[ANSOL-geral] ACTA: Sociedade Portuguesa de Autores lamenta que os consumidores tenham razão
Paula Simoes
paulasimoes gmail.com
Quinta-Feira, 12 de Julho de 2012 - 11:24:46 WEST
Comentário que deixei lá:
Estima-se que 95% dos produtos contrafeitos que entram na Europa venham da China e da Ãndia, número credÃvel se tivermos em conta que em 2010, 85% dos produtos contrafeitos apreendidos na Europa vinham da China.
Mas nem a China, nem a Ãndia são signatários do ACTA, pelo que o o impacto do tratado seria muito pequeno.
A negociação deste tratado foi feita em segredo, quer dos cidadãos, quer de muitos Estados signatários, mas com conhecimento de empresas como a Sony Pictures e a Time Warner.
Para mais o grande problema do ACTA é que não tinha salvaguardas suficientes, dizia que os Estados tinham de tomar medidas para proteger a PI, mas depois não impunha limites (como respeitar a privacidade dos cidadãos, o direito à crÃtica, etc).
Isto significa que se um cidadão fizesse uma crÃtica negativa a um livro num blog, por exemplo, o detentor de direitos podia mandar retirar esse texto.
Por fim, os consumidores são cidadãos e os polÃticos estão no poder eleitos pelos cidadãos para representarem os interesses dos cidadãos e não os interesses de meia dúzia de empresas. Por isso, a rejeição do ACTA é uma vitória do processo democrático: os polÃticos ouviram os cidadãos e agiram no interesse daqueles.
--
Paula Simoes
On Thursday, July 12, 2012 at 10:46 AM, Rui Maciel wrote:
> SPAutores lamenta chumbo europeu do ACTA
>
> A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) lamentou na quarta-feira à noite
> o chumbo do Parlamento Europeu, há uma semana, ao Acordo Comercial
> Anti-contrafação (ACTA), por «dar razão» aos consumidores em detrimento
> dos autores e das empresas atingidas pela pirataria.
>
> NotÃcia em:
> http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=54169
>
> Excertos:
> - O acordo, reprovado a 4 de Julho, pretendia uniformizar as medidas de
> combate à violação dos direitos de autor a nÃvel mundial, lutar contra
> os downloads ilegais na Internet e a contrafacção de forma ampla, desde
> medicamentos a outros produtos comerciais.
> - Com o 'não' do Parlamento Europeu, o acordo internacional, assinado em
> Janeiro por 22 dos 27 Estados-membros da União Europeia, incluindo
> Portugal, fica sem efeito na UE.
> - Em comunicado divulgado na quarta-feira à noite, o Conselho de
> Administração da SPA sustenta que a votação do Parlamento Europeu
> «representa um grave desaire para as empresas afectadas pelas várias
> formas de pirataria e também para os autores da Europa e do resto do
> mundo que exigem medidas firmes e urgentes de combate à pirataria».
> - Para a SPA, «uma vez mais, de forma que não pode deixar de considerar
> leviana, foi dada razão aos consumidores em detrimento do interesse
> económico das empresas atingidas pela pirataria e contrafacção e dos
> direitos dos autores».
>
>
> Rui
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