[ANSOL-geral]Re: [Direccao]Sugestao para o CD no Porto2002
Jose' Sebrosa
sebrosa arroba artenumerica.com
Fri Nov 8 19:05:02 2002
On Fri, 2002-11-08 at 15:55, Luciano Miguel Ferreira Rocha wrote:
> On Fri, Nov 08, 2002 at 03:13:36AM +0000, Jose' Sebrosa wrote:
> > Por outro lado, "ser gratis" e' *mesmo* uma das coisas que faz o
> > software livre existente ser popular (apesar de nao ser nenhuma das
> > caracteristicas enumeradas nas quatro liberdades), e eu acho que a ANSO=
L
> > deve ser coerente com o nome que escolheu e assumir sem complexos as
> > varias virtudes do software livre. Ou seja, o receio da tal "etiqueta"
> > justifica-se por temermos que as pessoas pensem que "ser gratis" e' a
> > *unica* coisa que nos interessa, mas nao se justifica de forma absoluta=
,
> > pois ela e' de facto *uma das varias* etiquetas que nos devemos orgulha=
r
> > de ostentar.
>
> Ser grátis não é exclusivo do software livre. Software proprietár=
io
> gratuito e software proprietário caro oferecido como chuva e software
> proprietário adquirido ilegalmente têm essa qualidade.
[expressao-chave: nao e' exclusivo]
Nenhuma das caracteristicas do software livre, tomada individualmente,
e' exclusiva do software livre. Suponho que nao vamos usar este
argumento para omitir *todas* as caracteristicas do software livre das
nossas comunicacoes...
Ser gratis e' uma caracteristica de muita coisa, a comecar pelas
amostras de champoo que metem no correio. E e' uma caracteristica que
agradas 'as pessoas. E' por isso que devemos falar dela nos locais
apropriados.
> > Finalmente, o povo ja' disse o que havia a dizer sobre o assunto:
> >
> > "O cigano albarda o burro ao gosto do fregues"
> >
> > Ou seja, em cada situacao a ANSOL deve realcar a "etiqueta" que mais se
> > apropria 'a audiencia visada. Felizmente o software livre tem muitas
> > etiquetas boas e permite-nos construir mensagens cativantes para
> > diversas audiencias! Por exemplo, eu referi ha' tempos que quando a
> > audiencia e' uma empresa, ou a Administracao Publica, ou uma
> > Universidade, abordar a questao dizendo que o software e' de borla e' u=
m
> > disparate. Mas quando estamos a distribuir um CD de goodies para
> > Windows, ja' nao e'! A cada fregues sua albarda...
>
> O problema, quanto a mim, é que o software livre não é necessariame=
nte de
> borla. Há bastantes que não o são. A minha oposição será talv=
ez a de
> estarmos a fazer propaganda enganadora. Além de propagar a opinião qu=
e os
> programadores de software livre vivem do ar e não precisam de contribut=
os.
[expressao-chave: nao e' necessariamente]
Talvez nao tenhas entendido o contexto: Eu nao me estou a referir 'as
caracteristicas do software livre como conceito abstracto, mas 'as
caracteristicas de algum software livre ***concreto*** que esta' a ser
***concretamente*** oferecido num CD ***concreto***.
Concordo inteiramente que nao se deve fazer publicidade enganosa.
Portanto a frase publicitaria deve ser construida com o cuidado de nao
dar a entender que aquele software e' o mesmo que se vende nas lojas.
Mas deve, definitivamente, dizer que ele e' gratuito.
> Outra coisa, os cds normalmente distribuídos em exposições ou event=
os são
> já por si gratuitos. Não vejo razão de andar a gritar isso ou
> explicitá-lo.
A razao e' simples: A coisa que se oferece ali e' comparavel a outra
muito cara que se vende noutros locais. E' esse o pormenor que e'
necessario realcar (gritar!), dai' uma frase do tipo "500 contos de
software de borla". Claro que os destinatarios da mensagem-grito sao as
pessoas que nem desconfiam que aquele genero de coisa existe gratis (e
legal). Estou a partir do do principio de que, entre as pessoas que se
esperam no evento, muitas serao deste genero. Se nao e' esse o caso,
estou a raciocinar com base numa premissa errada e se calhar estou a
dizer asneiras...
Cumps.,
Sebrosa