[ANSOL-geral] João Pedro Pereira neste omento já deve ter emprego nas RP da mico$oft ortugal
paula simoes
paulasimoes gmail.com
Sexta-Feira, 2 de Março de 2012 - 12:48:40 WET
On Friday, March 2, 2012 at 10:56 AM, Gustavo Homem wrote:
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> > Mas o que é que se passa convosco? Resolveram aderir ao "é cool
> > criticar o Stallman?"
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> Os nossos pares não estão isentos de escrutÃnio.
Exacto :-)
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> > Reparem: o jornalista fez três perguntas sobre exactamente o mesmo
> > tema, o homem respondeu às três e explicou porquê.
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> A vida é mesmo assim.
A vida até pode ser assim. O (bom) jornalismo não.
> Lidar com os media é esperar perguntas fáceis, difÃceis, despropositadas, etc.
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Lidar com entrevistados é esperar que nos podem mandar dar uma volta quando deixamos de ser entrevistadores e passamos a ser oponentes. E quando a responsabilidade é nossa, não vamos chapar a coisa no jornal.
Talvez eu não me tenha explicado bem: uma entrevista não é um debate. Entrevistador e entrevistado não estão ao mesmo nÃvel. O entrevistador tem muito mais poder: afinal, é ele que decide o que vai aparecer no jornal.
Mas, da mesma forma que esta consciência não deve levar o entrevistador a deixar-se manipular pelo entrevistado, também não deve levar o entrevistador a transformar-se em atacante. E é ao entrevistador que cabe manter este equilÃbrio. Não é ao entrevistado.
> O assunto software livre é especialmente difÃcil para o público em geral
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Não imaginas como me dói esta ideia. O assunto é difÃcil porquê? O público não tem capacidade de compreensão? E esta ideia não se aplica só ao assunto. Quantas vezes ouvi pessoas do Software Livre dizerem, por exemplo, que é "difÃcil as pessoas mudarem para o OpenOffice", que é difÃcil a curva de aprendizagem…
Eu não sou informática, nem nunca fui, mas a única coisa que me ficou na memória na minha mudança do Microsoft Office para o OpenOffice foi "Wow, consigo gerar um pdf com um clique". Aquele botão, para mim, era mágico.
E se foi isto que me ficou na memória, a mudança não pode ter sido difÃcil, nem traumática.
Tratar as pessoas como se não tivessem capacidades, faz com que elas se comportem como se não tivessem capacidades.
E, sim, acho que este paternalismo faz mal à divulgação do Software Livre.
> e mesmo com muito esforço e sem amuos nem sempre é possÃvel transmitir as ideias certas. Também os jornalistas têm dificuldades com o assunto, mas com paciência acabam por ultrapassá-las.
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Coitadinhos?
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> IMHO, amuar não é cool e não ajuda o trabalho que associações relacionados com SL têm feito. Mesmo que houvesse razão para amuar, o que é discutÃvel.
É verdade que há esta ideia de que o Stallman não é um bom PR. Mas nós só achamos isso porque estamos habituados a sermos comprados a qualquer custo.
Deixa-me sublinhar que o Stallman não aplica estes princÃpios apenas ao software, mas também à s outras áreas da vida.
Parece-me que a ideia do Stallman é que quem vai para o Software Livre, deve ir por bem, deve ir pelas razões certas, não pode ir enganado.
E isto é positivo ou achas que não?
Eu não concordo com tudo o que o Stallman diz e mesmo em algumas coisas com as quais concordo, nem sempre sigo (às vezes o facilitismo tenta-nos), mas mesmo nestas situações penso que ainda bem que o Stallman é como é. Porque assim, quando escolho a via do facilitismo, faço-o com a consciência dos riscos que corro e das consequências que daà podem advir, fazendo com que eu seja mais cautelosa e isto é bom para mim.
Paula
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paula simoes
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