<div><span style="color: rgb(160, 160, 168); ">On Friday, March 2, 2012 at 10:56 AM, Gustavo Homem wrote:</span></div>
<blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;">
<span><div><div><div><br></div><div> </div><blockquote type="cite"><div><div><br></div><div>Mas o que é que se passa convosco? Resolveram aderir ao "é cool</div><div>criticar o Stallman?"</div></div></blockquote><div><br></div><div>Os nossos pares não estão isentos de escrutínio.</div></div></div></span></blockquote><div><br></div><div>Exacto :-) </div><blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;"><span><div><div><div><br></div><blockquote type="cite"><div><div><br></div><div>Reparem: o jornalista fez três perguntas sobre exactamente o mesmo</div><div>tema, o homem respondeu às três e explicou porquê.</div></div></blockquote><div><br></div><div>A vida é mesmo assim.</div></div></div></span></blockquote><div>A vida até pode ser assim. O (bom) jornalismo não. </div><blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;"><span><div><div><div> Lidar com os media é esperar perguntas fáceis, difíceis, despropositadas, etc. </div></div></div></span></blockquote><div>Lidar com entrevistados é esperar que nos podem mandar dar uma volta quando deixamos de ser entrevistadores e passamos a ser oponentes. E quando a responsabilidade é nossa, não vamos chapar a coisa no jornal.</div><div>Talvez eu não me tenha explicado bem: uma entrevista não é um debate. Entrevistador e entrevistado não estão ao mesmo nível. O entrevistador tem muito mais poder: afinal, é ele que decide o que vai aparecer no jornal.</div><div>Mas, da mesma forma que esta consciência não deve levar o entrevistador a deixar-se manipular pelo entrevistado, também não deve levar o entrevistador a transformar-se em atacante. E é ao entrevistador que cabe manter este equilíbrio. Não é ao entrevistado.</div><div> </div><blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;"><span><div><div><div>O assunto software livre é especialmente difícil para o público em geral </div></div></div></span></blockquote><div>Não imaginas como me dói esta ideia. O assunto é difícil porquê? O público não tem capacidade de compreensão? E esta ideia não se aplica só ao assunto. Quantas vezes ouvi pessoas do Software Livre dizerem, por exemplo, que é "difícil as pessoas mudarem para o OpenOffice", que é difícil a curva de aprendizagem…</div><div>Eu não sou informática, nem nunca fui, mas a única coisa que me ficou na memória na minha mudança do Microsoft Office para o OpenOffice foi "Wow, consigo gerar um pdf com um clique". Aquele botão, para mim, era mágico.</div><div>E se foi isto que me ficou na memória, a mudança não pode ter sido difícil, nem traumática.</div><div><br></div><div>Tratar as pessoas como se não tivessem capacidades, faz com que elas se comportem como se não tivessem capacidades.</div><div>E, sim, acho que este paternalismo faz mal à divulgação do Software Livre.</div><div> </div><blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;"><span><div><div><div>e mesmo com muito esforço e sem amuos nem sempre é possível transmitir as ideias certas. Também os jornalistas têm dificuldades com o assunto, mas com paciência acabam por ultrapassá-las.</div></div></div></span></blockquote><div>Coitadinhos?</div><div> </div><blockquote type="cite" style="border-left-style:solid;border-width:1px;margin-left:0px;padding-left:10px;"><span><div><div><div><br></div><div>IMHO, amuar não é cool e não ajuda o trabalho que associações relacionados com SL têm feito. Mesmo que houvesse razão para amuar, o que é discutível.</div></div></div></span></blockquote><div>É verdade que há esta ideia de que o Stallman não é um bom PR. Mas nós só achamos isso porque estamos habituados a sermos comprados a qualquer custo.</div><div>Deixa-me sublinhar que o Stallman não aplica estes princípios apenas ao software, mas também às outras áreas da vida.</div><div>Parece-me que a ideia do Stallman é que quem vai para o Software Livre, deve ir por bem, deve ir pelas razões certas, não pode ir enganado.</div><div>E isto é positivo ou achas que não?</div><div><br></div><div>Eu não concordo com tudo o que o Stallman diz e mesmo em algumas coisas com as quais concordo, nem sempre sigo (às vezes o facilitismo tenta-nos), mas mesmo nestas situações penso que ainda bem que o Stallman é como é. Porque assim, quando escolho a via do facilitismo, faço-o com a consciência dos riscos que corro e das consequências que daí podem advir, fazendo com que eu seja mais cautelosa e isto é bom para mim.</div><div>Paula</div><div> </div><div>-- </div><div>paula simoes</div>