[ANSOL-geral]Empresas socias

Vasco Figueira figueira arroba europe.com
Mon, 18 Feb 2002 03:13:38 +0000


Viva,

Jose' Sebrosa wrote:

> Ha' um pressuposto na ideia de admitir as empresas como socias:  O de que elas
> pagam uma quota elevada.  Proponho entao que cada um reflicta sobre se a sua
> opiniao depende do valor da quota das empresas.  Por exemplo, concordam com a
> ideia de as empresas pagarem uma quota de um euro por mes (como proposto para
> os estudantes)?


A empresa é um agregado de pessoas. Logo a sua quota deve ser algo como 
3 a 12 vezes (valores atirados ao ar) o valor da quota para pessoa 
individual. Parece-me lógico.

> As minhas reservas `a entrada de empresas como socias nao tem nada a ver com
> qualquer desconfianca minha para com as empresas, nem com qualquer receio de um
> take-over marado.  Teem, isso sim, tudo a ver com o posicionamento da ANSOL
> caso as empresas possam entrar.  Explico:  Se as empresas puderem entrar, as
> quotas forem elevadas e as receitas ai' geradas forem significativas para a
> ANSOL, nada mais natural que a ANSOL considerar que e' um seu objectivo cativar
> mais e mais empresas a se associarem.  Assim, a ANSOL encaminhara' a sua
> energia e esforcos no sentido de angariar socios empresariais, em vez de no
> sentido de desenvolver actividades de promocao do software livre.  O eventual
> sucesso (reflectido nas contas da associacao) da angariacao de socios
> empresariais justificara' que essa angariacao se torne num fim em si.  Sera'
> nessa altura que a ANSOL sera' um "vendedor de vinhetas".  Em suma, nao e' das
> empresas que eu desconfio:  e' da ANSOL.


A ANSOL, estabelecendo os critérios de bom-comportamente que permitem às 
empresas serem sócias, está a reduzir e muito o leque de empresas 
passíveis de se tornarem sócias. Além disso, a ANSOL somos nós, e se em 
dois, cinco anos, não formos nós e mais algums como nós, serão outros... 
como nós. Calma.

Se estabelecermos concreta e precisamente os critérios de aceitação de 
uma empresa como sócia da ANSOL, *nos estatutos*, não corremos o risco 
de servir de entidade certificadora que mais nada faz senão distribuir 
vinhetas a troco de uns euritos.

Sejamos prácticos:

Quantas empresas existem hoje no tecido empresarial português, passíveis 
de satisfazerem os eventuais critérios de aceitação? 3? 6? 12?

Qauntas empresas existirão em 2006 capazes de satisfazer esses 
critérios? 15? 30? 60? No máximo.

E, mesmo existindo amanhã 12 e em 2006 60, bom, elas serão reais 
apoiantes do software livre e a mais-valia na imagem (se o software 
livre por acaso ficar na moda) dada por serem sócias da ANSOL, será 
certamente uma contribuição indirecta para o desenvolvimento do software 
livre, e dos seus ideais.

Se em algum momento elas desviarem o seu comportamento, são expulsas.

Agora, por questões de dimensão das coisas, a ANSOL não corre o risco de 
canalizar as suas acções para a angariação fácil de fundos via vinhetas. 
Acho.

-- 
Cumprimentos,

Vasco Figueira