From ricardodepinho gmail.com Wed Dec 18 19:36:32 2013 From: ricardodepinho gmail.com (Ricardo Pinho) Date: Wed Dec 18 19:36:38 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! Message-ID: Boas noticias, para variar... ;-) Sempre que se derrubam barreiras com novas soluções para antigos problemas, novos mundos se abrem e novos horizontes se alcançam. Quem imaginaria há um par de anos que seria possivel ouvir qualquer musica que se deseja, de forma gratuita e legal? Sim, isso é hoje possivel no, Spotify, Music for everyone!https://www.spotify.com/pt/ Depois disto o mundo da musica nunca mais será o mesmo! Para melhor! E os artistas saem a ganhar! http://www.spotifyartists.com/welcome-to-spotify-for-artists/ *Dear Visitor,* *Today we confirmed that Spotify has now paid out a total of more than $1 Billion USD in royalties to-date, $500 Million USD of which we paid in 2013 alone! Just one year ago, our total royalties paid were $500 Million USD, and this rapid progress speaks to our success at convincing millions of music fans around the world to once again pay for the music they love.* Cumprimentos, -- Ricardo Pinho -------------- próxima parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20131218/8ad39860/attachment.html From r manufacturaindependente.org Wed Dec 18 20:06:50 2013 From: r manufacturaindependente.org (Ricardo Lafuente) Date: Wed Dec 18 20:07:03 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: References: Message-ID: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Vivam, On 12/18/2013 07:36 PM, Ricardo Pinho wrote: > Boas noticias, para variar... ;-) > > Sempre que se derrubam barreiras com novas soluções para antigos > problemas, novos mundos se abrem e novos horizontes se alcançam. > Quem imaginaria há um par de anos que seria possivel ouvir qualquer > musica que se deseja, de forma gratuita e legal? Sim, isso é hoje > possivel no, O Spotify surgiu em 2008, já há algum tempo que se fala do assunto... E "qualquer música que se deseja" é um franco exagero. Existem muitos géneros periféricos ao mainstream que não são servidos, de todo, pelo cardápio do Spotify. > Depois disto o mundo da musica nunca mais será o mesmo! Para melhor! Infelizmente, o mundo da música continua o mesmo. O Spotify existe apenas porque os grupos de media que detêm as labels o permitem, e fazem-no retirando boa parte das margens que este género de serviços poderia ter. O facto de só existir um serviço deste tipo, e não centenas, mostra o quanto o mercado continua dominado e estrangulado pelos suspeitos do costume. Ah, e usa DRM. > > E os artistas saem a ganhar! > http://www.spotifyartists.com/welcome-to-spotify-for-artists/ Os próprios artistas têm dito repetidamente que isto não é verdade. O Thom Yorke referiu há uns meses: "Make no mistake, new artists you discover on Spotify will not get paid. Meanwhile shareholders will shortly be rolling in it. Simples." Em vez de indicar fontes, aqui segue uma referência para a melhor, onde podes encontrar inúmeros relatos de artistas nada eufóricos: http://en.wikipedia.org/wiki/Spotify#Criticism E finalmente, o Spotify é software inequivocamente proprietário. Creio que não estou a ser picuinhas ao dizer que não me parece o género de anúncio que encaixe no âmbito desta lista. :r From ricardodepinho gmail.com Wed Dec 18 20:18:00 2013 From: ricardodepinho gmail.com (Ricardo Pinho) Date: Wed Dec 18 20:18:09 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> References: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Message-ID: Caro Ricardo, Admito o euforismo, e desculpem se exagerei. Conheci o sptify há menos de um ano, mas na altura não me pareceu com dimensão suficiente. Entretanto ganhou escala, tornou-se grautito até em telemóveis e tem mudado de politica. Desconhecia o descontentamento de "alguns" artistas, mas claro, nada nesta vida é perfeito. E tendo como referencia a situação atual, posso contra-argumentar: "o optimo é inimigo do bom" Para quem adora musica e odeia piratiar, é uma boa solução! Achei que o assunto se enquadra nesta lista porque trata-se de um acesso livre aos media, não DRM, mas intermédio! Cumprimentos, RP No dia 18 de Dezembro de 2013 às 20:06, Ricardo Lafuente < r@manufacturaindependente.org> escreveu: > Vivam, > > > On 12/18/2013 07:36 PM, Ricardo Pinho wrote: > >> Boas noticias, para variar... ;-) >> >> Sempre que se derrubam barreiras com novas soluções para antigos >> problemas, novos mundos se abrem e novos horizontes se alcançam. >> Quem imaginaria há um par de anos que seria possivel ouvir qualquer >> musica que se deseja, de forma gratuita e legal? Sim, isso é hoje possivel >> no, >> > > O Spotify surgiu em 2008, já há algum tempo que se fala do assunto... > > E "qualquer música que se deseja" é um franco exagero. Existem muitos > géneros periféricos ao mainstream que não são servidos, de todo, pelo > cardápio do Spotify. > > > Depois disto o mundo da musica nunca mais será o mesmo! Para melhor! >> > > Infelizmente, o mundo da música continua o mesmo. O Spotify existe apenas > porque os grupos de media que detêm as labels o permitem, e fazem-no > retirando boa parte das margens que este género de serviços poderia ter. O > facto de só existir um serviço deste tipo, e não centenas, mostra o quanto > o mercado continua dominado e estrangulado pelos suspeitos do costume. > > Ah, e usa DRM. > > > >> E os artistas saem a ganhar! >> http://www.spotifyartists.com/welcome-to-spotify-for-artists/ >> > > Os próprios artistas têm dito repetidamente que isto não é verdade. O Thom > Yorke referiu há uns meses: "Make no mistake, new artists you discover on > Spotify will not get paid. Meanwhile shareholders will shortly be rolling > in it. Simples." > > Em vez de indicar fontes, aqui segue uma referência para a melhor, onde > podes encontrar inúmeros relatos de artistas nada eufóricos: > http://en.wikipedia.org/wiki/Spotify#Criticism > > E finalmente, o Spotify é software inequivocamente proprietário. Creio que > não estou a ser picuinhas ao dizer que não me parece o género de anúncio > que encaixe no âmbito desta lista. > > :r > > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > -- Ricardo Pinho -------------- próxima parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20131218/f4cdd124/attachment.html From ricardodepinho gmail.com Sat Dec 21 11:29:37 2013 From: ricardodepinho gmail.com (Ricardo Pinho) Date: Sat Dec 21 11:29:43 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> References: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Message-ID: Viva, desculpem a insistencia no assunto mas sinto que ficaram coisas por dizer. ;-) Em primeiro lugar, não sou especialista nesta matéria, não sou musico, nem sequer tenho ligações a essa industria. Sou apenas um mero ouvinte e fan dessa arte! Em segundo lugar, tal como no mundo do software em que a opção de licenciamento é do programador, na musica a opção, em primeira instancia, de como "publica" o seu trabalho é do musico. Sabemos que existem hoje muitas formas alternativas que os musicos têm ao seu dispor para publicar as suas obras. E felizmente são cada vez mais os musicos que tomam a opção de publicar em plataformas "abertas", e que conseguem um rápido sucesso e o reconhecimento do seu mérito! A titulo de exemplo, aqui vao dois que descobri recentemente: *Edmond Huszar (OVERWERK). The 23-year old producer and songwriter from London.* http://www.overwerk.com/ https://www.facebook.com/overwerk http://www.youtube.com/user/overwerkofficial https://soundcloud.com/overwerk http://www.lastfm.pt/music/OVERWERK http://overwerk.bandcamp.com/ https://twitter.com/OVERWERK *Darren Foreman (BEARDYMAN ), born 14 May 1982, is a musician from London renowned for his beatboxing skills and use of live looping technology, and according to the BBC "King of Sound and Ruler of Beats"* http://www.beardyman.co.uk/ http://on.ted.com/Beardyman https://soundcloud.com/beardyman http://www.youtube.com/user/beardyman http://www.lastfm.pt/music/BeardyMan http://www.muzu.tv/beardyman E é assim que o mundo tem oportunidade de conhecer mais talentosos génios da musica! Em terceiro lugar, é preciso esclarecer uma duvida basica em relação ao modelo de negócio da musica. O consumidor quer ser proprietário (ter) da musica ou quer simplesmente ouvir a musica? Eu posso responder por mim, só quero ouvir! Estou mortinho por me livrar daquelas caixas de cd's que só servem para ganhar pó. Mas tenho de aceitar e respeitar