Fwd: Bocadas gerais Re: [ANSOL-geral] Why Linux isn't on the desktop yet

André Esteves aife arroba netvisao.pt
Wed May 8 23:01:02 2002


----------  Mensagem Reenviada  ----------

Subject: Bocadas gerais Re: [ANSOL-geral] Why Linux isn't on the desktop yet
Date: Wed, 8 May 2002 22:09:21 +0100
From: André Esteves <aife arroba netvisao.pt>
To: "Lopo de Almeida" <lopo.almeida arroba sitaar.com>

> Um exemplo do que acontece com empresas já "estabelecidas":
>
> Eu, há algum tempo, estive a falar com uma empresa de consultoria
> financeira sobre o Linux e o Software Livre e vendi tão bem a ideia que
> eles já queriam que eu lhes fizesse a mudança, mas... e tem sempre um mas;
> era preciso transpôr sem "suor" nenhum todas as inúmeras folhas de cálculo
> cheinhas de macros e VBA. Coisas que eles andavam há anos a desenvolver ;-)
>
> Claro que a coisa ficou sem efeito... saia muito caro a conversão manual de
> tudo, até para o StarOffice (que até já nem é SL nesta última versão que já
> deve funcionar aceitavelmente).
>
> Enfim. Ainda lhes vendi um servidorzito com Firewall, Samba e pouco mais
>
> :-(

 Enfim... Concordo com a questão dos formatos de dados (devo dizer que o
artigo que foi aqui referenciado era brilhante.), pois qualquer decisão de
mudar de sistemas, depende sempre da "carga histórica" de uma empresa (calão
informático: legacy systems ou sistemas legados, como os brazileiros e
lisboetas lhes chamam ;) (piada á máfia no gildot) ) e muito do salto de um
sistema para outro está em suportar a informação gerada.

No entanto, parte da mesma questão da migração, está em suportar aplicações e
processos de um sistema noutro ou migrá-los...

A coisa é resolúvel, no entanto traz um custo de migração que um gestor sem
uma razão mais forte, prefere não tomar.

Uma estratégia a tomar, simples, é qualquer empresa que procure vender e
suportar sistemas livres é inicialmente concentrar-se em empresas que ainda
não têm sistemas pesados (empresas recém criadas ou em vias de se
informatizar) e dar-lhes a vantagem competitiva que o software livre poderá
trazer.

Se essas empresas concorrerem com as outras e lhes marcarem pontos, qualquer
gestor gastará mundos e fundos se se aperceber que pode diminuir e avançar a
margem competitiva ao investir num sistema baseado em software livre.

Vejamos o exemplo da Amazon, dos bancos, etc, eles tiveram uma melhoria
linear da sua competividade (diminuição de custos) ao adoptarem software
livre e aberto para a sua infraestrutura informática.

No entanto, o grande problema é que outros ganhos, que são mais perceptiveis
por um gestor, tais como novas ferramentas de gestão, novas maneiras de
realizar o workflow, programas ou funcionalidades que lhes dêem vantagens
competitivas perante as outras empresas, não facilmente vísiveis...

Existem alguns programas que prometem potencial nesta área, o gnu-e por
exemplo, http://www.gnue.org , mas faltam-hes developers e principalmente
inovadores, e inventores de novas features que dêm essa vantagem...

O problema é que este gênero de aplicações é desenvolvida principalmente por
empresas de software proprietário... E loigo onde estão os programadores?!

(Já agora.. Alguém sabe qual é o software de gestão da Red Hat? da Mandrake?
etc, etc...

O mais provável é alguém ter um AS/400 escondido e com um emulador de 3270 ou
5230 ligar ás ditas cujas...

Muita gente ainda não olhou para um AS/400, porque só olha para os seus
brinquedos... Aquilo aguenta tudo... Já vi um cair de uma escada de 5 metros
, rebolar, e depois ao ligar-se, reconfigurou-se para evitar o hardware
estragado e continuou a trabalhar...

Qualquer empresa acaba ao fim de algum tempo considerar um AS/400.. São
sólidos, manutenção mínima, software mais que robusto e quando há problemas
(que a máquina avisa) é logo o reflexo de chamar os serviços da IBM...

O conceito da máquina está feito para satisfazer o cliente e maximizar o
lucro por parte dos serviços da IBM. Quando é que se vê uma coisa assim no
software livre?! )
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Já se repetiu aqui e por muito lado... O dinheiro no software livre está nos
serviços... O problema é vender um serviço e convencer um cliente de que ele
necessita dele...

Em portugal, toda a gente pensa que ao vender-mos um computador temos que ter
um serviço gratuito e total para o resto da vida...

E a empresa que não o fizer, é practicamente chantageada pelo público...
Como resolver a situação?

Ranting on a on, I sing!!,

André Esteves

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