From graham theseamans.net Thu Apr 6 14:15:46 2006 From: graham theseamans.net (Graham Seaman) Date: Thu Apr 6 15:21:14 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc Message-ID: <44351482.2010306@theseamans.net> Ola, desculpem se estou um boucado off-topic (e tambem pela falta de qualidade do meu portugues...) Uma organizacao pelos direitos digitais inglesa (fc-uk-discuss@lists.okfn.org) esta a preparar uma resposta a um artigo no Guardian, que entre outras coisas diz: "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, has been one of the countries most affected by illegal file-sharing. John Kennedy, the chairman of the International Federation of the Phonographic Industry (IFPI), which represents the record industry globally, warned that Portugal's music industry could disappear altogether without stringent anti-piracy measures." Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para contradizer isso? Alguma referencia a fonte original destes numeros? Obrigadinho Graham From cpatrao moredata.pt Thu Apr 6 16:05:27 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?ISO-8859-1?Q?Carlos_Patr=E3o?=) Date: Thu Apr 6 16:22:49 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44351482.2010306@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> Message-ID: <44352E37.9030000@moredata.pt> Graham Seaman wrote: > Ola, desculpem se estou um boucado off-topic (e tambem pela falta de > qualidade do meu portugues...) > > Uma organizacao pelos direitos digitais inglesa > (fc-uk-discuss@lists.okfn.org) esta a preparar uma resposta a um > artigo no Guardian, que entre outras coisas diz: > > "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, > has been one of the countries most affected by illegal file-sharing. > John Kennedy, the chairman of the International Federation of the > Phonographic Industry (IFPI), which represents the record industry > globally, warned that Portugal's music industry could disappear > altogether without stringent anti-piracy measures." > > Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > contradizer isso? As informações que eu tenho é que a industria fonográfica portuguesa está mesmo arruinada, mas o nosso problema é que somos mais pobres que os outros, a "crise" atinge-nos muito mais, pelo que o peso do preço elevadíssimo dos CDs e DVDs para o nosso poder de compra é determinante para levar as pessoas (sobretudo as mais jovens) a fazerem downloads da Net em vez de comprarem os originais. Se baixarem os preços dos CDs e DVDs, nomeadamente através de uma taxa de IVA mais baixa, por exemplo igual à dos livros (5%), acredito que as vendas destes produtos culturais acabaria por subir. PS: Não se entende porquê que um CD ou um DVD são menos culturais que um livro. Os artistas também poderiam vender os CDs e DVDs como livros oferecendo o respectivo disco óptico :-) Abs. > Alguma referencia a fonte original destes numeros? > > Obrigadinho > > Graham > > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > -- Carlos Patrão: mailto:cpatrao@moredata.pt http://www.moredata.pt TELEF: (351) 21 352 01 71 FAX..: (351) 21 314 18 28 Av. A. Reis nº 113, Escr. nº 604 1150-014 Lisboa, Portugal From graham theseamans.net Thu Apr 6 20:25:48 2006 From: graham theseamans.net (Graham Seaman) Date: Thu Apr 6 20:26:23 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> Message-ID: <44356B3C.7080608@theseamans.net> Interessante... a reaccao geral da populacao do software livre aqui (UK) a este estilo de coisa e' 'Este filhos de p**a de patroes da industria da musica estao a exagerar desmascaradamente para poder conseguir mais uma extensao dos poderes dos donos da copyright'. Estou a ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' 'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer podemos pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' Sera' mesmo assim? E se a noticia tivesse sido 'companhias de producao da software proprietaria portuguesa vao para a falencia por causa da concorrencia desleal do software livre', a reaccao seria igual? Abracos, mas um pouco confuso.. Graham Jaime E. Villate wrote: >On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: > > > >>"Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, >>has been one of the countries most affected by illegal file-sharing. >>John Kennedy, the chairman of the International Federation of the >>Phonographic Industry (IFPI), which represents the record industry >>globally, warned that Portugal's music industry could disappear >>altogether without stringent anti-piracy measures." >> >>Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para >>contradizer isso? >>Alguma referencia a fonte original destes numeros? >> >> > >Olá Graham, >não tenho a referência à fonte desses números, mas com certeza que se >obtiverem informações sobre a venda de qualquer outros artigos nos >últimos anos, também têm descido dramaticamente. > >Os ordenados dos funcionários públicos (grande parte da população) estão >congelados há alguns anos. O imposto às vendas e outros impostos >aumentaram. Muitas empresas, não só no sector da indústria fonográfica, >têm ido à falência pela descida nas vendas. > >Por exemplo, a indústria têxtil parece-me que está a desaparecer mais >rapidamente que a indústria da música. > >Cumprimentos, >Jaime Villate > > > > > > > From villate gnu.org Thu Apr 6 16:58:06 2006 From: villate gnu.org (Jaime E. Villate) Date: Thu Apr 6 21:06:48 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44351482.2010306@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> Message-ID: <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: > "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, > has been one of the countries most affected by illegal file-sharing. > John Kennedy, the chairman of the International Federation of the > Phonographic Industry (IFPI), which represents the record industry > globally, warned that Portugal's music industry could disappear > altogether without stringent anti-piracy measures." > > Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > contradizer isso? > Alguma referencia a fonte original destes numeros? Olá Graham, não tenho a referência à fonte desses números, mas com certeza que se obtiverem informações sobre a venda de qualquer outros artigos nos últimos anos, também têm descido dramaticamente. Os ordenados dos funcionários públicos (grande parte da população) estão congelados há alguns anos. O imposto às vendas e outros impostos aumentaram. Muitas empresas, não só no sector da indústria fonográfica, têm ido à falência pela descida nas vendas. Por exemplo, a indústria têxtil parece-me que está a desaparecer mais rapidamente que a indústria da música. Cumprimentos, Jaime Villate From seti tquadrado.com Thu Apr 6 21:21:39 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Thu Apr 6 21:21:30 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44356B3C.7080608@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> Message-ID: <1144354900.12929.22.camel@localhost> Dá-me a sensação que se está a abordar diversos assuntos. Poder de compra, crimes, direitos de autor e intermediarismo mafioso. O poder de compra médio dos portugueses (sem recurso ao crédito) é reduzido quando comparado com o resto da europa e elevado quando comparado com áfrica :) Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a 1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser combatido essencialmente pela via cultural. Sou da opinião que se um autor pretende vender o seu produto a 10 vezes o valor de mercado, deve poder fazê-lo. Isso não deverá ser motivo para que pessoas (com ou sem poder de compra) usufruam ilegalmente desse produto. Quanto aos intermediários que os produtores contratam... sei que ficam com uma grande fatia do bolo e resumem os valores a custos de marketing e produção. Sabe-se que os lucros são fabulosos. Mas isso também não dá direito a que se pirateie. A época é de transição e não me admira que cada vez mais artistas (para referir o caso descrito) adoptem vias inovadoras para difusão dos seus produtos protegidos. Em resumo, penso que o poder de compra do comprador não pode ser motivo para que se apoie a pirataria. Nunca. Agora que no caso da música o IVA deveria ser reduzido, não há dúvida. Lê-se que as editoras estão a retardar ao máximo a venda unitária de música, os antigos "singles", por forma a não ver os lucros reduzirem. Acredito que a Web assuste alguns desses senhores. Terão de se adaptar. Não me choca nada, e até acho muito bem pagar 90 cêntimos por uma música via internet. Pretendo que o autor continue a produzir produtos com a classe que aprecio ao adquirir o produto dele. A luta anti-pirataria benificia o software livre. Se piratear software proprietário se tornar difícil, as pessoas vão ter duas opções: pagá-lo ou começar a abrir os horizontes para a filosofia FS, que não implica simplesmente o usufruto. Deverá haver compensação na medida do possível, nem que seja um "obrigado pelo bom produto que produziram" via email :) -- pedro mg Qui, 2006-04-06 às 20:25 +0100, Graham Seaman escreveu: > Interessante... a reaccao geral da populacao do software livre aqui > (UK) a este estilo de coisa e' 'Este filhos de p**a de patroes da > industria da musica estao a exagerar desmascaradamente para poder > conseguir mais uma extensao dos poderes dos donos da copyright'. Estou a > ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' > 'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer podemos > pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' Sera' > mesmo assim? E se a noticia tivesse sido 'companhias de producao da > software proprietaria portuguesa vao para a falencia por causa da > concorrencia desleal do software livre', a reaccao seria igual? > > Abracos, mas um pouco confuso.. > > Graham > > > > > Jaime E. Villate wrote: > > >On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: > > > > > > > >>"Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, > >>has been one of the countries most affected by illegal file-sharing. > >>John Kennedy, the chairman of the International Federation of the > >>Phonographic Industry (IFPI), which represents the record industry > >>globally, warned that Portugal's music industry could disappear > >>altogether without stringent anti-piracy measures." > >> > >>Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > >>contradizer isso? > >>Alguma referencia a fonte original destes numeros? > >> > >> > > > >Olá Graham, > >não tenho a referência à fonte desses números, mas com certeza que se > >obtiverem informações sobre a venda de qualquer outros artigos nos > >últimos anos, também têm descido dramaticamente. > > > >Os ordenados dos funcionários públicos (grande parte da população) estão > >congelados há alguns anos. O imposto às vendas e outros impostos > >aumentaram. Muitas empresas, não só no sector da indústria fonográfica, > >têm ido à falência pela descida nas vendas. > > > >Por exemplo, a indústria têxtil parece-me que está a desaparecer mais > >rapidamente que a indústria da música. > > > >Cumprimentos, > >Jaime Villate > > > > > > > > > > > > > > > > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral From jmce artenumerica.com Thu Apr 6 21:51:16 2006 From: jmce artenumerica.com (J M Cerqueira Esteves) Date: Thu Apr 6 22:18:35 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44356B3C.7080608@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> Message-ID: <44357F44.2090205@artenumerica.com> Graham Seaman wrote: > ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' > 'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer podemos > pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' Sera' Não tenho dados rigorosos, mas a impressão que tenho é muito diferente (embora possa ser pouco representativa de quem menos intensivamente usa a Internet, ou seja, da maioria que apenas recebeu a informação "one-sided" que nos inundou nos últimos dias nos media tradicionais). O argumento da "pobre indústria musical" (qualquer que seja realmente a situação económica da dita em Portugal) tem passado nos jornais como parte do que tem sido mais press release do que jornalismo sobre o assunto. E face à manutenção dos preços altos ao jeito de um cartel, a resposta da "indústria", ou pelo menos de grandes lojas como a FNAC, parece ser a de atirar as culpas do preço para o IVA. Mas parece haver bastante gente irritada, seja: - pela forma arrogante como se está a falar aos e dos "consumidores", tratados como ladrões do rendimento dos artistas ao mesmo tempo que têm a percepção de que as editoras não primam, elas próprias, pela recompensa ao artista; - por percepção do risco de abusos de privacidade mesmo no contexto legal actual (dependendo das vias seguidas pela IFPI e sociedades nacionais) ou dos tais apelos a mudanças do quadro legal. Anexo a um artigo sobre o assunto no sítio web do jornal Público notei há dias 170 comentários, todos ou quase todos (a menos de alguma distracção minha) críticos de aspectos da "indústria" ou desta nova campanha, independentemente da tolerância manifestada por violações de copyright. E no mínimo a situação serviu de gota de água para pelo menos um "apelo às armas" que talvez ajude a fazer nascer em breve em Portugal, finalmente, uma associação com objectivos análogos aos da EFF: http://www.gildot.org/article.pl?sid=06/04/04/1312227&mode=thread http://parceiropensador.net/?q=node/561 no seguimento de outro artigo e das reacções, especialmente no Gildot: http://parceiropensador.net/?q=node/560 http://www.gildot.org/article.pl?sid=06/04/02/1955205&mode=thread Não que não houvesse gente motivada para estas questões, preocupada, e desejosa há muito tempo que uma tal associação existisse, mas creio termos por cá muita relutãncia (inércia? apatia? pessimismo? desconfianças?) em nos associarmos para nos mexermos activamente pelos nossos direitos, e (contra mim falo) são poucos os que têm genica para dar o primeiro passo. Tivemos há anos uma "Associação da Fronteira Electrónica", de vida curta: http://web.archive.org/web/*/http://www.fronteira-electronica.org/ mas a coincidência com a EFF era muitíssimo mais no nome do que em objectivos e actividade. Cumprimentos J Esteves -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : signature.asc Tipo : application/pgp-signature Tam : 256 bytes Descr: OpenPGP digital signature Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060406/27c512f5/signature.pgp From cpatrao moredata.pt Fri Apr 7 01:13:44 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?UTF-8?B?Q2FybG9zIFBhdHLDo28=?=) Date: Fri Apr 7 01:10:15 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44356B3C.7080608@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> Message-ID: <4435AEB8.6000908@moredata.pt> Olá. Nós podemos pensar de acordo com as nossas ideias mas tal não altera o facto de as editoras discográficas portuguesas estarem a passar um mau bocado, pelo menos são essas as informações que eu possuo de pessoas que vivem da música em Portugal, admito que em Inglaterra seja diferente. Quanto ao coitados de nós a nossa economia está em ruínas, eu diria que a economia está de rastos mas que o país possui mais do que meios para resolver o problema, assim haja vontade para o fazermos. Uma coisa são as companhias de software falirem devido à "pirataria", um acto ilegal, outra é falirem por falta de competitividade são duas situações muito distintas, a 1ª é condenável e a 2ª inevitável. Abs. > Interessante... a reaccao geral da populacao do software livre aqui > (UK) a este estilo de coisa e' 'Este filhos de p**a de patroes > da industria da musica estao a exagerar desmascaradamente para poder > conseguir mais uma extensao dos poderes dos donos da copyright'. Estou > a ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' > 'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer > podemos pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' > Sera' mesmo assim? E se a noticia tivesse sido 'companhias de producao > da software proprietaria portuguesa vao para a falencia por causa da > concorrencia desleal do software livre', a reaccao seria igual? > Abracos, mas um pouco confuso.. > > Graham > > > > > Jaime E. Villate wrote: > >> On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: >> >> >> >>> "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four >>> years, has been one of the countries most affected by illegal >>> file-sharing. John Kennedy, the chairman of the International >>> Federation of the Phonographic Industry (IFPI), which represents the >>> record industry globally, warned that Portugal's music industry >>> could disappear altogether without stringent anti-piracy measures." >>> >>> Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para >>> contradizer isso? >>> Alguma referencia a fonte original destes numeros? >>> >> >> >> Olá Graham, >> não tenho a referência à fonte desses números, mas com certeza que se >> obtiverem informações sobre a venda de qualquer outros artigos nos >> últimos anos, também têm descido dramaticamente. >> >> Os ordenados dos funcionários públicos (grande parte da população) estão >> congelados há alguns anos. O imposto às vendas e outros impostos >> aumentaram. Muitas empresas, não só no sector da indústria fonográfica, >> têm ido à falência pela descida nas vendas. >> >> Por exemplo, a indústria têxtil parece-me que está a desaparecer mais >> rapidamente que a indústria da música. >> >> Cumprimentos, >> Jaime Villate >> >> >> >> >> >> >> > > >------------------------------------------------------------------------ > >_______________________________________________ >Ansol-geral mailing list >Ansol-geral@listas.ansol.org >http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > > From cpatrao moredata.pt Fri Apr 7 00:55:11 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?UTF-8?B?Q2FybG9zIFBhdHLDo28=?