ARLA/CLUSTER: Sol "quieto" intriga astrônomos

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quarta-Feira, 22 de Abril de 2009 - 10:15:28 WEST


--- Em radioamadores_algarve  yahoogrupos.com.br, Jose guerreiro <ct1eps  ...> escreveu

Olá amigos
Mais informações sobre o "mínimo solar", segue abaixo artigo da BBC
publicado no Jornal Folha de São Paulo de hoje 21/04/09.

21/04/2009 - 07h30
Sol "quieto" intriga astrônomos

PALLAB GHOSH
da BBC

O Sol passa por um de seus períodos mais quietos por quase um século,
praticamente sem manchas solares (explosões na atmosfera solar) e
emitindo poucas chamas.

A observação da estrela mais próxima da Terra está intrigando os
astrônomos, que estão prestes a estudar novas imagens do Sol captadas
no espaço na Reunião Nacional de Astronomia do Reino Unido.

O Sol normalmente passa por ciclos de atividade de 11 anos. Em seu
pico, ele tem uma atmosfera efervescente que lança chamas e "pedaços"
gasosos super quentes do tamanho de pequenos planetas. Depois deste
pico, o astro normalmente passa por um período de calmaria. Solar and
Heliospheric Observatory

Nível de atividade do Sol está intrigando pesquisadores

Esperava-se que o Sol voltasse a esquentar no ano passado depois de
uma temporada de calmaria. Mas em vez disso, a pressão do vento solar
chegou ao seu nível mais baixo em 50 anos, as emissões radiológicas
são as mais baixas dos últimos 55 anos e as atividades mais baixas de
manchas solares dos últimos 100 anos.

Segundo a professora Louise Hara, do University College London, as
razões para isso não estão claras e não se sabe quando a atividade do
Sol vai voltar ao normal.

"Não há sinais de que ele esteja saindo deste período", disse.

"No momento, há artigos científicos sendo lançados que sugerem que ele
vai entrar em um período normal de atividade em breve."

"Outros, no entanto, sugerem que ele vai passar por outro período de
atividades mínimas --este é um grande debate no momento."

Mini era do gelo

Em meados do século 17, um período de calmaria - conhecido como
Maunder Minimum - durou 70 anos, provocando uma "mini era do gelo".

Por isso, alguns especialistas sugeriram que um esfriamento semelhante
do Sol poderia compensar os efeitos das mudanças climáticas.

Mas segundo o professor Mike Lockwood, da Universidade de
Southhampton, isso não é tão simples assim.
"Quisera eu que o Sol estivesse vindo a nosso favor, mas,
infelizmente, os dados mostram que não é esse o caso", disse ele.

Lockwood foi um dos primeiros pesquisadores a mostrar que a atividade
do Sol vinha decrescendo gradualmente desde 1985, mas que, apesar
disso, as temperaturas globais continuavam a subir.

"Se você olhar cuidadosamente as observações, está bem claro que o
nível fundamental do Sol alcançou seu pico em cerca de 1985 e o que
estamos vendo é uma continuação da tendência para baixo (na atividade
solar), que vem ocorrendo há cerca de duas décadas."

"Se o enfraquecimento do Sol tivesse efeitos resfriadores, já teríamos
visto isso a esta altura."

Meio-termo

Análises de troncos de árvores e de camadas inferiores de gelo (que
registram a história ambiental) sugerem que o Sol está se acalmando
depois de um pico incomum em sua atividade.

Lockwood acredita que, além do ciclo solar de 11 anos, há uma
oscilação solar que dura centenas de anos.

Ele sugere que 1985 marcou o pico máximo deste ciclo de longo prazo e
que o Maunder Minimum marcou seu ponto mais baixo.

Para ele, o Sol agora volta a um meio termo depois de um período em
que esteve praticamente no topo de suas atividades.

Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na
sigla em inglês) mostram que as temperaturas globais subiram em média
0,7º C desde o início do século 20.

As projeções do IPCC são de que o mundo vai continuar a esquentar, e a
expectativa é de que as temperaturas aumentem entre 1,8º C e 4º C até
o fim deste século.

Ninguém sabe ao certo como funciona o ciclo e altos e baixos na
atividade solar, mas os astrônomos se veem, agora, graças a avanços
tecnológicos, em uma posição privilegiada para estudar o astro-rei.

Segundo o professor Richard Harrison, do Laboratório Rutheford
Appleton, em Oxfordshire, este período de quietude solar dá aos
astrônomos uma oportunidade única.

"Isso é muito animador, porque como astrônomos nunca vimos nada assim
em nossas vidas", disse ele.

"Temos uma sonda lá no alto para estudar o Sol com detalhes
fenomenais. Com esses telescópios podemos estudar esta atividade
mínima de um modo que nunca fizemos no passado."

FONTE : FOLHA DE SAO PAULO 21/04/09

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Arnaldo - PY5AQ

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




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Obrigado. CT1EPS José Carlos

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