[ANSOL-geral] Sistema de alertas

Manuel Silva msilva portolinux.net
Segunda-Feira, 22 de Outubro de 2018 - 14:59:58 WEST


Olá!

On Sun, Oct 14, 2018 at 11:31 AM Bruno D. Rodrigues
<bruno.rodrigues  litux.org> wrote:
>
> Houve aviso pela rede móvel.
>
> Não invalida o ponto da incompetência, pois:
> - foi enviado com origem "EMEL"

Porque foi efectivamente enviado pela EMEL. Do que se conhece (e tive
conhecimento disto pelo Governo Sombra), parece que a autorização para
a difusão de mensagens da Protecção Civil com base na localização
geográfica dos terminais móveis só é válida para situações de
incêndio/risco de incêndio, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa
procurou encontrar alternativas para entrar em contacto com os seus
cidadãos e optou por recorrer ao sistema da EMEL... O que levanta
dúvidas quanto à legalidade, uma vez que os dados recolhidos pela EMEL
podem ser usados no âmbito da área de actuação da EMEL.

> - não se percebe muito bem para que areas foi enviado (talvez só mais para o norte, quando perceberam que ia ser acima de Lisboa, ou seja, não devem ter enviado para Lisboa)

Foi só para Lisboa e utilizadores do e-Park que têm o número de
telefone associado e permitem a recepção de SMS.

> - a incompetência da entrega da mensagem por certas operadoras - tenho uma pessoa que recebeu a mensagem às 2 da manhã, quando devia ter chegado à 23 como os outros

Estamos muito longe de poder inferir que houve problema na entrega
"por certas operadoras". Tudo depende das características das
SMS-gateways que a EMEL usa e da forma como as usa.

>
> Para mim houve três incompetência aqui:
>
> - a falha de certas operadoras a fazer o broadcast a tempo daquela mensagem especial (não é exactamente um SMS)

Foi um SMS.

> - a incompetência da empresa que está atribuída para o envio destas mensagens, que agora sabemos que é a mesma que envia as mensagens da EMEL

Foi efectivamente a EMEL que enviou.

>
> - a incompetência não só da protecção civil, mas da comunicação social. Como diziam no reddit, "os canais de televisão não estavam a ignorar a cena, estão é todos a postos para ir gravar o caos do aftermath"

Os 3 principais canais noticiosos, um dos quais disponível na TDT,
fizeram directos quase hora-a-hora do centro de controlo da Protecção
Civil e do IPMA, bem como da conferência de imprensa da Câmara
Municipal de Lisboa em conjunto com o centro distrital da Protecção
Civil; também o tema foi sempre abordado nos noticiários da rádio
pública e creio que por outras rádios com vertente informativa.

>
>
> > No dia 14/10/2018, às 11:16, Bruno Miguel <brunoalexandremiguel  gmail.com> escreveu:
> >
> > Se ainda havia dúvidas, 2017 e 2018 poderão tê-las dissipado: a
> > Proteção Civil parece estar a ser gerida por incompetentes. Com um
> > furação a caminho de Portugal, nem uma porcaria de um alerta pela rede
> > móvel. Só comunicação social e mesmo assim... Enfim...
> >
> > Isto deixou-me a pensar: será que alguém anda a desenvolver um sistema
> > de alerta alternativo ao aparentemente ineficiente da Proteção Civil?
> > E se não, que acham da ideia de se desenvolver um assente em
> > voluntários, como a conta https://twitter.com/VOSTPT?

Há uma boa razão para a protecção civil recomendar às pessoas para,
nestas situações, terem um rádio a pilhas e irem prestando atenção às
informações que são transmitidas por esse meio. Se calhar falta um
"big-red-button" que permita à Protecção Civil fazer "take-over" à
emissão de todas as rádios para difundir os seus comunicados, mas
também diria que quem está numa situação de risco tem consciência que
não é propriamente a ouvir a Rádio Comercial que vai estar
informado... Para quê criar coisas à margem, que poderão servir para
criar alarmismos desnecessários (aka: "fake news")? Porque algo
assente numa infraestrutura bem menos resiliente do que o espectro FM
já existente?

Cumprimentos,
Manuel Silva



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