=) Date: Fri Apr 7 01:18:24 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144354900.12929.22.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> Message-ID: <4435AA5F.4070105@moredata.pt> Olá. Eu não defendo a "pirataria", mas acho que o problema não se vai resolver com a criminalização, penso que baixar o IVA de todos os produtos culturais para 5% faria crescer este mercado, e poderia salvar as editoras em dificuldades. Abs. pedro mg wrote: >Dá-me a sensação que se está a abordar diversos assuntos. >Poder de compra, crimes, direitos de autor e intermediarismo mafioso. O >poder de compra médio dos portugueses (sem recurso ao crédito) é >reduzido quando comparado com o resto da europa e elevado quando >comparado com áfrica :) >Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares >de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo >protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de >uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a >1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser >combatido essencialmente pela via cultural. >Sou da opinião que se um autor pretende vender o seu produto a 10 vezes >o valor de mercado, deve poder fazê-lo. Isso não deverá ser motivo para >que pessoas (com ou sem poder de compra) usufruam ilegalmente desse >produto. >Quanto aos intermediários que os produtores contratam... sei que ficam >com uma grande fatia do bolo e resumem os valores a custos de marketing >e produção. Sabe-se que os lucros são fabulosos. Mas isso também não dá >direito a que se pirateie. >A época é de transição e não me admira que cada vez mais artistas (para >referir o caso descrito) adoptem vias inovadoras para difusão dos seus >produtos protegidos. > >Em resumo, penso que o poder de compra do comprador não pode ser motivo >para que se apoie a pirataria. Nunca. Agora que no caso da música o IVA >deveria ser reduzido, não há dúvida. Lê-se que as editoras estão a >retardar ao máximo a venda unitária de música, os antigos "singles", por >forma a não ver os lucros reduzirem. Acredito que a Web assuste alguns >desses senhores. Terão de se adaptar. Não me choca nada, e até acho >muito bem pagar 90 cêntimos por uma música via internet. Pretendo que o >autor continue a produzir produtos com a classe que aprecio ao adquirir >o produto dele. > >A luta anti-pirataria benificia o software livre. Se piratear software >proprietário se tornar difícil, as pessoas vão ter duas opções: pagá-lo >ou começar a abrir os horizontes para a filosofia FS, que não implica >simplesmente o usufruto. Deverá haver compensação na medida do possível, >nem que seja um "obrigado pelo bom produto que produziram" via email :) > > > >------------------------------------------------------------------------ > >_______________________________________________ >Ansol-geral mailing list >Ansol-geral@listas.ansol.org >http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > > From villate gnu.org Fri Apr 7 09:05:28 2006 From: villate gnu.org (Jaime E. Villate) Date: Fri Apr 7 09:05:27 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44356B3C.7080608@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> Message-ID: <1144397128.17176.30.camel@localhost.localdomain> On Thu, 2006-04-06 at 20:25 +0100, Graham Seaman wrote: > Estou a > ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' > 'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer podemos > pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' Sera' > mesmo assim? pelo menos no meu caso, essa não é a minha opinião. Eu não acho que tenhamos nenhuma divida para a Sony nem acho que se a economia estivesse melhor devia-mos dar nenhum dinheiro aos monopólios como a Sony. Eu também não concordo com as afirmações sobre a falência da indústria da música e do cinema por causa da cópia não autorizada. Na sua mensagem não pedia as nossas opiniões mas dados estatísticos. Jaime From villate gnu.org Fri Apr 7 09:30:13 2006 From: villate gnu.org (Jaime E. Villate) Date: Fri Apr 7 09:30:11 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144354900.12929.22.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> Message-ID: <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> On Thu, 2006-04-06 at 21:21 +0100, pedro mg wrote: > Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares > de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo > protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de > uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a > 1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser > combatido essencialmente pela via cultural. Eu não vejo aí nenhum problema cultural que tenha que ser corrigido. Se alguns hábitos têm que ser corrigidos são os hábitos dos produtores e não dos consumidores. Quando copiar um filme ou uma música começa a ficar quase tão fácil como descrever o filme em palavras ou cantar a música a um amigo, a indústria fonográfica e cinematográfica, na forma actual, está condenada a desaparecer. Comparar a cópia de uma música em MP3 com o roubo de um automóvel, ou com o assalto de um barco para roubar ouro, é absurdo. O facto de ser cópia "ilegal" é porque as leis actuais tentam proteger a qualquer custo essas indústrias que estão destinadas a desaparecer; não é porque exista algo naturalmente errado na cópia não autorizada. Se o sistema legal insiste em tentar impedir a cópia não autorizada, qualquer dia vão ter que colocar aparelhos de escuta em todas partes para impedir que alguém conte o argumento de um filme aos seus amigos, e vão ter que ser construídas muitas mais prisões para alojar os criminosos. Jaime From rms 1407.org Thu Apr 6 23:04:12 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Fri Apr 7 10:07:35 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44351482.2010306@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> Message-ID: <1144361052.6157.17.camel@localhost.localdomain> On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: > Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > contradizer isso? Uma informação factual: * tenho centenas de CDs originais * não compro discos estragados intencionalmente * algumas das bandas que me levavam a comprar CDs passaram a publicar com discos estragados * como resultado, eu que andava a comprava uns 4 a 5 CDs por mês passei para ter comprado 1 ou 2 no espaço de um ano Se alguma coisa prejudicou a minha compra de CDs não foi o "fácil" acesso on-line que conseguiria ter caso tivesse vontade disso, mas o facto de não querer comprar um produto que alegadamente foi feito para não funcionar com a minha "aparelhagem", o meu portátil ou o leitor do carro, graças às "corrupções que não chegam a anti-cópia" que são colocadas nestes discos compro menos. Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060406/df7bd7aa/attachment.pgp From rms 1407.org Thu Apr 6 23:07:19 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Fri Apr 7 10:24:15 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44352E37.9030000@moredata.pt> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <44352E37.9030000@moredata.pt> Message-ID: <1144361239.6157.21.camel@localhost.localdomain> On Thu, 2006-04-06 at 16:05 +0100, Carlos Patrão wrote: > Se baixarem os preços dos CDs e DVDs, nomeadamente através de uma taxa > de IVA mais baixa, por exemplo igual à dos livros (5%), acredito que as > vendas destes produtos culturais acabaria por subir. On Thu, 2006-04-06 at 21:21 +0100, pedro mg wrote: > para que se apoie a pirataria. Nunca. Agora que no caso da música o IVA > deveria ser reduzido, não há dúvida. Lê-se que as editoras estão a Isto do IVA mais baixo (que devia) está meramente a ser aproveitado pelas lojas de discos para "parecer bem". As lojas de discos vendem os CDs com quase 100% de lucro. Reduzem o lucro e o preço já baixa significativamente mais do que com o IVA, que elas nem notam. Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060406/99149cd3/attachment.pgp From cpatrao moredata.pt Fri Apr 7 10:51:22 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?UTF-8?B?Q2FybG9zIFBhdHLDo28=?=) Date: Fri Apr 7 10:51:11 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144361052.6157.17.camel@localhost.localdomain> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144361052.6157.17.camel@localhost.localdomain> Message-ID: <4436361A.4040208@moredata.pt> Olá. Penso que de uma forma generalizada podemos considerar que a possibilidade de download de música e filmes da Net, mais o aparecimento de tecnologia que facilita a cópia e a armazenagem e difusão destes conteúdos em conjugação com a falta de dinheiro, sobretudo dos mais jovens, e do preço exagerado dos CDs e DVDs, provocou uma acentuada descida da venda de música e filmes nestes formatos, não vale a pena arranjarmos outras explicações, porque antes da revolução da Net e dos meios de difusão e cópia tal não acontecia. Isto não quer dizer que não existam outras motivações e explicações, mas que não alteram significativamente este fenómeno, eu por exemplo, tenho milhares de CDs (legais) e discos de vinil e agora compro muito menos música que à uns anos atrás, mas no meu caso tal deve-se ao facto de a Informática, a família, o associativismo e a política não me deixarem muito tempo livre para comprar e ouvir música :-( O mercado de CDs e DVDs vive muito dos jovens, e estes felizmente têm tempo para procurarem e ouvirem música na Net :-) Abs. Rui Miguel Silva Seabra wrote: >On Thu, 2006-04-06 at 14:15 +0100, Graham Seaman wrote: > > >>Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para >>contradizer isso? >> >> > >Uma informação factual: >* tenho centenas de CDs originais >* não compro discos estragados intencionalmente >* algumas das bandas que me levavam a comprar CDs passaram a publicar >com discos estragados >* como resultado, eu que andava a comprava uns 4 a 5 CDs por mês passei >para ter comprado 1 ou 2 no espaço de um ano > >Se alguma coisa prejudicou a minha compra de CDs não foi o "fácil" >acesso on-line que conseguiria ter caso tivesse vontade disso, mas o >facto de não querer comprar um produto que alegadamente foi feito para >não funcionar com a minha "aparelhagem", o meu portátil ou o leitor do >carro, graças às "corrupções que não chegam a anti-cópia" que são >colocadas nestes discos compro menos. > >Rui > > >------------------------------------------------------------------------ > >_______________________________________________ >Ansol-geral mailing list >Ansol-geral@listas.ansol.org >http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > > -- Carlos Patrão: mailto:cpatrao@moredata.pt http://www.moredata.pt TELEF: (351) 21 352 01 71 FAX..: (351) 21 314 18 28 Av. A. Reis nº 113, Escr. nº 604 1150-014 Lisboa, Portugal From graham theseamans.net Fri Apr 7 11:50:48 2006 From: graham theseamans.net (Graham Seaman) Date: Fri Apr 7 11:51:28 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44357F44.2090205@artenumerica.com> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <44357F44.2090205@artenumerica.com> Message-ID: <44364408.304@theseamans.net> Hi JM, Obrigado pelas informacoes; vou ver se convenco a organizacao de ca a contactar a Sandra Pinto.. Tambem encontrei isso: http://jn.sapo.pt/2006/04/06/cultura/cibernautas_reagem_pressoes_industri.html Alguem tem uma copia do manifesto do que fala? E obrigado a todos pelas informacoes que deram (estatisticas e nao - a falta de estatisticas concretas e' um problema por todo o lado, faz com que seja muito dificil comprovar qualquer proposicao (de ambos os lados, claro)). Abcs Graham J M Cerqueira Esteves wrote: >Graham Seaman wrote: > > >>ver que a reaccao geral da populacao equivalente em Portugal e' >>'coitados de nos, a nossa economia esta em ruinas, ja nem sequer podemos >>pagar os donos da Sony et al o dinheiro que lhes devemos...' Sera' >> >> > >Não tenho dados rigorosos, mas a impressão que tenho é muito diferente >(embora possa ser pouco representativa de quem menos intensivamente usa >a Internet, ou seja, da maioria que apenas recebeu a informação >"one-sided" que nos inundou nos últimos dias nos media tradicionais). > >O argumento da "pobre indústria musical" (qualquer que seja realmente a >situação económica da dita em Portugal) tem passado nos jornais como >parte do que tem sido mais press release do que jornalismo sobre o >assunto. E face à manutenção dos preços altos ao jeito de um cartel, >a resposta da "indústria", ou pelo menos de grandes lojas como a FNAC, >parece ser a de atirar as culpas do preço para o IVA. > >Mas parece haver bastante gente irritada, seja: >- pela forma arrogante como se está a falar aos e dos "consumidores", >tratados como ladrões do rendimento dos artistas ao mesmo tempo que têm >a percepção de que as editoras não primam, elas próprias, pela >recompensa ao artista; >- por percepção do risco de abusos de privacidade mesmo no contexto >legal actual (dependendo das vias seguidas pela IFPI e sociedades >nacionais) ou dos tais apelos a mudanças do quadro legal. > >Anexo a um artigo sobre o assunto no sítio web do jornal Público notei >há dias 170 comentários, todos ou quase todos (a menos de alguma >distracção minha) críticos de aspectos da "indústria" ou desta >nova campanha, independentemente da tolerância manifestada por violações >de copyright. > >E no mínimo a situação serviu de gota de água para pelo menos um "apelo >às armas" que talvez ajude a fazer nascer em breve em Portugal, >finalmente, uma associação com objectivos análogos aos da EFF: > > http://www.gildot.org/article.pl?sid=06/04/04/1312227&mode=thread > http://parceiropensador.net/?q=node/561 > >no seguimento de outro artigo e das reacções, especialmente no Gildot: > > http://parceiropensador.net/?q=node/560 > http://www.gildot.org/article.pl?sid=06/04/02/1955205&mode=thread > >Não que não houvesse gente motivada para estas questões, preocupada, >e desejosa há muito tempo que uma tal associação existisse, >mas creio termos por cá muita relutãncia (inércia? apatia? pessimismo? >desconfianças?) em nos associarmos para nos mexermos activamente pelos >nossos direitos, e (contra mim falo) são poucos os que têm genica para >dar o primeiro passo. > >Tivemos há anos uma "Associação da Fronteira Electrónica", de vida curta: > http://web.archive.org/web/*/http://www.fronteira-electronica.org/ >mas a coincidência com a EFF era muitíssimo mais no nome do que em >objectivos e actividade. > >Cumprimentos > J Esteves > > > From seti tquadrado.com Fri Apr 7 16:51:20 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Fri Apr 7 16:57:26 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> Message-ID: <1144425081.7085.34.camel@localhost> Viva Jaime, discordo quse em absoluto :) O teu argumento baseia-se na crítica à indústria fonográfica (para situar neste caso), mas a minha argumentação vai sempre na defesa do artista. Continuo com a visão do roubo. E roubo é roubo. Se é roubo de objecto físico ou de bits de dados, não vejo