a existencia dos fanáticos colecionadores de caixas e lps, etc. Eu também já fui um desses, que colecionava caixas de cassetes com jogos do zx-spectrum! ;-) Em quarto lugar, não concordo nada que o mundo da musica continua o mesmo. Segundo o que sei: O "grande" Steve Jobs, deu o primeiro passo de mudança com o iTunes e os iPods, vendendo musica a $0.99! Depois vieram os imitadores do costume (amazon, google, sony, ms) mas que pouco acrescentaram. O segundo passo foi dado pelo Spotify, quebrando a barreira psicológica do "só ouves se pagares" e "se tiveres o meu aparelho" (steve). De uma forma simples considero o modelo de negocio do Spotify igual a de uma rádio, com a unica "grande" diferença, o ouvinte escolhe a musica. E nada impede que apareçam (e vao aparecer) outras "radios" com outros principios, como usar software livre! ;-) Vão ver que os imitadorescomeçam logo a mexer-se... Esta é a minha modesta opinião, que pode obviamente não estar totalmente certa. Mas temos de acreditar que o caminho faz-se a um passo de cada vez... Um Feliz Natal e um 2014 mais livre! Cumprimentos, Ricardo Pinho -------------- próxima parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20131221/712acb05/attachment.htm From bruno.rodrigues litux.org Sat Dec 21 12:02:19 2013 From: bruno.rodrigues litux.org (Bruno D. Rodrigues) Date: Sat Dec 21 12:02:33 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: References: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Message-ID: Saltou-se o conteúdo do tipo multipart/alternative -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : signature.asc Tipo : application/pgp-signature Tam : 235 bytes Descr: Message signed with OpenPGP using GPGMail Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20131221/87304e3b/signature.pgp From diogoconstantino sapo.pt Sat Dec 21 12:27:31 2013 From: diogoconstantino sapo.pt (Diogo Constantino) Date: Sat Dec 21 12:27:37 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: References: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Message-ID: <52B58933.4030705@sapo.pt> A única coisa que o Steve Jobs teve de grande, foi ser um ditador, um opressor dos utilizadores de tecnologia, um censor da cultura. O que ele fez, foi criar um mundo onde as coisas só funcionam da forma que ele quer. Onde há pouco espaço para a diferença. E onde com o tempo se vai retirando cada vez mais esse espaço, porque as pessoas vão achando que estão a retirar pouco (pouco de cada vez). cumprimentos Diogo Em 21-12-2013 11:29, Ricardo Pinho escreveu: > Viva, desculpem a insistencia no assunto mas sinto que ficaram coisas > por dizer. ;-) > > Em primeiro lugar, não sou especialista nesta matéria, não sou musico, > nem sequer tenho ligações a essa industria. > Sou apenas um mero ouvinte e fan dessa arte! > > Em segundo lugar, tal como no mundo do software em que a opção de > licenciamento é do programador, na musica a opção, em primeira > instancia, de como "publica" o seu trabalho é do musico. Sabemos que > existem hoje muitas formas alternativas que os musicos têm ao seu dispor > para publicar as suas obras. E felizmente são cada vez mais os musicos > que tomam a opção de publicar em plataformas "abertas", e que conseguem > um rápido sucesso e o reconhecimento do seu mérito! > A titulo de exemplo, aqui vao dois que descobri recentemente: > / > Edmond Huszar (*OVERWERK*). The 23-year old producer and songwriter from > London./ > http://www.overwerk.com/ > https://www.facebook.com/overwerk > http://www.youtube.com/user/overwerkofficial > https://soundcloud.com/overwerk > http://www.lastfm.pt/music/OVERWERK > http://overwerk.bandcamp.com/ > https://twitter.com/OVERWERK > > /Darren Foreman (*BEARDYMAN *), > born 14 May 1982, is a musician from London renowned for his beatboxing > skills and use of live looping technology, and according to the BBC > "King of Sound and Ruler of Beats"/ > http://www.beardyman.co.uk/ > http://on.ted.com/Beardyman > https://soundcloud.com/beardyman > http://www.youtube.com/user/beardyman > http://www.lastfm.pt/music/BeardyMan > http://www.muzu.tv/beardyman > > E é assim que o mundo tem oportunidade de conhecer mais talentosos > génios da musica! > > Em terceiro lugar, é preciso esclarecer