[ANSOL-geral]Re: [ANSOL-geral]slp - software livre português

Luciano Miguel Ferreira Rocha strange arroba nsk.yi.org
Sun, 7 Apr 2002 01:52:49 +0100


On Sun, Apr 07, 2002 at 12:33:21AM +0100, Rui Miguel Silva Seabra wrote:
> Ha varios motivos para fazer crer que o Open/Star Office possa nao
> existir daqui por poucos anos:
>   * o star office vai deixar de ser gratuito
>     Isto implica que nao vai poder ser redistribuido como ate agora por
>     distribuicoes.
>     Para alem disto, vai passar a haver contabilidade dos
>     custos/proveitos. Se as contas baterem negativamente e a Sun
>     precisar de dinheiro... pode deixar de suportar logisticamente.
>     So o website custa mais de um milhao de dolares (USD) por ano,
>     aparentemente.
Bem, nesse caso, disponibilizar o StarOffice por $$$ não trará mais
prejuízos fiscais. Continuar a disponibilizá-lo gratuitamente tornaria
mais provável o seu término. Também, como vai deixar de ser gratuito o
webiste terá uma menor carga. :)

>   * Ha muito [mau] codigo em c++, cujos developers originais ja nem
>     sequer participam no projecto
Nesse caso, ainda bem que deixaram de participar. ;)

>   * Os comentarios sao muito maus (quando nao inexistentes) e
>     essencialmente em alemao
Isso é mau para o desenvolvimento independente do projecto. Mas se pessoas
há que implementaram bibliotecas para ler ficheiros no formato Word,
apenas por desassemblagem, neste caso não é preciso ir tão longe.

>   * e muito dificil compilar o open office
Isso é problema maior para os packagers, como é o teu caso. ;) Os comuns
mortais usam os pacotes compilados. Os incomuns mortais fazem um cvs up ;
make.

> Ou seja, se nao houver $ a apoiar, nao vai ser facil haver
> desenvolvimento.
O mesmo se passa com os outros '"offices" verdadeiramente livres'. A Sun
vai obter maiores recursos por vender o StarOffice. Um problema que vejo é
a Sun considerar o OpenOffice um concorrente directo e decidir terminar o
seu suporte. Mas duvido que tal aconteça, pois a grande parte das pessoas
irá preferir comprar o StarOffice, que deverá ter um preço simbólico
quando comparado com o principal rival, pois será de uma companhia
reconhecida (e não de um bando de "hackers"), e terá o suporte necessário
aos lusers.

> Ou seja, suportar o open office para ja pode parecer ser bom, mas e mai=
s
> importante dirigir os esforcos para os "offices" verdadeiramente livres=
,
> porque as possibilidades do Open/Star Office falhar a medio prazo sao
> muito fortes, e se isso acontecer NAO PODEMOS ter de escalar a montanha
> do inicio.
Pessoalmente prefiro esses "offices" verdadeiramente livres, e por isso,
se tivesse algum tempo disponível, preferia gastá-lo com esses projectos
do que com o OpenOffice. Mas tenho as minhas dúvidas de que o OpenOffice
esteja condenado.

> O ideal era livrar-se do software nao livre. Nao o podendo fazer por
> motivos estrategicos, penso que pelo menos nao se deveria assumir como
> distribuicao de software livre.
Não tenho ouvido ou lido os responsáveis da Caixa Mágica a propagandear
essa ser uma distribuição de software livre mas antes uma distribuição de
linux ("Linux Caixa Mágica").

Cumps

-- 
Luciano Rocha, strange arroba nsk.yi.org

The trouble with computers is that they do what you tell them, not what
you want.
                -- D. Cohen