[ANSOL-geral] Re: Digest Ansol-geral, volume 86, assunto 5
Lopo Lencastre de Almeida
lopo.almeida sitaar.com
Sexta-Feira, 8 de Abril de 2011 - 14:41:00 WEST
Viva
---------- Mensagem reencaminhada ----------
> From: Rui Miguel Silva Seabra <rms 1407.org>
> To: ansol-geral listas.ansol.org
> Date: Fri, 08 Apr 2011 10:11:54 +0100
> Subject: Re: [ANSOL-geral] A paranóia já começa a dar dinheiro...
>
Em 06-04-2011 20:59, Lopo Lencastre de Almeida escreveu:
>
>> Mas a imbecilidade que tu aparentemente propões é que todos os cidadãos
>> devem ter direito à privacidade total em nome não sei bem de que noção
>> distorcida de Liberdade e de Democracia; mesmo que esses cidadãos sejam
>> criminosos, mesmo que sejam os teus governantes, mesmo que te roubem.
>>
>
> Consegues delinear uma forma de um cidadão não criminoso ter privacidade?
>
> A mim preocupa-me o uso da palavra "total". Privacidade é como liberdade.
> Há, ou não há. Não existe meia privacidade. Não existe privacidade a 90%.
>
> A única forma de fazer o que me parece que achas correcto, privacidade
> total mas que o Estado possa ultrapassar para apanhar criminosos, é
> ilegalizar a privacidade tornando em novos criminosos os cidadãos que
> cometem o único crime de querer a sua privacidade.
>
> Sorry. Não quero fazer parte desse mundo. O Estado tem a obrigação moral de
> prestar contas e ser transparente para com os seus cidadãos, porque é um bem
> público e de todos nós.
>
>
*E como sugeres tu que se apanhem então os pedófilos, corruptos (a corrupção
nem sempre envolve o Estado) e traficantes? *
Não são o Estado e deveriam ter Direito à TOTAL privacidade.
Eu nem sou partidário da imbecilidade que se quer impor em França
relacionada com as senhas em sistemas informáticos em formato de texto, nem
de se querer impor a total privacidade dos cidadãos pela Lei e sem mais
considerações.
Porque os cidadãos que querem falar, falam. E os que se querem manifestar,
manifestam-se.
Mesmo em países despóticos como o Egipto, Tunisia, Iemen, Siria e tantos
outros.
Mas a verdade é que falar e manifestar-se trás consequências, por vezes más
para quem arrisca mesmo o couro.
E a paranóia é achar que o Estado pode controlar tudo e usar o que apanha
sem regras.
As regras, que o Estado implementa através da Legislação, ainda somos nós
que as deixamos ser implementadas; tens muitos mecanismos para evitar os
abusos, começando pela Constituição e acabando com uma revolução nas ruas
(exemplos já citados acima).
Mas para mim, basta-me que me respondam à pergunta acima (negrito). O resto
é uma discussão acessória que me interessa pouco.
1,
Lopo
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