[ANSOL-geral]Exclusão da Minho Campus Party pelo Porto Cidade Tecnológica

António José Coutinho ajc arroba eurotux.com
Mon Nov 25 10:20:01 2002


> -----Forwarded Message-----
>
> From: Jaime E . Villate <villate arroba gnu.org>
> To: Ricardo Manuel Oliveira <rmo arroba eurotux.com>
> Cc: direccao arroba ansol.org
> Subject: Re: [Direccao]Porto Cidade Tecnológica 2002
> Date: 22 Nov 2002 16:22:18 +0000
>
> On Fri, Nov 22, 2002 at 12:10:21PM +0000, Ricardo Manuel Oliveira wrote=
:
> >  Gostaria de saber se ainda há disponibilidade para um stand no eve=
nto
> > "Porto Cidade Tecnológica 2002"; neste caso, seria destinado à Eu=
rotux e
> > ao Minho Campus Party.
>
> Sim, podemos disponibilizar um stand sempre que seja usado unicamente p=
ara
> divulgar software livre e não software proprietário (segundo perceb=
í a
> Minha Campus Party não está limitada ao software livre).
>
> Cumprimentos,
> Jaime Villate

Bom dia,
Este e-mail destina-se, a um nível pessoal, a mostrar o maior desagrado pela 
forma como o presidente da ANSOL respondeu a um pedido de stand na Porto 
Cidade Tecnológia a uma representação da Minho Campus Party.

Essa resposta, que reproduzo acima, peca por elementar falta de bom-senso e de 
boa educação. 

Falta de bom senso porque sendo evidente a MCP não uma empresa que vende ou 
promove software de qualquer espécie, mas sim uma festa em que os 
participantes levam os seus próprios computadores e usam os programas que 
querem, não faz sentido levantar essa questão, até porque a MCP não "divulga 
software". Aliás, se o conceito de "persona non-grata" para o Porto Cidade 
Tecnológica é "não se limitar ao software livre", duas das próprias entidades 
promotoras - FEUP e Câmara do Porto, deviam ser excluidas pois creio que 
ainda usam software proprietário. Do mesmo modo nenhum dos patrocinadores 
passaria esse teste. Também é bem conhecido que a MCP sempre deu grande
visibilidade ao software livre, tendo sempre uma área dedicada ao Linux.

Falta elementar de boa educação, porque a ANSOL foi convidada para falar, 
ter um stand e participar como entendesse na Minho Campus Party, convite esse 
que só aproveitou parcialmente, enviando apenas uma pessoa para fazer uma 
palestra. No entanto, e considerado esse antecendente, esperar-se-ia um 
tratamento recíproco um pouco mais cuidado, mesmo que houvesse motivos reais 
para negar o pedido.

Para pessoas com maior sensibilidade  para ideias conspiratórias, este 
incidente poderia concerteza ter outras interpretações, envolvendo os 
promotores dos dois eventos,  desde rivalidade regional, envolvendo a Camâra 
do Porto e as suas congéneres de Braga e Guimarães e a Associção Industrial 
do Minho, ou rivalidade académica com a FEUP a afastar a Universidade do 
Minho. 

No entanto, a minha interpretação resume-se ao que já disse: falta de bom 
senso e de boa educação.

É que pôr à frente de organizações importantes pessoas que tenham falta de uma 
dessas características é já de si perigoso, mas quando faltam as duas  os 
resultados podem facilmente ser desastrosos.

Melhores cumprimentos

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António José Coutinho
Administrador da Eurotux, SA
Membro da Organização da Minho Campus Party