[Eventos] Politica relativamente ao software proprietário na Moita
Lopo Lencastre de Almeida
lopo.almeida sitaar.com
Sexta-Feira, 23 de Abril de 2004 - 19:25:52 WEST
> Sendo assim, caso seja um evento apenas 100% Software Livre, é com
> tristeza que vou deixar passar esta oportunidade.
>
Não é, não será.
O objectivo, como já estou um bocado cansado de dizer, é promover os sistemas
operativos alternativos que são software livre e o maior conjunto de
aplicações SL e OSS (o que não quer dizer GRÁTIS).
As aplicações GRÁTIS que sejam proprietárias não estão lá para serem
instaladas mas para servirem de DEMO educativa para que as pessoas saibam que
existem esse tipo de aplicações.
Cabe às pessoas (nós) explicar as diferenças de LIBERDADE entre as várias
coisas.
Também não é promover exclusivamente o Linux (ou o OpenBSD) porque é bom, não
tendo em conta que tem uma filosofia por detrás.
Para mim, e penso que para a maioria das pessoas que trabalham diáriamente com
e em projectos de software livre, o que é mais importante é que 70% / 80% das
ferramentas sejam SL e que EXISTAM as outras 20% -- mesmo que proprietárias.
Fazem a mínima ideia de quantas pessoas mudariam do MS Windows para o
GNU/Linux se a Corel Corporation ou a Adobe criassem uma versão das suas
aplicações compatível como mesmo?
Sabem quantas pessoas mudaram do carissimo Apple-Mac para o barato
Intel-Windows quando a Adobe criou versões para o MS Windows há quase duas
década atrás?
Quanto mais pessoas o usarem a nível de DESKTOP mais pessoas irão
compreendendo as vantagens do SL (ou mais abragentemente do OSS).
Não é com fel que se apanham moscas. É com mel.
Vamos ter lá o João (que é o representante da ANSOL) a fazer uma palestra
sobre o Software Livre.
Esperamos continuar a ter "alguém" lá a fazer uma demo do mini-cluster com
GNU/Linux e subsequente palestra.
A máquina para testes aos jogos é uma máquina da Nixius. O que precisamos é
dos jogos e de alguém que os saiba instalar. Também vai ser usada a mesma
máquina e se calhar mais alguma para demonstrar o OOo. Espero ter lá também
uma demo do EVARISTO.
São três áreas que as pessoas querem saber: Jogos (e não é de cartas). Office
e Contabilidade.
Primeiro há que fazer com que as pessoas mudem. Há que mostrar-lhes que podem
mudar sem receio de ficarem incapacitados de trabalharem. Depois é que se
consegue criar massa crítica para tornar o Software Livre mais abragente.
Pelo ponto de vista mais radical então nem devia existir o GNU/Win, porque ao
criarmos Software Livre para correr sobre um sistema proprietário estamos a
atrasar a mudança e a promover esse mesmo sistema operativo... ou isto só é
evidente para mim?
1,
Lopo
--
Co-Organizador da LIP da Moita
Mais informações acerca da lista Ansol-eventos