uma duvida basica em relação ao > modelo de negócio da musica. O consumidor quer ser proprietário (ter) da > musica ou quer simplesmente ouvir a musica? Eu posso responder por mim, > só quero ouvir! Estou mortinho por me livrar daquelas caixas de cd's que > só servem para ganhar pó. Mas tenho de aceitar e respeitar a existencia > dos fanáticos colecionadores de caixas e lps, etc. Eu também já fui um > desses, que colecionava caixas de cassetes com jogos do zx-spectrum! ;-) > > Em quarto lugar, não concordo nada que o mundo da musica continua o > mesmo. Segundo o que sei: > O "grande" Steve Jobs, deu o primeiro passo de mudança com o iTunes e os > iPods, vendendo musica a $0.99! > Depois vieram os imitadores do costume (amazon, google, sony, ms) mas > que pouco acrescentaram. > O segundo passo foi dado pelo Spotify, quebrando a barreira psicológica > do "só ouves se pagares" e "se tiveres o meu aparelho" (steve). > De uma forma simples considero o modelo de negocio do Spotify igual a de > uma rádio, com a unica "grande" diferença, o ouvinte escolhe a musica. E > nada impede que apareçam (e vao aparecer) outras "radios" com outros > principios, como usar software livre! ;-) > Vão ver que os imitadores > > começam logo a mexer-se... > > Esta é a minha modesta opinião, que pode obviamente não estar totalmente > certa. > Mas temos de acreditar que o caminho faz-se a um passo de cada vez... > > Um Feliz Natal e um 2014 mais livre! > > Cumprimentos, > Ricardo Pinho > > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > From mindboosternoori gmail.com Fri Dec 27 16:48:55 2013 From: mindboosternoori gmail.com (Marcos Marado) Date: Fri Dec 27 16:49:01 2013 Subject: [ANSOL-geral] Spotify - Um novo mundo se abre para a musica! In-Reply-To: References: <52B2005A.7030106@manufacturaindependente.org> Message-ID: Correndo o risco de ser bastante off-topic para esta lista (pelo que já foi dito por alguém anteriormente), algumas notas sobre o Spotify: 2013/12/21 Ricardo Pinho : [...] > Em terceiro lugar, é preciso esclarecer uma duvida basica em relação ao > modelo de negócio da musica. O consumidor quer ser proprietário (ter) da > musica ou quer simplesmente ouvir a musica? Há para todos os gostos, e são "modelos de negócio" distintos para "necessidades" distintas. E, ainda que se diga que uma poderia colmatar a outra (quem *tem* a música, na teoria poderia sempre poder ouvi-la), o mercado tem provado que não é bem assim (o sucesso dos "music lockers" vem a comprová-lo): eu tenho muitos albums mas não ando com eles "atrás de mim": o uso de um "music locker" permite-me aceder à minha música, em formato digital, à qual neste momento não tenho acesso físico... Não quer dizer que um dos "mercados" ou "use cases" seja mais importante que o outro. Eu, pessoalmente, gosto de ambos (ou até dos três): continuo um coleccionador ávido de música (em formato físico), e no entanto utilizo um serviço de music locker para poder aceder ubiquamente à minha colecção (na teoria, na prática ainda estou bastante longe disso, mas isso é outra conversa...), e ainda gosto de poder aceder a música para ouvir e para a qual não tenho o objecto físico associado, através do uso de serviços de streaming (dás o exemplo do Spotify, eu prefiro exemplos como o Libre.fm, o FMA, etc...) > Eu posso responder por mim, só > quero ouvir! Estou mortinho por me livrar daquelas caixas de cd's que só > servem para ganhar pó. Eu fico-te com eles ;-) > Em quarto lugar, não concordo nada que o mundo da musica continua o mesmo. > Segundo o que sei: > O "grande" Steve Jobs, deu o primeiro passo de mudança com o iTunes e os > iPods, vendendo musica a $0.99! A mudança vem bem de trás, mesmo antes do Napster (que costuma ser indicado como o "início desta nova era"), mas sim, o iTunes[1] foi visto como o primeiro "grande" vendedor de albums às postas -- e na realidade a grande revolução foi mesmo essa: as pessoas passaram de olhar para "albums" e passaram a olhar para "faixas". > Depois vieram os imitadores do costume (amazon, google, sony, ms) mas que > pouco acrescentaram. A Amazon dá-te o "compra o físico e levas já com o digital", a Google trouxe-te o music locker (antes do iTunes), a Sony é um dos shareholders do Spotify[2] e