[ANSOL-geral] Fwd: AGÊNCIA II - 5 Abril 18h30 - THE BARBER SHOP - Público , Privado e Comum / Copyright Policies
Marcos Marado
mindboosternoori gmail.com
Quarta-Feira, 4 de Abril de 2012 - 13:26:01 WEST
Aqui segue um forward das conversas
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*/Público, Privado e Comum/* por *Ricardo Noronha (Unipop)*.
/e
*/
Copyright Policies | Free/Open Culture Movements/* por *Teresa Nobre*
(Creative Commons).
-------- Original Message --------
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/*Agência: Algumas Formas ao Alcance de Todas as Mãos II*/
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/Tunísia. Um só país foi suficiente para desencadear uma avalanche de
protestos e revoluções, do Egipto à Síria, pelo Norte de África e Médio
Oriente, com resultados ainda ambíguos e por definir. Entretanto, as
margens a norte do Mediterrâneo são banhadas pela especulação dos
mercados financeiros, que saídos da bolha imobiliária da década de 2000
exploram agora a dívida externa. Enquanto a Troika (BCE-FMI-CE) volta a
ceder empréstimos a países europeus, a União Europeia questiona
discretamente a perenidade da zona Euro. A esta dinâmica acrescenta-se o
vocabulário da ocupação, agora re-descoberto entre as ruas e o espaço
virtual da internet./
Embora não pretendamos abordar a totalidade e complexidade de 2011,
é-nos difícil sintetizar aqui um ano tão intenso sem sentir que se
perderia algo da urgência que justifica fazer /Agência: Algumas Formas
ao Alcance de Todas as Mãos/, uma segunda vez. Foram os eventos deste
mesmo ano que nos convidaram a abrir o campo especulativo da edição
anterior, ampliando o campo de acção para temas como a mediação pública
da propriedade intelectual, e a exemplaridade do debate sobre a sua
jurisdição para lá do virtual, bem como a intrusão do financeiro no
quotidiano.
/Da perseguição do Wikileaks ao encerramento do Megaupload, estaremos
porventura a testemunhar uma viragem no potencial da internet, quer pelo
seu crescente policiamento, quer pela sua capacidade regeneradora e
produtora de novos modelos de partilha? No mesmo nano-segundo da
transacção informática coexistem a liberdade de partilha como prometida
pela internet e a acumulação de capital permitida pela
financialização. Como poderemos compreender a ciclicidade das crises do
capitalismo, ou a topologia das interacções de uma sociedade
financializada, face aos modelos de feedback propostos pela cibernética
estruturais à economia contemporânea? Questões como o regime de risco e
de dívidocracia, reforçado pela crise europeia, bem como as suas
consequências para uma acrescida precariedade laboral e para a
mercantilização da propriedade intelectual, estarão em debate. De modo a
abordar esta dinâmica será necessário, em última instância, fazer um
levantamento das discussões sobre o Comum tidas ao longo da última
década; qual a sua capacidade de resposta e quais as suas transformações
actuais./
Sessão de *5 de Abril, Quinta-feira 18h30:*
*
*
*/Público, Privado e Comum/* por *Ricardo Noronha (Unipop)*.
O papel da propriedade está hoje substancialmente alterado. A
apropriação de bens materiais foi em tempos a essência da propriedade.
Hoje, na sua forma imaterial, o capital procura apropriar-se sobretudo
do comum, ou seja, do conjunto das relações colocadas em rede no
processo produtivo – todos os aspectos da vida tornados objectos e
sujeitos do que é produzido. Esta tendência do capitalismo para
transformar o comum em propriedade privada produz, em simultâneo, as
condições de resistência ao capitalismo e de construção de novas
relações sociais baseadas na cooperação – o comum do comunismo. Por
outro lado, o neoliberalismo acentuou a oposição entre a propriedade
privada e a propriedade pública, uma tensão entre a compulsão para a
apropriação particular e uma universalidade abstracta consubstanciada no
Estado. O desenvolvimento do comum expressa a negação desta oposição, na
medida em que é, em si e enquanto produção de subjectividades, a negação
da noção de propriedade e, ao mesmo tempo, a sua auto-afirmação, «a
afirmação da produção biopolítica aberta e autónoma, a permanente
criação autogovernada de nova humanidade».
+
*/Copyright Policies | Free/Open Culture Movements/* por *Teresa Nobre*
(Creative Commons).
Nesta sessão serão apresentadas noções essenciais sobre movimentos de
free/open culture, novos modelos de negócio assentes em licenças
Creative Commons, educação aberta e limites do direito de autor e dos
direitos conexos. Estes posicionamentos militantes serão discutidos em
contraste com as recentes propostas legislativas e acordos
internacionais que tentam controlar a prática de partilha proporcionada
pela era digital, tais como a SOPA e a PIPA e o ACTA. Desta forma,
abrir-se-á um debate que proporcionará uma discussão aberta sobre
questões como propriedade intelectual e sua regulamentação, liberdade de
criação e direito de acesso, ou a evolução orgânica da produção de
conhecimento.
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*Ricardo Noronha* é doutorado em História (ramo de História Económica e
Social Contemporânea) pela Universidade Nova de Lisboa, dedicando-se ao
estudo das transformações políticas, sociais e económicas durante o
processo revolucionário português de 1974-75. É membro do colectivo
/UNIPOP/.
*Teresa Nobre* trabalha como consultora jurídica e presta serviços de
consultoria e investigação em Propriedade Intelectual a artistas,
empresas criativas, empresas tecnológicas, sociedades de advogados,
consultoras e entidades públicas. Tem também trabalhado em projetos ad
hoc da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, na qualidade de
consultora portuguesa. E é coordenadora de projeto jurídico da Creative
Commons Portugal, sendo responsável por adaptar todas as licenças CC e
demais ferramentas jurídicas à legislação portuguesa e por prestar apoio
aos principais licenciantes portugueses (incluindo o governo português).
Tem uma licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, e um mestrado em Propriedade Intelectual pelo
Munich Intelectual Property Law Centre e está inscrita como advogada na
Ordem dos Advogados Portugueses. Ela dá conferências e aulas em Gestão
Estratégica de PI, Licenciamento de PI e Transferência de Tecnologia,
Tendências em Direito de Autor e Licenças Abertas, e está atualmente a
organizar em um evento colaborativo e multidisciplinar dedicado à
Cultura Aberta.
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*/Agência: algumas formas ao alcance de todas as mãos/* é um projecto da
/The Barber Shop/, com Mariana Silva e Pedro Neves Marques.
Para mais info e leituras paralelas: www.thisisthebarbershop-agencia.com
<http://www.thisisthebarbershop-agencia.com> /
http://www.thisisthebarbershop.blogspot.pt/
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Marcos Marado
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