grande diferença, daí que use o exemplo do pão, roupa ou automóveis para exemplificar. Suponhamos então que se elimina o agente/editora do circuíto e só fica o artista que grava os cd's em casa e os coloca à venda via web e correio normal. Neste caso o lesado seria unicamente o artista. Neste caso a duplicação dos CD's do artista por uma pessoa em casa que os vai vender a metade do preço (e vende às centenas) é vista com bons olhos ? O artista vive de quê ? No caso do software pode criar serviços que gravitam à volta da utilização do software, mas para um artista de música é difícel convencer alguém a ir a casa afinar a aparelhagem :] Converso com muitas pessoas que "usufruem" deste tipo de venda, e acham que estão a fazer uma grande coisa ao comprar tão barato. É isso que me irrita pela patetice da coisa. Já me mostraram alguns filmes que ficam a preto/branco em intervalos regulares com indicações de propriedade, com legendagem num português do brasil feito por pessoas absolutamente acéfalas. Neste exemplo a pessoa pagou 5 euros por esse lixo... Ou é algo cultural ou então anda tudo com encefalopatia espongiforme :] O mundo é complexo demais para se querer que tudo seja barato e acessível. Se um artista passa 30 anos da sua vida a aperfeiçoar uma técnica que só ele entre muitos passa a dominar, e decide vender um cd a 40 euros, não acho que isso seja algo ilegal que ele esteja a fazer. Acho que é ilegal é que alguém duplique essa obra e a venda por 10 euros, e penso que é uma falta de respeito que alguém a compre por esse valor. Mal por mal, que se duplique sem lucrar com isso... Os combustiveis estão caríssimos. Se uma estação de serviço estivesse com um funcionário cego, era legítimo encher o depósito e fugir sem pagar, mesmo que o preço por litro seja um roubo e represente lucros colossais para por exemplo uma Galp ou Estado ? O combate não deve ser por outros meios. Pode-se ouvir música na Web de forma totalmente legal. Temos o Pandora http://www.pandora.com que é excelente e paga todos os direitos (segundo o criador num podcast do Leo Laporte/Amber Macarthur), e temos serviços como o http://www.live365.com com rádios temáticas. É o que tenho consumido nestes tempos :) E é legal. E há bandas que colocam músicas nos seus sitios oficiais para download. Os meus últimos são os Sigur Ros :) E sim... já não me lembro da última vez que comprei um CD, mas filmes, faço-o regulamente (promoções da FNAC). Também tenho dezenas de CD's, colecções, e em software acumulei quase 2000 contos... safa... só em produtos da Borland... se pudesse ter aproveitado esse valor para outras coisas não era estúpido. Ainda bem que entrei no movimento FOSS... É engraçado que o meu irmão a acabar eng. mecânica compra cd's e por vezes pede a colegas para duplicar para consumo próprio. Mas agora que está a fazer fotografia de forma mais séria começa a ver a protecção do seu trabalho com outros olhos, resolveu começar a comprar as músicas que duplicava no iTunes... São opções. Mal ? Não, só a jogar pelas regras do mercado. Ele dá-se muito bem com músicas individuais a menos de 1 dólar. O podcast mais ouvido supostamente do globo tem 12 episódios gratuítos, mas os autores resolveram rentabilizá-lo colocando-o no iTunes. Claro que diminuiu os ouvintes. Provavelmente está a haver duplicação. Não sei... ás vezes questiono tudo o que é bom, julgo... Uma vez mais digo: o combate à "pirataria" benificia os movimentos Free Software. O último email com uns comentários sobre IVAs enviei-o só para o Carlos Patrão, não fiz o "Reply to All" por engano. Agora custa-me metê-lo na lista, mas se o Carlos quiser, pode reencaminhá-lo para aqui :) Só mais uma coisa, sabem que a Apple criou o "Boot Camp" para que se possa instalar o XP nos novos Intel ? As acções subiram 7%. Os mercados reinventam-se... Muitos artistas, de músicos a escritores são explorados por editoras. É como nós com os preços dos combustíveis. Ou da electricidade. -- pedro mg Sex, 2006-04-07 às 09:30 +0100, Jaime E. Villate escreveu: > On Thu, 2006-04-06 at 21:21 +0100, pedro mg wrote: > > Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares > > de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo > > protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de > > uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a > > 1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser > > combatido essencialmente pela via cultural. > > Eu não vejo aí nenhum problema cultural que tenha que ser corrigido. > Se alguns hábitos têm que ser corrigidos são os hábitos dos > produtores e não dos consumidores. > Quando copiar um filme ou uma música começa a ficar quase tão > fácil como descrever o filme em palavras ou cantar a música a > um amigo, a indústria fonográfica e cinematográfica, na forma > actual, está condenada a desaparecer. > Comparar a cópia de uma música em MP3 com o roubo de um automóvel, > ou com o assalto de um barco para roubar ouro, é absurdo. > O facto de ser cópia "ilegal" é porque as leis actuais tentam > proteger a qualquer custo essas indústrias que estão destinadas > a desaparecer; não é porque exista algo naturalmente errado na > cópia não autorizada. > Se o sistema legal insiste em tentar impedir a cópia não autorizada, > qualquer dia vão ter que colocar aparelhos de escuta em todas partes > para impedir que alguém conte o argumento de um filme aos seus amigos, > e vão ter que ser construídas muitas mais prisões para alojar os > criminosos. > > Jaime > > > From aife netvisao.pt Fri Apr 7 18:34:11 2006 From: aife netvisao.pt (=?utf-8?q?Andr=C3=A9_Isidoro_Fernandes_Esteves?=) Date: Fri Apr 7 18:35:16 2006 Subject: O manifesto... Re: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44364408.304@theseamans.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <44357F44.2090205@artenumerica.com> <44364408.304@theseamans.net> Message-ID: <200604071834.11805.aife@netvisao.pt> Em Sexta 07 Abril 2006 11:50, o Graham Seaman escreveu: > Hi JM, > > Obrigado pelas informacoes; vou ver se convenco a organizacao de ca a > contactar a > Sandra Pinto.. > > Tambem encontrei isso: > > http://jn.sapo.pt/2006/04/06/cultura/cibernautas_reagem_pressoes_industri.h >tml > > Alguem tem uma copia do manifesto do que fala? > Acho que é isto: Quem já não ouviu isto nas noticias? As multas poderão ir até aos 5000 euros, quem for "apanhado" a roubar músicas da Internet... Pois bem, é altura de acalmar o pânico de milhares de pessoas e de pais preocupados com o que os filhos fazem no computador. 1º - Os chamados "processos" vão ser criados pela SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) e/ou pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). Neste ponto, há uma coisa que deve ser clara: nenhuma destas instituições tem autoridade para passar multas a quem quer que seja. O objectivo (imoral) é assustar os utilizadores de Internet e levá-los a pagar uma indemnização até 5000 euros, ou será levado a tribunal. Isto pode ser visto como chantagem, uma vez que ou pagamos, ou levamos com um processo. Estas empresas que vão enviar as tais cartas, não estão a agir através de um processo judicial (pois seria muito dispendioso processar individualmente milhares de pessoas) mas sim através de um processo civil. Que relevância jurídica tem isto? Nenhuma! Simplesmente ameaçam as pessoas e metem medo. Se alguma pagar, melhor. Se ninguém pagar, encolhem os ombros e passam ao próximo. De facto há leis em Portugal, mas não são estas empresas que as escrevem. 2º - Onde está essa informação, e quem decide que valor é que se vai pagar? Em Portugal só há uma maneira de obrigar as pessoas a pagar multas ou indemnizações: o tribunal! Como o Bill Gates disse: "O nosso computador é tão confidencial como a nossa conta bancária". Sem processo em tribunal, ninguém (nem mesmo estas entidades) podem acusar, vigiar, espiar, exigir, passar multas, pedir indemnização, ter acesso ao vosso computador, ou "consultar" que downloads fazem. 3º - Para os menos entendidos, quem tem ligação à Internet, liga-se através de um IP (ex. 255.255.255.255) e mais nenhuma informação é transmitida (e atenção a isto). Quem mantém o registo a quem pertence cada IP ligado, é apenas a empresa de Internet a quem contraram o serviço (ex. Netcabo, Cabovisão, Sapo, Clix, etc.). Neste caso, só com um processo judicial é que a vossa informação confidencial é disponibilizada. Ou seja: receberam uma carta a pedir uma indemnização. Muito bem, há processo judicial a decorrer em tribunal? Não? Então a carta não vale nada. E se quiserem ir mais além, contactem o vosso fornecedor de Internet e perguntem como é que a determinada instituição obteve os vossos dados, sem autorização do tribunal. E se ainda quiserem ir mais além, iniciem um processo contra o vosso fornecedor de Internet, ou contra a instituição que vos "ameaçou". 4º - Quem faz download de qualquer tipo de ficheiros da Internet (seja musica, filmes, fotografias) é apelidado de "pirata informático" pela comunicação social. Mas há uma grande diferença entre fazer download e desfrutar desse mesmo download no conforto da vossa casa, e de fazer download de filmes e música e ir vender para a feira da ladra, ou qualquer outro local. Quem lucra com estes negócios de downloads para vender posteriormente, é que deve ser apelidado de pirata informático. Ou será que quando se gravava as telenovelas e os filmes da televisão em cassetes, também era chamado de pirata da televisão? É exactamente a mesma coisa. Em vez de copiarem da televisão, copiam da Internet. 5º - Neste momento, em Portugal não há nenhuma lei relativamente à pirataria informática (pelo menos explícita) e em que base se suporta, ou que diferenças existem entre consumo próprio ou para venda. Da mesma maneira que não há qualquer precedente de tal situação. Todos aqueles anúncios no cinema, nunca deram em nada nem nunca ninguém foi preso. Eram só campanhas! 6º - Se estivessem a infringir alguma lei, acham que seriam enviadas cartas para pararem com os downloads e a serem convidados a pagarem de livre vontade? Também ninguém manda cartas a um ladrão para parar de roubar no metro e entregar-se na esquadra mais próxima, ou a um assassino para parar de matar os vizinhos com a caçadeira, e para se dedicar à agricultura. É absurdo! Se neste país nem uma pessoa que viola crianças vai presa, quanto mais nós que nos recusamos a pagar multas! Tirar músicas da Internet dá multa até 5000 euros. E andar a 120km/h dentro de uma localidade dá 500 euros? Passar um sinal vermelho menos que isso? Desencadear um acidente em cadeia na auto-estrada porque se bebeu demais fica-se sem carta? Acham justo? Tirar músicas da Internet é que é mau para a sociedade, e os perigosos somos nós, não? 7º - Recentemente em França foi aberto um processo pelas indústrias e editoras similar a este, e até foi feita uma petição em tribunal para ser criada uma lei que punisse quem fizesse downloads da Internet. No entanto, o Juiz recusou-se alegando que se estaria a violar a divulgação cultural. Temos o direito de experimentar o produto antes de o comprar, ou não? 8º - Quem acham que perde com isto tudo? O terror instala-se, as pessoas começam a parar de fazer downloads, e a Internet em casa passa a ser usada para ver páginas e ler o e-mail. Quem precisa de grandes velocidade para isso? Ninguém...assim os consumidores começam a cancelar a Internet, ou a passar para uma mais barata. E quem sofre? O fornecedor de Internet. 9º - Há vários cantores e grupos de música nacionais que culpam a "pirataria" das baixas vendas que os seus álbuns conseguem no mercado. Esta é a lista de vários artistas que lutam contra a pirataria: Ágata, Agrupamento Musical Diapasão, Aldina, Alfredo Vieira de Sousa, Ana Moura, António Cunha (Uguru), António Manuel Ribeiro, António Manuel Guimarães (Magic Music), Banda Lusa, Blasted Mechanism, Blind Zero, Bonga, Boss AC, Camané, CantaBahia, Carlos do Carmo, Carlos Maria Trindade, Carlos Tê, Clã, Cristina Branco, Da Weasel, Danae, David Fonseca, Dealema, Delfins, DJ Vibe, Dulce Pontes, Emanuel, Expensive Soul, Fernando Rocha, Filipa Pais, Fingertrips, FNAC, GNR, Gutto, Iran Costa, Íris, Jaguar Band, João Afonso, João Gil, João Monge, João Pedro Pais, João Portugal, Jorge Cruz, Jorge Palma, José Mário Branco, Liliana, Lúcia Moniz, Luís Cília, Luís Represas, Luísa Amaro, Mafalda Veiga, Manuel Faria, Manuel Freire, Manuel Paulo, Mão Morta, Marante, Maria João&Mário Laginha, Mário Fernandes, Mariza, Ménito Ramos, Mesa, Miguel&André, Miguel Guedes (em nome individual), Mind da Gap, Místicos, Mónica Sintra, Paula Teixeira, Paulo Ribeiro, Pedro Abrunhosa, Pedro Ayres Magalhães, Pedro Oliveira, Pedro Osório, Quatro Cantos, Quim Barreiros, Quinta do Bill, Rádio Macau, Rita Guerra, Rodrigo Leão, Rosita, Rui Bandeira, Rui Veloso, Santamaria, Sérgio Godinho, Teresa Tapadas, The Gift, Toranja, Toy, Tozé Brito, UHF, Vitorino, Wraygunn, Xutos e Pntapés, X-Wife e Zé Peixoto. Por favor, e peço-vos que metam a mão na consciência: Quem é a pessoa com com alguma inteligência que se vai a meter a fazer download de músicas da Ágata? Ou da Rosita? Ou do Agrupamento Musical Diapasão? Ou pior, do Iran Costa? 10º - Ora vejamos: Fim da Pirataria ?> Menos Utilizadores da Internet ?> Choque Tecnológico por água abaixo ?> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu Fim da Pirataria ?> Menos Utilizadores da Internet ?> Menos lucros dos ISP's ? > PT apresenta prejuízo -> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu Fim da Pirataria ?> Aumento dos Processos que se acumulam nos tribunais ?> Justiça mais lenta ?> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu Fim da Pirataria ?> As pessoas não vão comprar Cd's só porque a pirataria "acaba" ou diminui podendo mesmo criar uma certa "revolta" contra as editoras e afins ?> O povo começa a cagar para os artistas ?> Menos lucros para editoras e artistas ?> Mundo da música e não só com dificuldades ?> Portugal país cada vez mais atrasado a nível europeu Continuamos...? 11º - Ok, concordo que os direitos de autor têm que ser protegidos. Mas não concordo que um simples CD de música cujo custo de fabrico ronda 1 euro, seja vendido por 15/20 euros, em que apenas cerca de 2 euros vão para os artistas. E ainda têm a lata de chamar piratas a nós? 12º - Concluindo, não se deixem vencer pelo medo. Não digo para olharem para o lado caso recebam essas cartas, mas sim que se informem e que pesquisem as maneiras legais de se fazer o correcto. Informem e mantenham-se informados, pois basta haver um decréscimo dos utilizadores deste tipo para essas empresas pensarem que podem fazer tudo e que podem ganhar. Eu posso considerar-me culpado, mas sou culpado, não por fazer downloads de musicas e filmes mas pelo facto de fazer parte da classe média que mal tem dinheiro para pagar a renda de casa, e ainda faz um sacrifício enorme em pagar 60? pela Internet, mais não sei quantos euros pela tvcabo, mais não sei quantos euros pelo telefone, mais não sei quantos euros pela assinatura mensal do telefone, e de trabalhar de sol a sol. Mas NÃO SOU CULPADO, pelos roubos de ministros, deputados, e administradores de empresas estatais, pelos buracos financeiros que causaram a empresas estatais. NÃO SOU CULPADO, pelo buraco financeiro em que o pais se encontra, e muito menos pelo valor do défice 6,8. Agora só vos peço para levarem a vossa vida atrás do computador calmamente, não castiguem os vossos filhos por algo que não estão a fazer, e acima de tudo, divulguem toda esta informação, para que essas empresas que vêm do estrangeiro, não pensem que somos uma cambada de saloios e que nos podem meter medo! http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm -- --------------------------------------------------------------------- _ .-. / \ _ ^^ / \ /^./\__ _/ \ _ .--'\/\_ \__/. \ / \ ^^ ___ / \_ _/ ^ \/ __ :' /\/\ /\ __/ \ / \ / .' _/ / \ ^ / \/ \/ .`'\_/\ /\/\ /\/ :' __ ^/ ^/ `--./.' ^ `-.\ _ _:\ _ / \/ \ _/ \-' __/.' ^ _ \_ .'\ _/ \ . __/ \ /\ .- `. \/ \ / -. _/ \ -. `_/ \ / `._/ ^ \ / `-.__ ^ / .-'.--' . / `--./ .-' `-. `-. `. - `. @/ `. / / `-. / .-' / . .' \ \ \ .- \% @(88%@)@%% @)&@&(88&@.-_=_-=_-=_-=_-=_.8@% &@&&8(8%@%8)(8@%8 8%@)% @88:::&(&8&&8::JGS:&`.~-_~~-~~_~-~_~-~~=.'@(&%::::%@8&8)::&#@8:::: `::::::8%@@%:::::@%&8:`.=~~-.~~-.~~=..