelizmente a maralha estatistica ve^ as
coisas pela rama e engole este tipo de sensionalismo, pelo que e' necessario
ponderar os riscos de exposicao a ele.  Mas continua a estar a pesar no prato
da balanca o problema de a empresa estar a concorrer num mundo que e' como
e'...


Cumps.,
Sebrosa