a Microsoft... bem, ninguém estava à espera de algo útil deles neste mercado, certo? > O segundo passo foi dado pelo Spotify, quebrando a barreira psicológica do > "só ouves se pagares" e "se tiveres o meu aparelho" (steve). > De uma forma simples considero o modelo de negocio do Spotify igual a de uma > rádio, com a unica "grande" diferença, o ouvinte escolhe a musica. Na realidade, o Spotify não faz absolutamente *nada* de inovador, em relação à concorrência que já tinha na altura. A "grande vantagem" para eles é terem o financiamento e apoio das major labels, os mesmos que impedem que a maioria destes modelos de negócio possam vingar, graças aos preços exorbitantes que pedem a estes serviços para poderem actuar neste mercado usando os seus catálogos. Vê, a questão é bem simples: um serviço deste género funciona à base de escala. As pessoas que usam estes serviços estão interessados em ir lá, procurar uma banda, e banda estar lá. Mas se formos a ver os números, apenas cerca de 12% da música publicada (nem vamos falar em backcatalog!) é que não pertence às major labels. Ou, por outras palavras, se queres fazer um serviço do género e queres cumprir o requisito dos potenciais utilizadores de "eu quero procurar uma banda e ela estar lá", então ou fazes a coisa ao arrepio da lei (como o last.fm fez durante os seus primeiros anos!), ou és obrigado a entrar em acordo com as major labels, coisa que sai muito muito cara -- tão cara que não é sustentável. Assim, tens serviços como o Last.fm que tentaram "legalizar-se" e começaram a restringir as suas funcionalidades, encarecer o seu produto e mesmo assim fechar em país atrás de país, porque o volume de negócio não consegue acompanhar o preço das taxas para aquele mercado, ou então os serviços que não têm como fazer esses acordos e tentam modelos de negócio alternativos: exemplos como o bandcamp, que tem tido êxito dentro do mercado que criou, mas que realmente não compete no mesmo âmbito que um spotify (será que há alguma banda de major label a estar lá?). E depois "aparece o Spotify", que, aparentemente, oferece o "melhor dos dois mundos" para os utilizadores, porque tem lá os modelos de negócio "inovadores" e o catálogo das majors... tudo porque, a esses em particular, as majors deixam (pudera, são accionistas). Poder-se-ia dizer que o Spotify é uma "coisa nova e boa no mercado", mas, da forma como eu vejo a questão, o spotify está na realidade a destruir o valor do mercado, visto que eles têm, virtualmente, o monopólio do catálogo que os deixa actuar no dito mercado. E para os artistas? Bem, ainda aqui à tempos que estive a falar com um sobre os prós e contras de "estar no spotify"... e uma coisa é certa: desengane-se quem pensa que o spotify pode servir como veículo de promoção às pequenas bandas, porque toda a mecânica do serviço está no sentido inverso: no máximo, as indies que lá estão só estão, no fundo, a servir de veículo de promoção ao catálogo das majors. > E nada > impede que apareçam (e vao aparecer) outras "radios" com outros principios, > como usar software livre! ;-) Já tens: o Libre.fm nasceu em 2009, o FMA também, o banshee tem um plugin de suporte para o archive.org, ... já há bastante actividade nessa área :-) O "problema", no fundo, está no catálogo... > Vão ver que os imitadores começam logo a mexer-se... Não deixa de ser engraçado estares a dizer isso em relação a um serviço que foi lançado já há cinco anos, e que quando apareceu foi considerado como "just another last.fm/imeem" (imeem esse que entretanto foi comprado e "incorporado" do myspace) :-) Para finalizar: parece-me que as críticas que foram feitas ao Spotify nos comentários anteriores, se podem facilmente resumir a dois items: (1) implica o uso de software proprietário (coisa que não tenho a certeza que ainda seja verdade, visto eles terem a opção SaaS na web, que não sei se já é final ou não, nem promenores sobre o seu funcionamento...), e (2) a música tem DRM (como não poderia deixar de ser, num serviço das majors...). E, tendo em conta o âmbito desta lista, ambos os items me parecem realmente relevantes e importantes a apontar como sendo dois factores determinantes contra o uso de um tal serviço. Bom fim de ano, -- Marcos Marado