~'8::::::::&@8:::::&8::::::' `::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::' Relaxe! Respire o ar fresco e puro... Não precisamos de ir á montanha quando a montanha está em nós. --------------------------------------------------------------------- André Isidoro Fernandes Esteves aife(em)nocturno.org webpage: http://www.nocturno.org/aife blog: http://www.nocturno.org/aife/blog --------------------------------------------------------------------- From aife netvisao.pt Fri Apr 7 21:46:53 2006 From: aife netvisao.pt (=?utf-8?q?Andr=C3=A9_Isidoro_Fernandes_Esteves?=) Date: Fri Apr 7 21:47:55 2006 Subject: O manifesto... Re: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144435080.12231.43.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <200604071834.11805.aife@netvisao.pt> <1144435080.12231.43.camel@localhost> Message-ID: <200604072146.53646.aife@netvisao.pt> Em Sexta 07 Abril 2006 19:37, escreveu: > Viva, > > este... "manifesto" (?!?!) tem algumas grandes verdades, mas também > muita coisa misturada e muita inocência, falta de rigor e até algumas > patetices. E essa mistura é que é perigosa. A utilização de desculpas > alheias a determinado assunto não representa argumentos válidos. Por > exemplo, que culpa tem o Pedro Ayres Magalhães, que está nessa lista, > que A ou B tenha pouco dinheiro ? Ele poderá argumentar: > - se tem pouco dinheiro, não tem poder de compra para os meus produtos. > Nesse caso terá de ouvir na rádio. Não lhe admito é que vá comprar uma > cópia ilegal do meu disco a um vígaro por 1/4 do preço. > > Mas posso tentar dar a minha opinião ponto por ponto :) > Vamos lá... > Pedro.. Não fui eu a escrever o manifesto, o autor tem o endereço no fim da mensagem, escreve-lhe a ele. Por acaso estava na árvore de de transmissão da mensagem. Que é um grupo de pessoas mais «proletárias» do que nós... Acho que o facto de ninguém da lista ter recebido esta mensagem indica algo interessante acerca das redes de confiança que estão na sociedade portuguesa. Nõs ainda não estamos nelas. (Para pensarmos nisso). Um abraço, André esteves -- --------------------------------------------------------------------- _ .-. / \ _ ^^ / \ /^./\__ _/ \ _ .--'\/\_ \__/. \ / \ ^^ ___ / \_ _/ ^ \/ __ :' /\/\ /\ __/ \ / \ / .' _/ / \ ^ / \/ \/ .`'\_/\ /\/\ /\/ :' __ ^/ ^/ `--./.' ^ `-.\ _ _:\ _ / \/ \ _/ \-' __/.' ^ _ \_ .'\ _/ \ . __/ \ /\ .- `. \/ \ / -. _/ \ -. `_/ \ / `._/ ^ \ / `-.__ ^ / .-'.--' . / `--./ .-' `-. `-. `. - `. @/ `. / / `-. / .-' / . .' \ \ \ .- \% @(88%@)@%% @)&@&(88&@.-_=_-=_-=_-=_-=_.8@% &@&&8(8%@%8)(8@%8 8%@)% @88:::&(&8&&8::JGS:&`.~-_~~-~~_~-~_~-~~=.'@(&%::::%@8&8)::&#@8:::: `::::::8%@@%:::::@%&8:`.=~~-.~~-.~~=..~'8::::::::&@8:::::&8::::::' `::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::' Relaxe! Respire o ar fresco e puro... Não precisamos de ir á montanha quando a montanha está em nós. --------------------------------------------------------------------- André Isidoro Fernandes Esteves aife(em)nocturno.org webpage: http://www.nocturno.org/aife blog: http://www.nocturno.org/aife/blog --------------------------------------------------------------------- From rms 1407.org Fri Apr 7 21:34:20 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Fri Apr 7 21:57:01 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144425081.7085.34.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> Message-ID: <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> On Fri, 2006-04-07 at 16:51 +0100, pedro mg wrote: > artista. Continuo com a visão do roubo. E roubo é roubo. Se é roubo de > objecto físico ou de bits de dados, não vejo grande diferença, daí que > use o exemplo do pão, roupa ou automóveis para exemplificar. Péssima interpretação, pior analogia. Ao contrário de bens físicos, como o pão é sem qualquer sobra de dúvida, se tu me contares algo, ficamos os 2 a saber algo. Este é o ponto basilar da coisa: os bens imateriais não podem ser roubados. Qualquer analogia com bens físicos quebra perante o teste da materialidade. O melhor que podes alegar é um (potencial) não lucro. Mas tendo em conta que a vasta maioria dos artistas não subsiste graças às obras que faz, mas sim com espetáculos, com estátuas a pedido, etc... e não com "cópias" do que fazem, então alto e para o barco porque o "lucro" nem sequer existe para ser perdido. > Suponhamos > então que se elimina o agente/editora do circuíto e só fica o artista > que grava os cd's em casa e os coloca à venda via web e correio normal. Acontece que o meio de transmissão ideal da obra em formato digital é a rede e não o CD. Com os players de MP3 a serem mais vendidos que os players de CDs portáteis, queres mesmo convencer que pode existir negócio com futuro à base de vendas de cópias de CDs? Olha a Naxos... tão famosa e com a sua colecção completa no emusic.com ... > Converso com muitas pessoas que "usufruem" deste tipo de venda, e acham > que estão a fazer uma grande coisa ao comprar tão barato. É isso que me > irrita pela patetice da coisa. "barato"? 1 USD / música é caro para o salário médio português ok? Só nós burgueses é que nos podemos dar ao luxo de pensar que é barato. > O mundo é complexo demais para se querer que tudo seja barato e > acessível. Se um artista passa 30 anos da sua vida a aperfeiçoar uma > técnica que só ele entre muitos passa a dominar, e decide vender um cd a > 40 euros, não acho que isso seja algo ilegal que ele esteja a fazer. Boa sorte. A esse preço ou tem muita música e é muito fenomenal, ou morrerá de fome senão fizer concertos live! > Acho que é ilegal é que alguém duplique essa obra e a venda por 10 > euros, e penso que é uma falta de respeito que alguém a compre por esse > valor. Mal por mal, que se duplique sem lucrar com isso... A minha opinião é que a partilha não comercial nunca deveria ser perseguida. > Os combustiveis estão caríssimos. Se uma estação de serviço estivesse > com um funcionário cego, era legítimo encher o depósito e fugir sem > pagar, mesmo que o preço por litro seja um roubo e represente lucros > colossais para por exemplo uma Galp ou Estado ? O combate não deve ser > por outros meios. Analogia completamente errada. > Pode-se ouvir música na Web de forma totalmente legal. Temos o Pandora > http://www.pandora.com que é excelente e paga todos os direitos (segundo > o criador num podcast do Leo Laporte/Amber Macarthur), e temos serviços > como o http://www.live365.com com rádios temáticas. É o que tenho > consumido nestes tempos :) E é legal. E há bandas que colocam músicas > nos seus sitios oficiais para download. Os meus últimos são os Sigur > Ros :) E sim... já não me lembro da última vez que comprei um CD, mas > filmes, faço-o regulamente (promoções da FNAC). emusic.com www.magnatune.com etc... > Também tenho dezenas de CD's Eu tenho centenas de CDs neste momento, e o rácio de compras CD/ANO diminuiu fenomenalmente por ser-me cada vez mais difícil comprar um disco de algumas bandas que gosto, que infelizmente sucumbiram à corrupção de formatos. > Uma vez mais digo: o combate à "pirataria" benificia os movimentos Free > Software. Mas utilizar termos como "pirataria" serve o inimigo, por ajudar a difundir a mentalidade onde a cópia não autorizada se deveria enquadrar no mesmo esquema criminal (quanto mais não seja na percepção do cidadão comum) que o de um pirata (do ar, do mar, etc...). > O último email com uns comentários sobre IVAs A redução do IVA é beneficial tendo em conta outras obras, mas não é um factor significativo, e lojas como a FNAC só aderem a isso por imagem. No entanto uma parte muito mais significativa que o IVA é o lucro da loja... pensem nisto antes de defender cegamente o IVA. > Muitos artistas, de músicos a escritores são explorados por editoras. Descreves a norma, e não uma excepção com grandes números. > É > como nós com os preços dos combustíveis. Ou da electricidade. Não. Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060407/cebc79e2/attachment-0001.pgp From seti tquadrado.com Fri Apr 7 23:39:51 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Fri Apr 7 23:39:23 2006 Subject: O manifesto... Re: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <200604072146.53646.aife@netvisao.pt> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <200604071834.11805.aife@netvisao.pt> <1144435080.12231.43.camel@localhost> <200604072146.53646.aife@netvisao.pt> Message-ID: <1144449592.20927.5.camel@localhost> Viva André, eu sei que não foste ;) Aproveito para referir que escrevi em tom mais irónico e "brincadeira" que outra coisa. A propósito disso há um artigo que li há umas semanas que refere que cerca de 50% das mensagens de correio electrónico não deixam transparecer o humor (ou falta dele) que o autor pretende com que sejam lidas. É um pequeno estudo inglês julgo eu e é interessante. Ou seja, há uma grande quantidade de mensagens que são "mal entendidas". Isso é interessante, mesmo com a ajuda de "smiles" por vezes ficámos na dúvida se nos estão a agredir ou a brincar :) abraço, -- pedro mg Sex, 2006-04-07 às 21:46 +0100, André Isidoro Fernandes Esteves escreveu: > Em Sexta 07 Abril 2006 19:37, escreveu: > > Viva, > > > > este... "manifesto" (?!?!) tem algumas grandes verdades, mas também > > muita coisa misturada e muita inocência, falta de rigor e até algumas > > patetices. E essa mistura é que é perigosa. A utilização de desculpas > > alheias a determinado assunto não representa argumentos válidos. Por > > exemplo, que culpa tem o Pedro Ayres Magalhães, que está nessa lista, > > que A ou B tenha pouco dinheiro ? Ele poderá argumentar: > > - se tem pouco dinheiro, não tem poder de compra para os meus produtos. > > Nesse caso terá de ouvir na rádio. Não lhe admito é que vá comprar uma > > cópia ilegal do meu disco a um vígaro por 1/4 do preço. > > > > Mas posso tentar dar a minha opinião ponto por ponto :) > > Vamos lá... > > > > Pedro.. Não fui eu a escrever o manifesto, o autor tem o endereço no fim da > mensagem, escreve-lhe a ele. > > Por acaso estava na árvore de de transmissão da mensagem. > Que é um grupo de pessoas mais «proletárias» do que nós... > Acho que o facto de ninguém da lista ter recebido esta mensagem indica algo > interessante acerca das redes de confiança que estão na sociedade portuguesa. > Nõs ainda não estamos nelas. (Para pensarmos nisso). > > Um abraço, > > André esteves > From carlos m16e.com Fri Apr 7 23:06:53 2006 From: carlos m16e.com (Carlos Correia) Date: Sat Apr 8 00:08:03 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144354900.12929.22.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> Message-ID: <4436E27D.80100@m16e.com> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE----- Hash: SHA1 Caro Pedro, Principalmente na música e no cinema, há 2 espécies de artistas: aqueles que estão (ou aspiram a estar) no top da popularidade, e os outros -- que se estão nas tintas para a popularidade e que produzem de acordo com os seus gostos pessoais. è claro, como em tudo, há que contar com vários tons de cinzento pelo meio. Só os primeiros é que existem para as grandes produtoras, sejam musicais ou cinematográficas. Os outros são aquilo a que eles chamam "fundo de catálogo". Fazem parte da lista, mas estão escondidos no fundo, não têm direito a publicidade nem a acções de promoção. Os grandes negócios vivem das modas e elas são efémeras. Daqui a 10 ou 15 anos ninguém se vai lembrar das Spice Girls nem dos D'zrt (já ninguém se lembra das Spice Girls!), mas ainda vai haver gente a ouvir Miles Davies ou King Crimson. O mesmo se passa no cinema: dificilmente o Robert de Niro será esquecido, já para não falar do Orson Wells. Isto tudo para dizer que não é a *Arte* que está em causa! É, sim, o negócio que as grandes produtoras fazem à volta das *modinhas* e dos *artistasinhos* que vão inventando (no fim de contas, chamam-se a si próprios a *indústria* do entretenimento e não produtores ou promotores de cultura). Se cada vez se vendem menos CDs e DVDs (e cada vez vai menos gente aos cinemas) talvez seja pela fraca qualidade daquilo que nos querem impingir. Aposto que, se a escolha fosse mais diversificada, como há 20 ou 30 anos atrás, se vendia mais -- se bem que talvez não tão rapidamente ;-) Só para terminar: acho que a questão só se vai resolver com o tempo, à medida que os Artistas (aqueles do "fundo do catálogo") forem tomando consciência de que já dispõem dos meios para promoverem e *venderem* a sua obra sem ter de "prestar vassalagem" a essas empresas -- o resto é _businnes as usual_! Cumprimentos, Carlos Correia pedro mg escreveu: | Dá-me a sensação que se está a abordar diversos assuntos. | Poder de compra, crimes, direitos de autor e intermediarismo mafioso. O | poder de compra médio dos portugueses (sem recurso ao crédito) é | reduzido quando comparado com o resto da europa e elevado quando | comparado com áfrica :) | Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares | de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo | protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de | uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a | 1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser | combatido essencialmente pela via cultural. | Sou da opinião que se um autor pretende vender o seu produto a 10 vezes | o valor de mercado, deve poder fazê-lo. Isso não deverá ser motivo para | que pessoas (com ou sem poder de compra) usufruam ilegalmente desse | produto. | Quanto aos intermediários que os produtores contratam... sei que ficam | com uma grande fatia do bolo e resumem os valores a custos de marketing | e produção. Sabe-se que os lucros são fabulosos. Mas isso também não dá | direito a que se pirateie. | A época é de transição e não me admira que cada vez mais artistas (para | referir o caso descrito) adoptem vias inovadoras para difusão dos seus | produtos protegidos. | | Em resumo, penso que o poder de compra do comprador não pode ser motivo | para que se apoie a pirataria. Nunca. Agora que no caso da música o IVA | deveria ser reduzido, não há dúvida. Lê-se que as editoras estão a | retardar ao máximo a venda unitária de música, os antigos "singles", por | forma a não ver os lucros reduzirem. Acredito que a Web assuste alguns | desses senhores. Terão de se adaptar. Não me choca nada, e até acho | muito bem pagar 90 cêntimos por uma música via internet. Pretendo que o | autor continue a produzir produtos com a classe que aprecio ao adquirir | o produto dele. | | A luta anti-pirataria benificia o software livre. Se piratear software | proprietário se tornar difícil, as pessoas vão ter duas opções: pagá-lo | ou começar a abrir os horizontes para a filosofia FS, que não implica | simplesmente o usufruto. Deverá haver compensação na medida do possível, | nem que seja um "obrigado pelo bom produto que produziram" via email :) | | | | ------------------------------------------------------------------------ | | _______________________________________________ | Ansol-geral mailing list | Ansol-geral@listas.ansol.org | http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral - -- MEMÓRIA PERSISTENTE, Lda. Tel.: 219 291 591 - GSM: 967 511 762 e-mail: geral@m16e.com - URL: http://www.m16e.com Jabber: m16e@amessage.de - MSN: m16e@hotmail.com - ICQ: 257488263 Skype.com username (VoIP): m16e.com GnuPG: wwwkeys.eu.pgp.net -----BEGIN PGP SIGNATURE----- Version: GnuPG v1.4.2.2 (GNU/Linux) Comment: Using GnuPG with Thunderbird - http://enigmail.mozdev.org iD8DBQFENuJ990uzwjA1SJURAgPrAJ969yad6pG9lJA85HvKhflJJ7JVMgCgyk8v D5dIR4qzuwidNog9y3JhBQY= =rccl -----END PGP SIGNATURE----- From seti tquadrado.com Sat Apr 8 00:28:19 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Sat Apr 8 00:27:55 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <4436E27D.80100@m16e.com> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <4436E27D.80100@m16e.com> Message-ID: <1144452500.20927.49.camel@localhost> Viva Carlos, eu concordo. Admito que quando escrevo estou a pensar exclusivamente em artistas que produzem com qualidade (então, artistas de arte). É mesmo nos Miles Davies que penso. E custa-me aceitar ver a técnica que ele tem a ser explorada por alguém que mete 5 composições e interpretações dele num disco duro e o abre a toda a gente interessada sem lhe perguntar se pode ou não fazê-lo. Eu estou-me a marimbar para a editora (não é bem assim porque ele delegou na editora esses "affairs"), penso é na imoralidade em relação ao produto intelectual. Se o artista deixa que assim seja, viva! Mas se ele quer ser pago por isso, então paguem ao homem, certo ? 