[ANSOL-geral] EMI diz não a DRM
João Miguel Neves
joao silvaneves.org
Terça-Feira, 3 de Abril de 2007 - 11:11:51 WEST
Rui e Marco, penso que estão a olhar a situação pelo pior ângulo
possível:
1) O consumidor final ganha porque passa a ter uma catálogo muito maior
de música disponível DRM-free. Lembro que conteúdos culturais são
diferentes da maior parte dos produtos existentes. Comprar uma
esferográfica da marca X ou Y é diferente, do ponto de vista funcional,
de comprar uma pista de Sérgio Godinho e do Quim Barreiros.
2) A Apple ganha porque a Comissão Europeia deixa de ter razão para os
acusar de concorrência desleal, graças a restringirem as músicas aos
iPods com o DRM deles.
3) A EMI ganha pela visibilidade e ainda consegue espremer mais uns
cêntimos por pista: cobrando mais e poupando nas licenças de DRM.
4) Temos a oportunidade, negada até à pouco tempo, de ver demonstrado na
prática, se os utilizadores preferem pagar mais 30 cêntimos ou tirar o
DRM à mão (ainda bem que este acto é legal em Portugal).
Assim, à primeira vista parece-me WIN-WIN-WIN. Nada mau para um anúncio
comercial numa das piores indústrias no que toca à visão do consumidor
como ladrão potencial (ou garantido, dependendo de quem abre a boca).
Com este anúncio confirmei uma suspeita: o anúncio do Steve Jobs já foi
dentro de uma campanha de marketing sobre este assunto. Ou isso, ou eles
demoraram menos de 7 semanas a fazer o reencoding de todo o catálogo da
EMI... Se o fizeram, quero falar com os gajos - gostava de conhecer a
estrutura informática.
Cumprimentos,
João Miguel Neves
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