[ANSOL-geral]Ainda os Dogmas

Carlos Baquero Moreno cbm arroba di.uminho.pt
Tue, 22 Jan 2002 18:45:14 +0000 (WET)


On Tue, 22 Jan 2002, Jaime E. Villate wrote:

> Date: Tue, 22 Jan 2002 17:50:08 +0000
> From: Jaime E. Villate <villate arroba gnu.org>
> To: Carlos Baquero Moreno <cbm arroba di.uminho.pt>
> Cc: ansol-geral arroba listas.ansol.org
> Subject: Re: [ANSOL-geral]Ainda os Dogmas
>
> On Tue, Jan 22, 2002 at 03:55:35PM +0000, Carlos Baquero Moreno wrote:
> > O que será preferível para a Associação ?
> >
> > - Defender o Software Livre, reconhecendo-o no seu contexto e aceitando=
 a
> > diversidade desde que acautelados os direitos de acesso aos registos
> > (eventualmente apoiando leis em que o estado deva tender para o uso de =
formatos
> >  de dados abertos). Ou mesmo, aceitando que um mercado informado saber=
á
> > optar por não escolher software fechado com dados fechados.
> >
> > ou
> >
> > - Defender a noção de que é simplesmente errado fazer Software Fe=
chado ou
> > Software de Código Aberto não Livre e que o mundo da informática =
deve tender
> > inexoravelmente para 100% Software Livre, e que se calhar deveriam ser
> > feitas leis nesse sentido.
> >
> > Penso que é obvia qual a posição que eu defendo.
>
> Se a minha intuição não falhar, defendes a primeira, não é?

Certo.

> Pois eu acho que os estatutos da ANSOL também defendem claramente a pri=
meira
> e não a segunda, por isso fica descansado:
>
>   http://www.ansol.org/docs/estatutos.pt.html
>     "A Associação tem como fim a divulgação, promoção, desenv=
olvimento,
>     investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercuss=
ões
>     sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e cientí=
ficas."
>
>     "Com vista à prossecução dos fins definidos no artigo anterior,=
 a
>     Associação propõe-se levar a cabo, entre outras, as seguintes a=
ctividades:
>     i. Promover a utilização de normas, protocolos, interfaces e form=
atos de
>     ficheiros não-proprietários, livres e abertos;"

Excelente. De certa forma sempre mantive a esperança de que não estivesse a
perceber bem.

> Em parte nenhuma fala-se de proibir o de medidas negativas. Já temos
> discutido que não pretendemos admitir unicamente pessoas usem 100% soft=
ware
> livre; mas o lider ou os lideres da ANSOL deveriam estar livres de compro=
misos
> com qualquer software proprietário.

Ok. Penso que a definição "compromissos com qualquer software proprietario"
é que será então um bom ponto para inicio de discussão no dia 2, uma vez que
não devo ser o único a refrear-me de uma postura mais activa por receio de
não ter as convicções apropriadas. E para o saber há que fazer o esforço que
referes de debate sobre a idiologio ANSOL.

Tentarei contribuir no dia 2 ao motivar porque é que eu acho que o problema
está essencialmente no acesso aos dados e não tanto no acesso ao código.
Isto, é claro, em termos de postura proibicionista. Ou seja, não em termos
daquilo cujo uso se fomenta.

<i>And now for something slightly different</i>

Já agora, e para contexto sobre a educação das comunidades sobre os
maleficios dos formatos fechados, junto abaixo um mail que enviei
a todos os docentes e funcionarios da Universidade do Minho em Julho de 2000.
Acho que não teve grandes resultados mas deu azo a várias reações positivas.
De facto é muito difícil mudar os habitos de pessoas que mal sabem usar o
seu computador e que vivem acossados pelso virus e pelos reboots.

Se alguem achar útil pode usar e mudar o texto para aplicar a outras escolas.

Cumprimentos,
Carlos

Carlos Baquero
Distributed Systems Group            Fax +351 25360 4471
University of Minho, Portugal        Voice +351 25360 4449
cbm arroba di.uminho.pt                     http://www.di.uminho.pt/~cbm


Date: Thu, 13 Jul 2000 12:04:15 +0100 (WEST)
From: Carlos Baquero Moreno <cbm arroba di.uminho.pt>
To: Lista UM-NET <um-net arroba ci.uminho.pt>
Subject: Mails com ficheiros de difícil leitura


Viva,

Este é um assunto que vem ciclicamente a ser comentado entre vários
colegas aqui do DI, mas que nunca foi trazido a este forum.
Mando o mail, com o objectivo de que a sugestão seja útil para a melhoria
da comunicação entre todos.

O problema tem a ver com a escolha de formatos para os ficheiros que são
difundidos por mail, e que várias vezes trazem informação importante, mas
cuja leitura se torna muito difícil para vários dos receptores.

O caso mais frequente é o envio de ficheiros Word, cujo formato é
proprietário (Microsoft) e cuja visualização, em ambientes Unix ou Mac, é
no mínimo trabalhosa e em alguns casos impossível.

Felizmente, existem formas fáceis de resolver este problema. Para tal,
basta escolher um formato aberto de texto, como seja o simples texto
ASCII (muitas vezes a melhor, e mais simples, opção), ou eventualmente
HTML. Por exemplo, é muito fácil gravar um documento em formato HTML a
partir do Microsoft Word.

Outra hipótese, que preserva a qualidade, é o uso de um formato aberto de
impressão: PostScript ou preferencialmente PDF (para os quais existem
visualizadores gratuitos em todas as plataformas Windows,Unix e Mac).


Espero que vejam este mail como uma ajuda construtiva para a melhoria da
comunicação por email, que, felizmente, é cada vez mais frequente.

Cumprimentos dos colegas do DI,

Carlos Baquero e Paulo Sérgio Almeida,