1 USD/música é muito ?!?? Safa... não não é! A minha discussão vai toda neste sentido. De resto, com as editoras, é mesmo just_business... Todos os meus emails vão no primeiro assunto e não no das editoras. Por isso é que falei há uns tempos no caso de o Bach ser vivo e não precisar de uma editora porque com os meios de hoje conseguia ser ouvido :) Eu acho que estou em sintonia contigo :) Agora vou terminar o email que estou a dar de resposta ao Rui :) abraço, -- pedro mg Sex, 2006-04-07 às 23:06 +0100, Carlos Correia escreveu: > -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE----- > Hash: SHA1 > > Caro Pedro, > > Principalmente na música e no cinema, há 2 espécies de artistas: aqueles > que estão (ou aspiram a estar) no top da popularidade, e os outros -- > que se estão nas tintas para a popularidade e que produzem de acordo com > os seus gostos pessoais. è claro, como em tudo, há que contar com vários > tons de cinzento pelo meio. > > Só os primeiros é que existem para as grandes produtoras, sejam musicais > ou cinematográficas. Os outros são aquilo a que eles chamam "fundo de > catálogo". Fazem parte da lista, mas estão escondidos no fundo, não têm > direito a publicidade nem a acções de promoção. > > Os grandes negócios vivem das modas e elas são efémeras. Daqui a 10 ou > 15 anos ninguém se vai lembrar das Spice Girls nem dos D'zrt (já ninguém > se lembra das Spice Girls!), mas ainda vai haver gente a ouvir Miles > Davies ou King Crimson. O mesmo se passa no cinema: dificilmente o > Robert de Niro será esquecido, já para não falar do Orson Wells. > > Isto tudo para dizer que não é a *Arte* que está em causa! É, sim, o > negócio que as grandes produtoras fazem à volta das *modinhas* e dos > *artistasinhos* que vão inventando (no fim de contas, chamam-se a si > próprios a *indústria* do entretenimento e não produtores ou promotores > de cultura). > > Se cada vez se vendem menos CDs e DVDs (e cada vez vai menos gente aos > cinemas) talvez seja pela fraca qualidade daquilo que nos querem > impingir. Aposto que, se a escolha fosse mais diversificada, como há 20 > ou 30 anos atrás, se vendia mais -- se bem que talvez não tão > rapidamente ;-) > > Só para terminar: acho que a questão só se vai resolver com o tempo, à > medida que os Artistas (aqueles do "fundo do catálogo") forem tomando > consciência de que já dispõem dos meios para promoverem e *venderem* a > sua obra sem ter de "prestar vassalagem" a essas empresas -- o resto é > _businnes as usual_! > > Cumprimentos, > > Carlos Correia > > pedro mg escreveu: > | Dá-me a sensação que se está a abordar diversos assuntos. > | Poder de compra, crimes, direitos de autor e intermediarismo mafioso. O > | poder de compra médio dos portugueses (sem recurso ao crédito) é > | reduzido quando comparado com o resto da europa e elevado quando > | comparado com áfrica :) > | Há verdadeiros crimes relacionados com pirataria. Assiste-se a milhares > | de cidadãos (nem devia aplicar esta palavra) a piratear conteúdo > | protegido por direitos de autor e a vendê-lo sem qualquer qualidade e de > | uma forma totalmente ilegal. Conto que sejam uma base não inferior a > | 1001 para poder aplicar a forma plural da palavra. Isto tem de ser > | combatido essencialmente pela via cultural. > | Sou da opinião que se um autor pretende vender o seu produto a 10 vezes > | o valor de mercado, deve poder fazê-lo. Isso não deverá ser motivo para > | que pessoas (com ou sem poder de compra) usufruam ilegalmente desse > | produto. > | Quanto aos intermediários que os produtores contratam... sei que ficam > | com uma grande fatia do bolo e resumem os valores a custos de marketing > | e produção. Sabe-se que os lucros são fabulosos. Mas isso também não dá > | direito a que se pirateie. > | A época é de transição e não me admira que cada vez mais artistas (para > | referir o caso descrito) adoptem vias inovadoras para difusão dos seus > | produtos protegidos. > | > | Em resumo, penso que o poder de compra do comprador não pode ser motivo > | para que se apoie a pirataria. Nunca. Agora que no caso da música o IVA > | deveria ser reduzido, não há dúvida. Lê-se que as editoras estão a > | retardar ao máximo a venda unitária de música, os antigos "singles", por > | forma a não ver os lucros reduzirem. Acredito que a Web assuste alguns > | desses senhores. Terão de se adaptar. Não me choca nada, e até acho > | muito bem pagar 90 cêntimos por uma música via internet. Pretendo que o > | autor continue a produzir produtos com a classe que aprecio ao adquirir > | o produto dele. > | > | A luta anti-pirataria benificia o software livre. Se piratear software > | proprietário se tornar difícil, as pessoas vão ter duas opções: pagá-lo > | ou começar a abrir os horizontes para a filosofia FS, que não implica > | simplesmente o usufruto. Deverá haver compensação na medida do possível, > | nem que seja um "obrigado pelo bom produto que produziram" via email :) > | > | > | > | ------------------------------------------------------------------------ > | > | _______________________________________________ > | Ansol-geral mailing list > | Ansol-geral@listas.ansol.org > | http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > > > - -- > MEMÓRIA PERSISTENTE, Lda. > Tel.: 219 291 591 - GSM: 967 511 762 > e-mail: geral@m16e.com - URL: http://www.m16e.com > Jabber: m16e@amessage.de - MSN: m16e@hotmail.com - ICQ: 257488263 > Skype.com username (VoIP): m16e.com > GnuPG: wwwkeys.eu.pgp.net > -----BEGIN PGP SIGNATURE----- > Version: GnuPG v1.4.2.2 (GNU/Linux) > Comment: Using GnuPG with Thunderbird - http://enigmail.mozdev.org > > iD8DBQFENuJ990uzwjA1SJURAgPrAJ969yad6pG9lJA85HvKhflJJ7JVMgCgyk8v > D5dIR4qzuwidNog9y3JhBQY= > =rccl > -----END PGP SIGNATURE----- > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral From seti tquadrado.com Sat Apr 8 01:21:29 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Sat Apr 8 02:48:44 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> Message-ID: <1144455690.20927.100.camel@localhost> Sex, 2006-04-07 às 21:34 +0100, Rui Miguel Silva Seabra escreveu: > On Fri, 2006-04-07 at 16:51 +0100, pedro mg wrote: > > artista. Continuo com a visão do roubo. E roubo é roubo. Se é roubo de > > objecto físico ou de bits de dados, não vejo grande diferença, daí que > > use o exemplo do pão, roupa ou automóveis para exemplificar. > > Péssima interpretação, pior analogia. Referi que esse exemplo deve ser dado a pessoas sem capacidade para interpretar a imaterialidade da coisa... e olha que as há, e muitas. Como é que explicas a uma plateia que não podem obter/vender/dar cópias ilegais de filmes ? Mas de modo a que tenhas a percepção que ficaram com alguma coisa mais ou menos lógica na cabeça. > > Ao contrário de bens físicos, como o pão é sem qualquer sobra de dúvida, > se tu me contares algo, ficamos os 2 a saber algo. > > Este é o ponto basilar da coisa: os bens imateriais não podem ser > roubados. Qualquer analogia com bens físicos quebra perante o teste da > materialidade. O Mozart escreve uma partitura. O Salieri rouba-a. Publica-a como sendo sua. Há roubo de propriedade intelectual ? Ou de modo diferente, o Mozart cria, regista, vende, e o padeiro coloca a "Great Mass" ou o Requiem no seu PCzito e abre-o a quem quiser puxar essas obras sem autoriação do Mozart. É legal ? É moral ? Repara que não estou a referir editoras. > > O melhor que podes alegar é um (potencial) não lucro. Mas tendo em conta > que a vasta maioria dos artistas não subsiste graças às obras que faz, Essa afirmação parece-me imprecisa porque teríamos de ver a que é que estás a chamar "artista". > mas sim com espetáculos, com estátuas a pedido, etc... e não com > "cópias" do que fazem, então alto e para o barco porque o "lucro" nem > sequer existe para ser perdido. > > > Suponhamos > > então que se elimina o agente/editora do circuíto e só fica o artista > > que grava os cd's em casa e os coloca à venda via web e correio normal. > > Acontece que o meio de transmissão ideal da obra em formato digital é a > rede e não o CD. Com os players de MP3 a serem mais vendidos que os > players de CDs portáteis, queres mesmo convencer que pode existir > negócio com futuro à base de vendas de cópias de CDs? > claro que não. O cd está morto. O dvd não vai durar muito. Isso é evidente. Eu disse o contrário ? Então ? É o que dá não estarmos a uma mesa... e estar a ler sem expressão :) Por isso disse que o mercado reinventa-se. Mas o facto de haver redes e p2p e mp3 e bits implica que as coisas sejam "de borla" ?!? É *só* aqui que parece que colidimos. O "formato" não me interessa. Uma vez mais digo, só me interessa o produto imaterial que vai representado nesses dados, só me interessa a *informação*. > Olha a Naxos... tão famosa e com a sua colecção completa no > emusic.com ... > > > Converso com muitas pessoas que "usufruem" deste tipo de venda, e acham > > que estão a fazer uma grande coisa ao comprar tão barato. É isso que me > > irrita pela patetice da coisa. > > "barato"? 1 USD / música é caro para o salário médio português ok? > Só nós burgueses é que nos podemos dar ao luxo de pensar que é barato. É pá, então ?! Estava a referir-me à patetice de comprar dvd's gravados num vão de escada e vendidos ilegalmente. Há "trolhas" que chegam a casa ligam o PC e conseguem fazer mais 60 contos/mês com essa actividade. Há estudantes a fazer o mesmo. Há até o filho de 12 anos de uma pessoa que trabalha numa multinacional que conheço que comprou o seu próprio PC a vender filmes e jogos duplicados por ele... Isso é imoral: o pai acha o filho um génio, e nem me interessa se o moço vai lançar uma OPA ao Belmiro, mas... o que está a fazer é errado se fôr com conteúdo protegido por direitos de autor e o autor não lhe dê autorização para duplicar a obra. > > > O mundo é complexo demais para se querer que tudo seja barato e > > acessível. Se um artista passa 30 anos da sua vida a aperfeiçoar uma > > técnica que só ele entre muitos passa a dominar, e decide vender um cd a > > 40 euros, não acho que isso seja algo ilegal que ele esteja a fazer. > > Boa sorte. A esse preço ou tem muita música e é muito fenomenal, ou > morrerá de fome senão fizer concertos live! Tu compras música clássica ? Olha que há coisas muito caras... Fala com um melómano... Porque raio tem tudo de ser na base do Continente, ou do LIDL ? Segmentação de mercado é um conceito que existe e faz sentido. Mas claro que fazem também concertos e muitas outras coisas. Se eu quero juntar uma orquestra de topo, com maestro de topo, vou ter de lhes pagar bem. Ora se vou vender essa produção a um acervo limitado de ouvintes, terei de ter um preço alvo elevado. Há mal nisso ? Pode ser pensar de uma forma politicamente de direita, mas os músicos dessa orquestra vão levar um valor por esse trabalho, e não se sentem responsáveis por 90% da população portuguesa não ter meios para adquirir o produto. Deixam de trabalhar ? > > > Acho que é ilegal é que alguém duplique essa obra e a venda por 10 > > euros, e penso que é uma falta de respeito que alguém a compre por esse > > valor. Mal por mal, que se duplique sem lucrar com isso... > > A minha opinião é que a partilha não comercial nunca deveria ser > perseguida. Essa afirmação pode muito facilmente ser mal interpretada. > > > Os combustiveis estão caríssimos. Se uma estação de serviço estivesse > > com um funcionário cego, era legítimo encher o depósito e fugir sem > > pagar, mesmo que o preço por litro seja um roubo e represente lucros > > colossais para por exemplo uma Galp ou Estado ? O combate não deve ser > > por outros meios. > > Analogia completamente errada. Uma vez mais, é a comparação de produtos de uma forma o mais elementar possível. Produtos físicos com produtos intelectuais e apropriação indevida da coisa. > > > Pode-se ouvir música na Web de forma totalmente legal. Temos o Pandora > > http://www.pandora.com que é excelente e paga todos os direitos (segundo > > o criador num podcast do Leo Laporte/Amber Macarthur), e temos serviços > > como o http://www.live365.com com rádios temáticas. É o que tenho > > consumido nestes tempos :) E é legal. E há bandas que colocam músicas > > nos seus sitios oficiais para download. Os meus últimos são os Sigur > > Ros :) E sim... já não me lembro da última vez que comprei um CD, mas > > filmes, faço-o regulamente (promoções da FNAC). > > emusic.com > www.magnatune.com > etc... > > > Também tenho dezenas de CD's > > Eu tenho centenas de CDs neste momento, e o rácio de compras CD/ANO > diminuiu fenomenalmente por ser-me cada vez mais difícil comprar um > disco de algumas bandas que gosto, que infelizmente sucumbiram à > corrupção de formatos. > > > Uma vez mais digo: o combate à "pirataria" benificia os movimentos Free > > Software. > > Mas utilizar termos como "pirataria" serve o inimigo, por ajudar a > difundir a mentalidade onde a cópia não autorizada se deveria enquadrar > no mesmo esquema criminal (quanto mais não seja na percepção do cidadão > comum) que o de um pirata (do ar, do mar, etc...). ok... então ajuda-me, como posso chamar "à coisa" (salvo seja) de uma forma simples para que as pessoas percebam ? > > > O último email com uns comentários sobre IVAs > > A redução do IVA é beneficial tendo em conta outras obras, mas não é um > factor significativo, e lojas como a FNAC só aderem a isso por imagem. Eu vou reenviar para a lista o email que escrevi ao Carlos Patrão sobre o IVA. Mas em resumo acho que a redução do IVA *só* vai benificiar que já compra, porque assim consegue comprar mais barato. Já é bom, mas tem pouco impacto. Quem não compra e só duplica (ou compra as tais patetices mal duplicadas e com legendagem acéfala), ou compra cópias ilegais não se interessa minimanente com reduções de 16%... > > No entanto uma parte muito mais significativa que o IVA é o lucro da > loja... pensem nisto antes de defender cegamente o IVA. O IVA é limitado, mas tem de se fazer qualquer coisa pela via legal. E este é um dos passos. E até bastante construtivo, porque tenta-se dar a entender que a cultura deve ter o menor número de barreiras possíveis para atingir a população. Quanto à loja... (suspiro)... estás a entrar no factor negócio. E por exemplo uma FNAC pode dizer que tem de vender a esse preço para conseguir ter as lojas que tem, e pagar aos funcionários, criar riqueza para prevenir tempos difíceis,... Por aí não chegas lá. Eles nunca vão ouvir alguém dizer: não tenha tanto lucro. Só se venderem menos, mas mesmo eles estão a vender já ficheiros unitários de música. > > > Muitos artistas, de músicos a escritores são explorados por editoras. > > Descreves a norma, e não uma excepção com grandes números. > > > É > > como nós com os preços dos combustíveis. Ou da electricidade. > > Não. Rui, preciso que me cries um exemplo para que possa explicar a pessoas que conheço (são quase todas formadas) o caso da música e filmes. Software é *fácil* de explicar. Se não querem comprar o MS-Office porque é caro, não devem usar uma cópia ilegal. Devem usar o OpenOffice por exemplo. Em relação aos filmes, que exemplo dou ? Não há o Solaris Free (livre), ou há ? Poça!!! Por acaso agora há o da Sun :D he he he... Mas estou a falar do Solaris realizado pelo Tarkovsky ou pelo Soderbergh. Eu não tenho cópia ilegal. Vi-o no cinema, e esperei para o ter a preço acessível. Esperei... esperei... e comprei-o na FNAC a 8 euros. E fiquei todo contente. E respeitei os autores. E até dei algum lucrozito à FNAC :) Mas não o fui duplicar dizendo que a FNAC é bandida porque tem muito lucro. Joguei pelas regras... fui paciente. Estou a fazer mal ? -- pedro mg From seti tquadrado.com Sat Apr 8 04:09:17 2006 From: seti tquadrado.com (pedro mg) Date: Sat Apr 8 04:13:30 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> Message-ID: <1144465758.5664.29.camel@localhost> Sex, 2006-04-07 às 21:34 +0100, Rui Miguel Silva Seabra escreveu: > A minha opinião é que a partilha não comercial nunca deveria ser > perseguida. Em "Fair Use" na Wikipedia: "Common misunderstandings ------------------------ Because of the deliberate ambiguity of fair use, it is commonly misunderstood. Here are some of the more common misunderstandings with explanations of why they are wrong: * It's copyrighted, so it can't be fair use. Fair use describes conditions under which copyrighted material may be used without permission. If a work is not copyrighted, it's in the public domain and can legally be used without regard to fair use law. * Noncommercial use is invariably fair. Not true, though a judge may take the profit motive or lack thereof into account." Em Copyright na Wikipedia: "Copyright is a set of exclusive rights granted by governments to regulate the use of a particular expression of an idea or information. At its most general, it is literally "the right to copy" an original creation. In most cases, these rights are of limited duration. The symbol for copyright is ©" .... "For example, the copyright which subsists in relation to a Mickey Mouse cartoon prohibits unauthorized parties from distributing copies of the cartoon" Continuando, uma parte muito importante que diferencia das patentes: "Copyright law covers only the particular form or manner in which ideas or information have been manifested, the "form of material expression". It is not designed or intended to cover the actual idea, concepts, facts, styles, or techniques which may be embodied in or represented by the copyright work. Copyright law provides scope for satirical or interpretive works which themselves may be copyrighted. See idea-expression divide." Em Copyleft temos: "Copyleft describes a group of licenses applied to works such as software, documents, music, and art. Whereas copyright law is seen by the original proponents of copyleft as a way to restrict the right to make and redistribute copies of a particular work, a copyleft license uses copyright law in order to ensure that every person who receives a copy or derived version of a work can use, modify, and also redistribute both the work, and derived versions of the work. Thus, in a non-legal sense, copyleft is the opposite of copyright" O autor é que deve decidir sobre qual a forma de licensiamento. Pode optar por qualquer uma das várias formas de licensiamento. A liberdade também está nisso. Mas se o autor opta pelo Copyright... então temos de respeitar isso de acordo com as leis e talvez tentar convencê-lo a optar por outro licensiamento. Entre estas duas, socialmente o Copyleft é mais vantajoso para a comunidade. Public Domain, Creative Commons, Share-alike,... http://en.wikipedia.org/wiki/Copyleft http://en.wikipedia.org/wiki/Anti-copyright -- pedro mg From rms 1407.org Sat Apr 8 09:16:22 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Sat Apr 8 09:16:06 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144465758.5664.29.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> <1144465758.5664.29.camel@localhost> Message-ID: <1144484182.9840.25.camel@localhost.localdomain> On Sat, 2006-04-08 at 04:09 +0100, pedro mg wrote: > Sex, 2006-04-07 às 21:34 +0100, Rui Miguel Silva Seabra escreveu: > > A minha opinião é que a partilha não comercial nunca deveria ser > > perseguida. > > Em "Fair Use" na Wikipedia: Irrelevante. O que interessa é o "Uso Livre" definido na lei Portuguesa. > Em Copyright na Wikipedia: Idem. > O autor é que deve decidir sobre qual a forma de licensiamento. Pode > optar por qualquer uma das várias formas de licensiamento. A liberdade > também está nisso. Isso não é liberdade, embora visto de forma superficial possa parecer. Na realidade é a opção de exercer um tipo de poder sobre terceiros. Sugiro que leias http://www.gnu.org/philosophy/freedom-or-power.html para aprender a distinguir. > Mas se o autor opta pelo Copyright... então temos de > respeitar isso de acordo com as leis e talvez tentar convencê-lo a optar > por outro licensiamento. Isto é uma grande confusão! O Software Livre é o software cuja licença de direito de autor (ou copyright nos países anglo-saxónicos) permite 4 liberdades http://ansol.org/filosofia/softwarelivre.pt.html Seja qual for a licença definida pelo poder do Autor estamos a falar de Direito de Autor (ou copyright nos países anglo-saxónicos). O Autor não opta pelo "Copyright", mas publica um programa que escreveu essa obra está abrangida pelo "Copyright". A forma como exerce o poder que o Copyright lhe concede é que pode variar. Sem Direito de Autor o mundo do Software Livre não conseguiria um círculo fechado do qual não é possível retirar liberdade chamado GNU GPL. Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060408/2bdcdb87/attachment.pgp From rms 1407.org Sat Apr 8 09:54:53 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Sat Apr 8 09:54:37 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144455690.20927.100.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> <1144455690.20927.100.camel@localhost> Message-ID: <1144486493.9840.54.camel@localhost.localdomain> On Sat, 2006-04-08 at 01:21 +0100, pedro mg wrote: > Referi que esse exemplo deve ser dado a pessoas sem capacidade para > interpretar a imaterialidade da coisa... e olha que as há, e muitas. Precisamente por isso é que é péssimo exemplo. Dás como exemplo uma coisa que não tem nada em comum. Que raio de lógica é que estás à espera de obter? Não pode ser. > Como é que explicas a uma plateia que não podem obter/vender/dar cópias > ilegais de filmes ? Mas de modo a que tenhas a percepção que ficaram com > alguma coisa mais ou menos lógica na cabeça. Explico que infelizmente a lei proíbe-o. Como estamos em Portugal vão fazer tábua rasa disso. Afinal criminosos piores andam por aí a passear na TV... > > Ao contrário de bens físicos, como o pão é sem qualquer sobra de dúvida, > > se tu me contares algo, ficamos os 2 a saber algo. > > > > Este é o ponto basilar da coisa: os bens imateriais não podem ser > > roubados. Qualquer analogia com bens físicos quebra perante o teste da > > materialidade. > > O Mozart escreve uma partitura. O Salieri rouba-a. Publica-a como sendo > sua. Há roubo de propriedade intelectual ? Começa por não haver "propriedade intelectual" para com a propriedade. Estás confundido ou a tentar confundir quem lê. No tempo do Mozart não era fácil copiar um conteúdo, normalmente havia uma partitura única, e quando era copiada era num trabalho moroso. O que o Salieri terá feito foi roubar um objecto físico provavelmente sem cópia. Quando copias um CD para MP3 seja para o teu leitor portátil seja para partilhares a música que gostas com um amigo, não estás a retirar _nada_ ao autor. Na pior das hipóteses podes alegar que o autor não ganhou dinheiro. Mas se o teu amigo nunca fosse comprar o CD... o autor também não ganharia o dinheiro. De qualquer das formas, os músicos ganham dinheiro com outras actividades não relacionadas com a obra que fazem ou com concertos. Ganhar dinheiro com CDs é para poucas bandas. > Ou de modo diferente, o Mozart cria, regista, vende, e o padeiro coloca > a "Great Mass" ou o Requiem no seu PCzito e abre-o a quem quiser puxar > essas obras sem autoriação do Mozart. É legal ? É moral ? Repara que não > estou a referir editoras. Sim. Tudo o que o Mozar fez é domínio público hoje em dia! > > O melhor que podes alegar é um (potencial) não lucro. Mas tendo em conta > > que a vasta maioria dos artistas não subsiste graças às obras que faz, > > Essa afirmação parece-me imprecisa porque teríamos de ver a que é que > estás a chamar "artista". No caso da música os autores são 99% os artistas. Mas sim, em termos legais artista != autor. Tens razão, perdão pela confusão que te possa ter gerado. > claro que não. O cd está morto. O dvd não vai durar muito. Isso é > evidente. Eu disse o contrário ? Então ? É o que dá não estarmos a uma > mesa... e estar a ler sem expressão :) > Por isso disse que o mercado reinventa-se. Mas o facto de haver redes e > p2p e mp3 e bits implica que as coisas sejam "de borla" ?!? Para com essa obcessão pelo "lucro" de cêntimos. O Autor de música ganha com os concertos. São extremamente raros os casos em que ganham com os CDs. A distribuição gratuita na internet promove a música do autor e potencia-lhe ser convidado para dar espectáculos live (esses sim, bem pagos). No caso dos filmes, só um idiota é que não prefere ver um bom filme no cinema. E não são esses que dão cabo do negócio. A maioria dos filmes custa mais a fazer que o dinheiro que retornam. A maioria dos filmes são feitos por pessoas que criam obras cinematográficas, e não blockbusters. Porque e Portugal quase só chegam os blockbusters... é normal que não entendas isso. > > Olha a Naxos... tão famosa e com a sua colecção completa no > > emusic.com ... > > > > > Converso com muitas pessoas que "usufruem" deste tipo de venda, e acham > > > que estão a fazer uma grande coisa ao comprar tão barato. É isso que me > > > irrita pela patetice da coisa. > > > > "barato"? 1 USD / música é caro para o salário médio português ok? > > Só nós burgueses é que nos podemos dar ao luxo de pensar que é barato. > > É pá, então ?! Estava a referir-me à patetice de comprar dvd's gravados > num vão de escada e vendidos ilegalmente. Há "trolhas" que chegam a casa > ligam o PC e conseguem fazer mais 60 contos/mês com essa actividade. Há > estudantes a fazer o mesmo. Há até o filho de 12 anos de uma pessoa que > trabalha numa multinacional que conheço que comprou o seu próprio PC a > vender filmes e jogos duplicados por ele... > Isso é imoral: o pai acha o filho um génio, e nem me interessa se o moço > vai lançar uma OPA ao Belmiro, mas... o que está a fazer é errado se fôr > com conteúdo protegido por direitos de autor e o autor não lhe dê > autorização para duplicar a obra. Como tenho dito, a minha posição é que a partilha não comercial nunca deveria ser perseguida. Ao fazer uma troca comercial, essas pessoas que referes estão, aí sim, a afectar a vantagem comercial que o Direito de Autor dá. > > > O mundo é complexo demais para se querer que tudo seja barato e > > > acessível. Se um artista passa 30 anos da sua vida a aperfeiçoar uma > > > técnica que só ele entre muitos passa a dominar, e decide vender um cd a > > > 40 euros, não acho que isso seja algo ilegal que ele esteja a fazer. > > > > Boa sorte. A esse preço ou tem muita música e é muito fenomenal, ou > > morrerá de fome senão fizer concertos live! > > Tu compras música clássica ? Olha que há coisas muito caras... Fala com > um melómano... Os melómanos gastam rios de fortunas em cabos revestidos a ouro. São uma minoria extrema que nem conta para a estatística. > Porque raio tem tudo de ser na base do Continente, ou do > LIDL ? Segmentação de mercado é um conceito que existe e faz sentido. > Mas claro que fazem também concertos e muitas outras coisas. Se eu quero > juntar uma orquestra de topo, com maestro de topo, vou ter de lhes pagar > bem. Ora se vou vender essa produção a um acervo limitado de ouvintes, > terei de ter um preço alvo elevado. Há mal nisso ? Pode ser pensar de > uma forma politicamente de direita, mas os músicos dessa orquestra vão > levar um valor por esse trabalho, e não se sentem responsáveis por 90% > da população portuguesa não ter meios para adquirir o produto. Deixam de > trabalhar ? Vai ver os preços da Naxos. São dos CDs mais baratos. A tua lógica consiste em ideias desfasadas da realidade. Em mitos do pequeno génio que vai ganhar rios de dinheiro excepto se não tiver "protecção". Get real! > > > Acho que é ilegal é que alguém duplique essa obra e a venda por 10 > > > euros, e penso que é uma falta de respeito que alguém a compre por esse > > > valor. Mal por mal, que se duplique sem lucrar com isso... > > > > A minha opinião é que a partilha não comercial nunca deveria ser > > perseguida. > > Essa afirmação pode muito facilmente ser mal interpretada. Não há qualquer má interpretação a fazer. É a minha opinião constitucionalmente protegida, e não estou a promover algum acto ilegal. Estou, isso sim, a dizer que a situação actual é errada e deve ser mudada. > > > Os combustiveis estão caríssimos. Se uma estação de serviço estivesse > > > com um funcionário cego, era legítimo encher o depósito e fugir sem > > > pagar, mesmo que o preço por litro seja um roubo e represente lucros > > > colossais para por exemplo uma Galp ou Estado ? O combate não deve ser > > > por outros meios. > > > > Analogia completamente errada. > > Uma vez mais, é a comparação de produtos de uma forma o mais elementar > possível. Produtos físicos com produtos intelectuais e apropriação > indevida da coisa. Mais elementar mas fundamentalmente errada por não terem nada em comum. Material !!!!==== Imaterial Todos os exemplos que tentas dar com matéria têm um problema em comum que no imaterial não existe: escassez de recursos. > > Eu tenho centenas de CDs neste momento, e o rácio de compras CD/ANO > > diminuiu fenomenalmente por ser-me cada vez mais difícil comprar um > > disco de algumas bandas que gosto, que infelizmente sucumbiram à > > corrupção de formatos. > > > > > Uma vez mais digo: o combate à "pirataria" benificia os movimentos Free > > > Software. > > > > Mas utilizar termos como "pirataria" serve o inimigo, por ajudar a > > difundir a mentalidade onde a cópia não autorizada se deveria enquadrar > > no mesmo esquema criminal (quanto mais não seja na percepção do cidadão > > comum) que o de um pirata (do ar, do mar, etc...). > > ok... então ajuda-me, como posso chamar "à coisa" (salvo seja) de uma > forma simples para que as pessoas percebam ? Diz simplesmente: cópia não autorizada cópia ilegítima Os termos são simples e claros. "pirataria" chama-se "controlo de massas", chama-se induzir nas massas a ideia de que o acto é equivalente a matar, pilhar, roubar, violar. Get real! > > > O último email com uns comentários sobre IVAs > > > > A redução do IVA é beneficial tendo em conta outras obras, mas não é um > > factor significativo, e lojas como a FNAC só aderem a isso por imagem. > > Eu vou reenviar para a lista o email que escrevi ao Carlos Patrão sobre > o IVA. Mas em resumo acho que a redução do IVA *só* vai benificiar que > já compra, porque assim consegue comprar mais barato. Já é bom, mas tem > pouco impacto. Quem não compra e só duplica (ou compra as tais patetices > mal duplicadas e com legendagem acéfala), ou compra cópias ilegais não > se interessa minimanente com reduções de 16%... Que raios... 22/1.21 = 18.18 18.18 * 18.18*1.05 = 19.08 19.08/22 +-= 14% Isto pode parecer muito, mas daqueles 18.18 quase metade é lucro da loja. Se reduzirem o lucro para metade nos CDs baixam mais do que o IVA, PERCEBES? O IVA mais baixo (embora fosse bom) não passa de uma manobra de marketing para te desviar da realidade do abuso dos preços. O preço dos CD's é alto não é por causa do IVA. > Quanto à loja... (suspiro)... estás a entrar no factor negócio. E por > exemplo uma FNAC pode dizer que tem de vender a esse preço para > conseguir ter as lojas que tem, e pagar aos funcionários, criar riqueza > para prevenir tempos difíceis,... Por aí não chegas lá. Eles nunca vão > ouvir alguém dizer: não tenha tanto lucro. Só se venderem menos, mas > mesmo eles estão a vender já ficheiros unitários de música. Continuo sem perceber porque é que defendes um modelo de ganhar dinheiro que está obsoleto. E se falássemos antes de tráfico de droga? Porque é que é ilegal? :) > Rui, preciso que me cries um exemplo para que possa explicar a pessoas > que conheço (são quase todas formadas) o caso da música e filmes. > Software é *fácil* de explicar. Se não querem comprar o MS-Office porque > é caro, não devem usar uma cópia ilegal. Devem usar o OpenOffice por > exemplo. Que tal sairem do mainstream? Já visitaste a editora Magna "we're a music label but we're not evil" Tune? http://www.magnatune.com/ E como esta há mais... > Em relação aos filmes, que exemplo dou ? Não há o Solaris Free (livre), > ou há ? Poça!!! Por acaso agora há o da Sun :D he he he... Mas estou a > falar do Solaris realizado pelo Tarkovsky ou pelo Soderbergh. Eu não > tenho cópia ilegal. Vi-o no cinema, e esperei para o ter a preço > acessível. Esperei... esperei... e comprei-o na FNAC a 8 euros. E fiquei > todo contente. E respeitei os autores. E até dei algum lucrozito à > FNAC :) Mas não o fui duplicar dizendo que a FNAC é bandida porque tem > muito lucro. Joguei pelas regras... fui paciente. Estou a fazer mal ? Foste paciente, mas tiveste muita sorte. Tenho de ver se encontro um estudo que demonstrava como na vasta maioria dos casos só compensa a exploração comercial nos primeiros anos de publicação da obra, pelo que frequentemente simplesmente se param de fazer cópias. A procura é tão pequena que o que se vende dá um lucro tão baixo que não compensa a cópia em massa para livrarias, cinemas, clubes de vídeo, etc. Assim sendo tu tiveste sorte, mas há milhares de filmes que nunca vão passar a DVD. E quando o leitor de cassetes VHS avariar e já não houver mais leitores? Estamos perante um grave problema de perenidade! Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060408/0c7d4ed6/attachment.pgp From cpatrao moredata.pt Sat Apr 8 11:55:13 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?UTF-8?B?Q2FybG9zIFBhdHLDo28=?=) Date: Sat Apr 8 11:51:35 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144425081.7085.34.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> Message-ID: <44379691.2060607@moredata.pt> pedro mg wrote: >Viva Jaime, > >discordo quse em absoluto :) >O teu argumento baseia-se na crítica à indústria fonográfica (para >situar neste caso), mas a minha argumentação vai sempre na defesa do >artista. Continuo com a visão do roubo. E roubo é roubo. Se é roubo de >objecto físico ou de bits de dados, não vejo grande diferença, daí que >use o exemplo do pão, roupa ou automóveis para exemplificar. Suponhamos >então que se elimina o agente/editora do circuíto e só fica o artista >que grava os cd's em casa e os coloca à venda via web e correio normal. >Neste caso o lesado seria unicamente o artista. Neste caso a duplicação >dos CD's do artista por uma pessoa em casa que os vai vender a metade do >preço (e vende às centenas) é vista com bons olhos ? O artista vive de >quê ? No caso do software pode criar serviços que gravitam à volta da >utilização do software, mas para um artista de música é difícel >convencer alguém a ir a casa afinar a aparelhagem :] > > > Para a grande maioria dos artistas musicais portugueses a venda de CDs é uma forma de se promoverem para angariarem contratos de actuação, a venda de CDs é o negócio das Editoras. As formas de promoção estão a mudar com a diminuição da venda de CDs, é inevitável, a evolução das tecnologias digitais e das comunicações vão fazer desaparecer certos negócios e fazer aparecer outros, vou dar um exemplo para se poder extrapolar para esta questão da diminuição das vendas dos CDs, antes de haver ponte em VFX (1951) existia um negócio fluorescente de travessias do Tejo em barcaças e de muitos pequenos e grandes negócios que giravam à sua volta, restaurantes, pensões, armazenagem, tabernas, etc, com a construção da ponte tudo isto entrou em profunda crise porque VFX passou a ser um local de passagem, já ninguém necessitava de parar por lá para atravessar o Tejo. Não se devia ter construído a ponte ? Eu acho que a ponte serviu para ligar o sul ao norte de Portugal, foi importante, seria impensável não a terem construído. Se os autores musicais querem viver dos direitos de autor, vão te que optar por outros meios de difusão que não os digitais, se calhar vão ter que regressar ao Vinil! É claro que estou a brincar :-), penso que a solução é apostarem na promoção através da Net, para chegarem mais longe e a um público mais vasto e as editoras vão ter que adaptar o seu negócio aos novos tempos e transformarem-se em promotores de artistas e obras musicais na Net, isto sem beliscar o direito que os autores têm de abdicarem ou não dos direitos de autor. Existem situações muito diversas na ?pirataria? de música e filmes, uma situação é não se permitir a venda deste material ?pirateado? em feiras, lojas, etc, parece-me razoável. O que não me parece razoável é que um adolescente/jovem em casa ouça umas musicas na Net, faça download das que gosta mais, eventualmente pague até uns cêntimos por elas e depois não possa gravar uns CDs, iPods, etc para partilhar com os amigos, é evidente que esta 2ª situação se calhar até está a provocar maiores quebras de receitas às Editoras que a 1ª, mas será legitimo criminalizá-la ? Não me parece! Nenhum estado tem a capacidade de processar milhões de pessoas simultâneamente, será justo punir exemplarmente uns, para se dizer que é proibido fazer downloads de música e filmes da Net e deixar todos os outros milhões continuarem a fazer downloads ? Penso sinceramente que não! Lanço uma ideia que poderia revolucionar tudo isto, desenvolver um formato para conteúdos protegidos por direitos de autor que identifica-se inequivocamente o autor, ao fazermos o seu download, estamos a pagar um serviço às Telecoms, não seria justo uma % desse dinheiro ser entregue de uma forma automática ao autor ? Abs. From cpatrao moredata.pt Sat Apr 8 13:13:04 2006 From: cpatrao moredata.pt (=?UTF-8?B?Q2FybG9zIFBhdHLDo28=?=) Date: Sat Apr 8 13:09:22 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144452500.20927.49.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <4436E27D.80100@m16e.com> <1144452500.20927.49.camel@localhost> Message-ID: <4437A8D0.9050701@moredata.pt> pedro mg wrote: >Viva Carlos, eu concordo. Admito que quando escrevo estou a pensar >exclusivamente em artistas que produzem com qualidade (então, artistas >de arte). É mesmo nos Miles Davies que penso. E custa-me aceitar ver a >técnica que ele tem a ser explorada por alguém que mete 5 composições e >interpretações dele num disco duro e o abre a toda a gente interessada >sem lhe perguntar se pode ou não fazê-lo. > Olá. Seria difícil perguntar ao Miles Davis, ele já morreu, mas tenho a certeza que o Miles (onde quer que ele esteja) ficaria muito feliz se as pessoas fizessem isso, acima de tudo o que lhe interessava era a sua obra chegar o mais longe possível, ele poderia ter tido todo o dinheiro do mundo e deitou tudo isso fora em nome da sua independência artística e de valores totalmente antagónicos ao materialismo vigente na sua e na nossa época. Os músicos de Jazz da geração do MD foram brutalmente explorados pelas editoras discográficas, o Charlie Parker, o músico mais genial da sua geração (onde poderia ter chegado se não morresse prematuramente aos 35 anos), precursor do jazz moderno, pós swing, vulgo bebop e de tudo o que dai veio, nunca recebeu um cêntimo de direitos de autor e nessa altura não havia Net nem discos duros. O Jazz é um caso muito especial, porque tudo gira à volta das actuações ao vivo, não há "verdadeiro" Jazz sem fumo, copos, barulho, gente a rir, enfim a ambiência de um clube nocturno. O Jazz vive sem qualquer problema, apesar dos direitos de autor, do ponto de vista da cultura Jazzistica quanto mais cópias (legais ou não) circularem por todo o mundo tanto melhor :-) O problema dos direitos de autor na música é mais da chamada música Pop/Rock, a música da grande industria e dos enlatados culturais, não se invoque o nome do Miles para defender os interesses mesmo que legítimos desta industria e das suas pop stars, chega a ser um pouco herético, que o Miles te perdoe :-) PS: Os músicos de Jazz revolucionaram a música, foram os primeiros a não se importarem que os seus temas fossem interpretados por outros sem receberem por isso, libertaram a música, conquistaram o direito de poderem re-inventar a música dos outros como se fosse sua. Os famosos standards de Jazz, não são mais do que músicas do chamado cancioneiro americano, a maioria de musicais da Broadway, do qual já ninguém se lembraria se não tivessem sido imortalizados pelos génios do Jazz. Uma lição a ter em conta, em toda esta questão dos direitos de autor versus difusão da cultura. Abs. From chbm chbm.net Sun Apr 9 00:56:33 2006 From: chbm chbm.net (Carlos Morgado) Date: Sun Apr 9 01:28:41 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44351482.2010306@theseamans.net> (from graham@theseamans.net on Thu Apr 6 14:15:46 2006) References: <44351482.2010306@theseamans.net> Message-ID: <1144540593l.2900l.0l@sal.intra.chbm.net> Voltando on-topic à pergunta inicial. Normalmente a melhor maneira de contradizer estes números publicados (em alguns países ilegalmente dado que contrariam os número publicados oficialmente aos accionistas) é ir ver os folhetos de relatório de contas publicados pelas empresas. Por exemplo, Vivendi Universal 2005: "2005 Adjusted net income1: up 55% to ?2,078 million." "Universal Music Group - Universal Music Group?s earnings from operations increased to ?480 million, up 18.8% on a comparable basis4 and at constant currency. This increase reflects higher sales volumes, continued cost savings efforts and lower restructuring charges in 2005." Ou seja, os resultados operacionais da Universal aumentaram quase 19% em parte por causa de aumento de volume de vendas. Do relatório da RIAA de 2005 "Overall album shipments, when including both physical and digital albums (albums plus individual full-length tracks divided by 10), were 794.7 million in 2005, a 3.9 percent decline from 2004 (note: albums include all full-length formats including video)." Baixa de 4% no total de vendas de todos os membros. Não me parece assim tão mau considerando a crise. Mais intessante ainda, "Sales of digital singles grew by 163 percent (as did the retail value) ? from 139.4 million units in 2004 to 366.9 million units in 2005. Full-length digital album shipments grew 198.5 percent, from 4.6 million units to 13.6 million." Eu diria que o negócio dos discos vai de vento em popa. Até porque "The overall approximate retail value of the industry, when combining shipments of physical products to various outlets with the estimated value of various digital revenue streams, was $12.27 billion in 2005, compared to $12.34 billion in 2004" On Thu, 06 Apr 2006 14:15, Graham Seaman wrote: > Ola, desculpem se estou um boucado off-topic (e tambem pela falta de > qualidade do meu portugues...) > > Uma organizacao pelos direitos digitais inglesa > (fc-uk-discuss@lists.okfn.org) esta a preparar uma resposta a um artigo no > Guardian, que entre outras coisas diz: > > "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, has > been one of the countries most affected by illegal file-sharing. John > Kennedy, the chairman of the International Federation of the Phonographic > Industry (IFPI), which represents the record industry globally, warned that > Portugal's music industry could disappear altogether without stringent > anti-piracy measures." > > Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > contradizer isso? > Alguma referencia a fonte original destes numeros? > > Obrigadinho > > Graham > > > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral -- Carlos Morgado - chbm(a)ma.ssive.net - http://chbm.net/0x1FC57F0A FP:0A27 35D3 C448 3641 0573 6876 2A37 4BB2 1FC5 7F0A From rms 1407.org Sun Apr 9 01:30:42 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Sun Apr 9 01:30:23 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <44379691.2060607@moredata.pt> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <44379691.2060607@moredata.pt> Message-ID: <1144542642.17616.8.camel@localhost.localdomain> On Sat, 2006-04-08 at 11:55 +0100, Carlos Patrão wrote: > Lanço uma ideia que poderia revolucionar tudo isto, desenvolver um > formato para conteúdos protegidos por direitos de autor que > identifica-se inequivocamente o autor, ao fazermos o seu download, > estamos a pagar um serviço às Telecoms, não seria justo uma % desse > dinheiro ser entregue de uma forma automática ao autor ? Acho que esta ideia roça perigosamente numa das aliciantes do DRM (tal como o "bem estar" das drogas pesadas é aliciante). Uma solução que já ouvi falar, relativamente parecida, é uma % do custo do acesso à Internet ser dirigida às colectoras de direitos, que deveriam distribuir esse dinheiro consoante certos critérios. Os problemas residem na escolha dos critérios (a popularidade de uma banda on-line pode ser diferente da popularidade medida pela venda de CDs) e na dúvida do "onde termina" a "compensação". É que cada vez mais cedemos novos meios de "compensação" às editoras, e continuam a pedir processos exemplares aos cidadãos como meios de dissuasão da cópia. Eu por mim acho isso hipócrita, mas qual seria o cenário se perseguissem todo e qualquer cidadão que faça uma cópia? Acham _mesmo_ que os estados permitiriam isso? O Direito de Autor terminaria "no dia seguinte" a uma iniciativa dessas, pelo que fazê-lo é contraproducente. Como resultado: processos hipócritas a algumas excepções para tentar dissuadir o que a população online "virtualmente toda" faz... O que os estados deviam era parar para pensar, em vez de defender um modelo de negócio obsoleto (o das editoras). Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060409/b4b1fb69/attachment.pgp From goncalo.valverde gmail.com Mon Apr 10 11:21:18 2006 From: goncalo.valverde gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Gon=E7alo_Valverde?=) Date: Mon Apr 10 11:45:11 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144465758.5664.29.camel@localhost> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144339086.8066.22.camel@localhost.localdomain> <44356B3C.7080608@theseamans.net> <1144354900.12929.22.camel@localhost> <1144398613.17176.51.camel@localhost.localdomain> <1144425081.7085.34.camel@localhost> <1144442060.9840.18.camel@localhost.localdomain> <1144465758.5664.29.camel@localhost> Message-ID: <422f747b0604100321l62705371p6fcabe647fe505bc@mail.gmail.com> Acho que existem aqui dois niveis de discussão que importa ter em conta e não confundir. A primeira é o caso de quem se apropria de uma obra alheia e a vende como se fosse sua, ou obtem lucro de alguma maneira. O segundo caso é alguém que não o autor desfrutar de uma obra musical/cinematográfica/etc sem pagar por ela e partilhar a mesma com outrem. Se o primeiro caso penso que todos estaremos de acordo que não é correcto e deve ser punido (e tal pode e deve ser correctamente apelidado de pirataria) já o segundo caso não é tão liquido pois entramos por conceitos como qual é o objectivo de um artista. Em última análise, parece-me relativamente obvio que alguém enquanto artista tem como objectivo que o seu trabalho seja conhecido e desfrutado pelo maior número de pessoas. Ou seja, éticamente não existirá nada de condenável em partilhar a obra de um artista com outras pessoas a menos que o artista tenha feito a obra explicitamente para uma pessoa (i.e. se por exemplo fez um poema de amor dedicado a alguém, obviamente que não irá achar piada que o mesmo seja distribuido por meio mundo). No meu entender, o problema surge com a mercantilização da cultura, e o facto de se encarar um objecto de arte como uma mercadoria sobre a qual se deve e pode extrair o maior lucro possível. Isto em nada está relacionado com o facto de um artista ter o direito de ser pago pelo seu trabalho, algo que não me parece que ninguém no seu juizo perfeito esteja contra. As pessoas necessitam de comer, dispenderam dinheiro na produção das obras de arte, etc. O Pedro diz que não vê nenhum problema que um artista pegue na obra que desenvolveu e cobre um valor X que até pode ser 10 vezes superior ao custo de produção. Mas aqui estaremos a falar de arte? E deverá ser o motivador para a produção de uma obra de arte o lucro? No modelo social actual, a resposta será relativamente obvia, mas isto será a forma correcta de encarar a questão? Do meu ponto de vista, a resposta é claramente não. A mercantilização da cultura embora possa ter potencializado a sua massificação (e o facto da cultura estar mais acessivel a todos é algo de positivo no meu entender) por outro lado levanta problemas associados que estão a ser claramente ignorados em todo este debate. E claramente que a questão do P2P vem colocar a nú estes problemas, pois demonstra que é possível criar um sistema de distribuição cooperativo que em última análise realiza muito mais o objectivo de um artista que o sistema anterior. O problema é que neste sistema quem vive à custa do trabalho alheio (ou seja as grandes editoras) vê o seu lugar no sistema colocado em causa. Tendo em conta que um artista por norma recebe uns miseros 6 a 10% do fruto da sua criação e, tendo em conta que alguém ao distribuir música gratuitamente não só não está a obter receita com isso, como está inclusivé a dispender recursos seus para tal, coloca-se a questão de quem é que são os verdadeiros piratas. E se é verdade que existe muitos músicos que estão contra o P2P, também não deixa de ser verdade que existe quem o apoia o mesmo (veja-se por exemplo o caso do Downhill Battle) Claro que podemos sempre tentar arrumar o assunto dizendo que este é o modelo social que temos e que não existe nada a fazer.. Mas se a história demonstra é que nada é imutável, e estamos muito longe de ter chegado ao fim da história (ao contrário do que o outro senhor pensava). From graham theseamans.net Sun Apr 9 21:16:32 2006 From: graham theseamans.net (graham) Date: Mon Apr 10 14:50:28 2006 Subject: [ANSOL-geral] CDs, copying, etc In-Reply-To: <1144540593l.2900l.0l@sal.intra.chbm.net> References: <44351482.2010306@theseamans.net> <1144540593l.2900l.0l@sal.intra.chbm.net> Message-ID: <1144613792.31080.16.camel@localhost.localdomain> Ola Carlos On Sun, 2006-04-09 at 00:56 +0100, Carlos Morgado wrote: > > Voltando on-topic à pergunta inicial. Normalmente a melhor maneira de > contradizer estes números publicados (em alguns países ilegalmente dado que > contrariam os número publicados oficialmente aos accionistas) é ir ver os > folhetos de relatório de contas publicados pelas empresas. Pois, mas estas cifras sao mundiais, nao e'? Enquanto a pergunta original era acerca da campanha que eles estao a fazer actualmente nomeadamente contra Portugal como o pais 'mais pirata' d'Europa. Por acaso, ja fizemos a resposta a historia original sem referencia a seccao que criticava Portugal (http://www.freeculture.org.uk/guardianLetter ). Mas penso que talvez devia escrever uma carta separada ao jornal (The Guardian) falando nisso. Abracos Graham > Por exemplo, > Vivendi Universal 2005: > "2005 Adjusted net income1: up 55% to ?2,078 million." > "Universal Music Group - Universal Music Group?s earnings from operations > increased to ?480 million, up 18.8% on a comparable basis4 and at constant > currency. This increase reflects higher sales volumes, continued cost savings > efforts and lower restructuring charges in 2005." > > Ou seja, os resultados operacionais da Universal aumentaram quase 19% em > parte por causa de aumento de volume de vendas. > > Do relatório da RIAA de 2005 > "Overall album shipments, when including both physical and digital albums > (albums plus individual full-length tracks divided by 10), were 794.7 million > in 2005, a 3.9 percent decline from 2004 (note: albums include all > full-length formats including video)." > > Baixa de 4% no total de vendas de todos os membros. Não me parece assim tão > mau considerando a crise. Mais intessante ainda, > "Sales of digital singles grew by 163 percent (as did the retail value) ? > from 139.4 million units in 2004 to 366.9 million units in 2005. Full-length > digital album shipments grew 198.5 percent, from 4.6 million units to 13.6 > million." > > Eu diria que o negócio dos discos vai de vento em popa. Até porque > "The overall approximate retail value of the industry, when combining > shipments of physical products to various outlets with the estimated value of > various digital revenue streams, was $12.27 billion in 2005, compared to > $12.34 billion in 2004" > > > On Thu, 06 Apr 2006 14:15, Graham Seaman wrote: > > Ola, desculpem se estou um boucado off-topic (e tambem pela falta de > > qualidade do meu portugues...) > > > > Uma organizacao pelos direitos digitais inglesa > > (fc-uk-discuss@lists.okfn.org) esta a preparar uma resposta a um artigo no > > Guardian, que entre outras coisas diz: > > > > "Portugal, where CD sales have fallen by 40% over the last four years, has > > been one of the countries most affected by illegal file-sharing. John > > Kennedy, the chairman of the International Federation of the Phonographic > > Industry (IFPI), which represents the record industry globally, warned that > > Portugal's music industry could disappear altogether without stringent > > anti-piracy measures." > > > > Alguem aqui tem alguma informacao factual que poderiamos usar para > > contradizer isso? > > Alguma referencia a fonte original destes numeros? > > > > Obrigadinho > > > > Graham > > > > > > _______________________________________________ > > Ansol-geral mailing list > > Ansol-geral@listas.ansol.org > > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral > _______________________________________________ > Ansol-geral mailing list > Ansol-geral@listas.ansol.org > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral From villate gnu.org Tue Apr 11 15:06:20 2006 From: villate gnu.org (Jaime E. Villate) Date: Tue Apr 11 15:06:02 2006 Subject: [ANSOL-geral] =?iso-8859-1?q?Excel=EAncia?= E-Learning UPorto premeia plataforma em Software Livre Message-ID: <1144764380.10951.13.camel@localhost.localdomain> http://fisica.fe.up.pt/pub/press/premio.html boa Pascoa, Jaime From rms 1407.org Thu Apr 13 10:25:03 2006 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Thu Apr 13 10:57:31 2006 Subject: [ANSOL-geral] proposta legislativa que necessita de =?iso-8859-1?q?an=E1lise=2E?= =?iso-8859-1?q?=2E=2E?= Message-ID: <1144920303.5973.17.camel@localhost.localdomain> http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1253820 Segundo fonte do Governo, a proposta prevê um aumento da responsabilidade penal de pessoas colectivas (empresas, associações, fundações) por violação das regras de segurança, tráfico de pessoas, escravidão, crimes sexuais contra menores, pornografia, lenocínio, dolo informático e nas comunicações e crimes contra o ambiente. E eis que, sob a protecção de temas tão polémicos e graves como a violência doméstica e os incêndios, surgem assim "disfarçadas" alterações no *dolo informático e nas comunicações* Alguém sabe que alterações estão a ser propostas? Rui -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060413/208c9918/attachment.pgp From pangelo dcc.online.pt Tue Apr 18 00:38:15 2006 From: pangelo dcc.online.pt (Pedro Angelo) Date: Tue Apr 18 01:13:05 2006 Subject: [ANSOL-geral] Conversa sobre Software Livre no festival Copyriot: Gente Sem Patentes Message-ID: <1145317096.9083.18.camel@localhost.localdomain> Olá a todos, Vai decorrer no Porto no próximo dia 23 pelas 15h no Espaço Casa Viva 167 (na Praça do Marquês, nº 167), uma conversa sobre Software Livre no âmbito do festival Copyriot: Gente Sem Patentes (http://copyriot.azine.org). Apenas recentemente tomei conhecimento deste evento, e como não ainda não tinha lido nada sobre o mesmo nesta mailing list nem nenhuma indicação da participação da ANSOL, gostaria de vos convidar a todos a aparecer por lá e dar o vosso contributo para o debate. Um abraço, Pedro Ângelo pangelo@dcc.online.pt -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 189 bytes Descr: This is a digitally signed message part Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060418/e79dd943/attachment.pgp From joao.neves ansol.org Wed Apr 19 16:38:21 2006 From: joao.neves ansol.org (=?ISO-8859-1?Q?Jo=E3o?= Miguel Neves) Date: Wed Apr 19 16:58:26 2006 Subject: [ANSOL-geral] Novo site da ANSOL Message-ID: <1145461102.19392.13.camel@localhost.localdomain> Boa tarde, Temos um novo site. O mais importante deste site é que qualquer pessoa pode propôr conteúdos ou eventos, basta registar-se no site e adicionar à sua pasta os conteúdos ou eventos. Nem sequer é preciso saber HTML. Os webmasters aprovarão a seguir. Esperamos com isto conseguir duas coisas: 1) Um site que se mexa e não fique séculos à espera de ser actualizado. 2) Uma maior participação na parte mais visível da ANSOL, o seu site. Finalmente, acabámos de lançar a lista de empresas de serviços de software livre em http://ansol.org/servicos . As intruções para inscrições estão lá. Espero, nos próximos dias, anunciá-la à imprensa. Com estas mudanças, o wiki também passou a ter endereço próprio: http://wiki.ansol.org/ - os endereços anteriores ainda são válidos e redireccionam directamente para o novo servidor. Para a malta mais técnica: estamos a usar Plone/ZOPE com Apache como frontend, num vserver fornecido pela Netureza (que tem oferecido o hosting desde o início da ANSOL). O editor visual especial de corrida é o Kupu. O directório de serviços foi implementado utilizando Archetypes. A página principal e a lista de empresas estão a usar CMFContentPanels. O wiki mantém-se o moin. Os meus agradecimentos à equipa que tornou isto possível: Ruben Mendes: Administração de Sistemas, configuração da rede e vserver. José Esteves: Instalação de ZOPE/Plone, parametrização do site e apoio a tudo o resto. Rui Seabra: Migração do conteúdo (ferramentas preferidas: Firefox e Kupu). Depois houve o idiota que (finalmente) acabou a lista de serviços (eu próprio) prometida há mais de dois anos. Façam o favor de usar. -- Cumprimentos, João Miguel Neves -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 189 bytes Descr: Esta =?ISO-8859-1?Q?é? assinada digitalmente Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-geral/attachments/20060419/516a1578/attachment.pgp From carlos m16e.com Wed Apr 19 20:40:57 2006 From: carlos m16e.com (Carlos Correia) Date: Wed Apr 19 20:40:22 2006 Subject: [ANSOL-geral] Evaristo 2.3 com wizard de =?utf-8?b?aW5zdGFsYcOnw6NvIHBhcmEgV2lu?= =?utf-8?q?dows?= Message-ID: <44469249.60600@m16e.com> -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE----- Hash: SHA1 - -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE----- Hash: SHA1 Viva, Estarão disponíveis dentro de horas no nosso site os novos tar.gz para *Linux* e o wizard de instalação automática para *Windows*. Entre as novas funcionalidades destacamos um configurador da aplicação, o novo conjunto de ícones, o suporte à retenção na fonte e controle dos meios de pagamento nos recibos. Esta nova versão introduz um novo wizard de instalação fácil para sistemas Windows (XP e 2000, com sistema de ficheiros NTFS). Das funcionalidades que foram introduzidas nesta nova release, feita a pensar nas Micro Empresas e Empresários em Nome Individual, destacamos o configurador da aplicação, a possibilidade de efectuar a retenção na fonte, o novo conjunto de ícones () baseados no tema Flat do OpenClipart. No sentido de alargar a sua base de utilizadores e facilitar a sua instalação por pessoas com menos conhecimentos técnicos, a versão 2.3 conta também com um Instalador para Windows que inclui, além do Evaristo, o Sistema Gestor de Base de Dados PostgreSQL 8.1 pré-configurado para trabalhar com a aplicação. O Evaristo 2.3 estará, a partir de agora, disponível em três versões: * Normal: disponível para download a partir do nosso site -- sem qualquer tipo de suporte. * Básico: distribuído em CD que, além do Software adicional distribuído com o CD (Firefox, Thunderbird, OpenOffice), é também incluído suporte para a sua instalação e utilização (2 horas de assistência telefónica e 3 meses via e-mail). * Profissional: mediante contrato, inclui garantia de funcionamento do software. Cumprimentos, Carlos Correia - - - -- MEMÓRIA PERSISTENTE, Lda. Tel.: 219 291 591 - GSM: 967 511 762 e-mail: geral@m16e.com - URL: http://www.m16e.com Jabber: m16e@amessage.de - MSN: m16e@hotmail.com - ICQ: 257488263 GnuPG: wwwkeys.eu.pgp.net - -----BEGIN PGP SIGNATURE----- Version: GnuPG v1.4.2.2 (GNU/Linux) Comment: Using GnuPG with Thunderbird - http://enigmail.mozdev.org iD8DBQFERozK90uzwjA1SJURAk+BAKDUfAfkwU6OKKdepUwBZBm8XrjvEACdEn89 P3M4k59wF37s5Vi+lZEwiVs= =72tn - -----END PGP SIGNATURE----- -----BEGIN PGP SIGNATURE----- Version: GnuPG v1.4.2.2 (GNU/Linux) Comment: Using GnuPG with Thunderbird - http://enigmail.mozdev.org iD8DBQFERpJJ90uzwjA1SJURAmD+AKCZNp5BmEU4fu2LPLEBva4vZZcG/gCgzF6W pIfO7gvq7jyMgTwkgAf/O+E= =m8Nm -----END PGP SIGNATURE----- From aife netvisao.pt Wed Apr 19 21:59:32 2006 From: aife netvisao.pt (=?iso-8859-15?q?Andr=E9_Isidoro_Fernandes_Esteves?=) Date: Wed Apr 19 21:58:30 2006 Subject: [ANSOL-geral] Evaristo 2.3 com wizard de =?iso-8859-15?q?instala=E7=E3o_para?= Windows In-Reply-To: <44469249.60600@m16e.com> References: <44469249.60600@m16e.com> Message-ID: <200604192159.32953.aife@netvisao.pt> Carlos, O Paulo Querido (Jornalista do Expresso na àrea da Informática e um dos fundadores da weblog )está a experimentar o Ubuntu e anda á procura de um programa de facturação. Já lhe indicaram o teu programa, mas creio que se lhe deres uma «ajudinha» podes conquistar publicidade grátis... http://pauloquerido.net/2006/04/sem_saudades/ O contacto: correio@pauloquerido.com Um abraço, André Esteves Em Quarta 19 Abril 2006 20:40, o Carlos Correia escreveu: > -----BEGIN PGP SIGNED MESSAGE----- > Hash: SHA1 > > Viva, > > Estarão disponíveis dentro de horas no nosso site os novos tar.gz para > *Linux* e o wizard de instalação automática para *Windows*. Entre as > novas funcionalidades destacamos um configurador da aplicação, o novo > conjunto de ícones, o suporte à retenção na fonte e controle dos meios > de pagamento nos recibos. > > Esta nova versão introduz um novo wizard de instalação fácil para > sistemas Windows (XP e 2000, com sistema de ficheiros NTFS). > > Das funcionalidades que foram introduzidas nesta nova release, feita a > pensar nas Micro Empresas e Empresários em Nome Individual, destacamos o > configurador da aplicação, a possibilidade de efectuar a retenção na > fonte, o novo conjunto de ícones > () > baseados no tema Flat do OpenClipart. > > No sentido de alargar a sua base de utilizadores e facilitar a sua > instalação por pessoas com menos conhecimentos técnicos, a versão 2.3 > conta também com um Instalador para Windows que inclui, além do > Evaristo, o Sistema Gestor de Base de Dados PostgreSQL 8.1 > pré-configurado para trabalhar com a aplicação. > > O Evaristo 2.3 estará, a partir de agora, disponível em três versões: > > * Normal: disponível para download a partir do nosso site -- sem > qualquer tipo de suporte. > * Básico: distribuído em CD que, além do Software adicional distribuído > com o CD (Firefox, Thunderbird, OpenOffice), é também incluído suporte > para a sua instalação e utilização (2 horas de assistência telefónica e > 3 meses via e-mail). > * Profissional: mediante contrato, inclui garantia de funcionamento do > software. > > Cumprimentos, > > Carlos Correia > - - -- > MEMÓRIA PERSISTENTE, Lda. > Tel.: 219 291 591 - GSM: 967 511 762 > e-mail: geral@m16e.com - URL: http://www.m16e.com > Jabber: m16e@amessage.de - MSN: m16e@hotmail.com - ICQ: 257488263 > GnuPG: wwwkeys.eu.pgp.net > > > -----BEGIN PGP SIGNATURE----- > Version: GnuPG v1.4.2.2 (GNU/Linux) > Comment: Using GnuPG with Thunderbird - http://enigmail.mozdev.org > > iD8DBQFERozK90uzwjA1SJURAk+BAKDUfAfkwU6OKKdepUwBZBm8XrjvEACdEn89 > P3M4k59wF37s5Vi+lZEwiVs= > =72tn > -----END PGP SIGNATURE----- -- --------------------------------------------------------------------- _ .-. / \ _ ^^ / \ /^./\__ _/ \ _ .--'\/\_ \__/. \ / \ ^^ ___ / \_ _/ ^ \/ __ :' /\/\ /\ __/ \ / \ / .' _/ / \ ^ / \/ \/ .`'\_/\ /\/\ /\/ :' __ ^/ ^/ `--./.' ^ `-.\ _ _:\ _ / \/ \ _/ \-' __/.' ^ _ \_ .'\ _/ \ . __/ \ /\ .- `. \/ \ / -. _/ \ -. `_/ \ / `._/ ^ \ / `-.__ ^ / .-'.--' . / `--./ .-' `-. `-. `. - `. @/ `. / / `-. / .-' / . .' \ \ \ .- \% @(88%@)@%% @)&@&(88&@.-_=_-=_-=_-=_-=_.8@% &@&&8(8%@%8)(8@%8 8%@)% @88:::&(&8&&8::JGS:&`.~-_~~-~~_~-~_~-~~=.'@(&%::::%@8&8)::&#@8:::: `::::::8%@@%:::::@%&8:`.=~~-.~~-.~~=..~'8::::::::&@8:::::&8::::::' `::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::' Relaxe! Respire o ar fresco e puro... Não precisamos de ir á montanha quando a montanha está em nós. --------------------------------------------------------------------- André Isidoro Fernandes Esteves aife(em)nocturno.org webpage: http://www.nocturno.org/aife blog: http://www.nocturno.org/aife/blog --------------------------------------------------------------------- From prannock gmail.com Wed Apr 26 22:06:38 2006 From: prannock gmail.com (Sergio Santos) Date: Wed Apr 26 22:30:00 2006 Subject: [ANSOL-geral] IRC Message-ID: <444FE0DE.2010007@gmail.com> Gostaria de saber se existe algum canal de IRC português, relativo a software livre, ou se a própria ANSOL suportal algum canal de IRC. Eu costumo usar bastante esse meio de comunicação e penso que é ideal para discutir assuntos pontuais, não muito extensos, com uma certa rapidez. From lopo.almeida sitaar.com Thu Apr 27 12:32:38 2006 From: lopo.almeida sitaar.com (Lopo de Almeida) Date: Thu Apr 27 12:31:18 2006 Subject: [ANSOL-geral] IRC In-Reply-To: References: Message-ID: <200604271232.38533.lopo.almeida@sitaar.com> http://www.google.pt/search?q=irc%2Bansol&ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-PT&btnG=Pesquisa+Google&meta=cr%3DcountryPT&num=20&sourceid=mozilla-search irc.ansol.org - canal: #ansol 1[] Lopo Em Quinta, 26 de Abril de 2006 22:06:38, o Sergio Santos escreveu: | | Gostaria de saber se existe algum canal de IRC português, relativo a | software livre, ou se a própria ANSOL suportal algum canal de IRC. Eu | costumo usar bastante esse meio de comunicação e penso que é ideal para | discutir assuntos pontuais, não muito extensos, com uma certa rapidez.