[ANSOL-geral]Proposta de carta para a ASSOFT
Pedro Medas
pmedas arroba ncc.up.pt
16 Jan 2002 16:11:37 +0000
On Wed, 2002-01-16 at 15:52, Jaime E. Villate wrote:
> On Wed, Jan 16, 2002 at 02:58:39PM +0000, ajc arroba eurotux.com wrote:
> > Chegar à ASSOFT com a mensagem implícita "vocês são servos de S=
atanás e
> > das Forças do Mal, convertam-se ou arderão no inferno" não me pa=
rece a
> > melhor estratégia.
>
> Eu não vi essa mensagem implícita na proposta do Rui Miguel. A carta =
está em
> termos muitos cordiais e de respeito. O mesmo tom que temos usado para no=
s
> dirigir ao presidente da câmara do Porto ou aos Ministros Mariano Gago =
e
> Alberto Martins, e nesses casos deu bons resultados.
>
O importante neste caso é realçar a importância da ASSOFT no estabelecimento de uma política de proteção de Software. Devemos é realçar que essa politica de proteção de software não colide com a nossa, pode ter estratégias comuns, mas fundamentalmente não é igual.
> Tem em conta que com certeza a ASSOFT já deve ter ouvido falar sobre o
> software livre e deve ter ouvido posições muito mais radicais do que =
a
> nossa. Se vamos falar numa forma excessivamente neutra, vaõ pensar que =
estamos
> a ser hipócritas ou a tentar dar graxa.
>
> > Por isso, mesmo que haja entre nós quem pense que a
> > propriedade intelectual é um conceito demoníaco, não creio que se=
ja
> > apropriado ir falar com a ASSOFT nestes termos.
> Na última proposta não se falou nesses termos; simplesmente eliminou-=
se o
> termo; a posição da FSF perante a propriedade intelectual já é p=
ública e muito
> divulgada; se formos falar de propriedade intelectual e depois dizer que
> defendemos os principios da FSF, vamos ficar mal vistos.
>
> > ... temos que começar
> > pelas semelhanças e não pelas diferenças.
> >
> > E há semelhanças: defendemos a aplicação e o respeito por licen=
ças de
> > software.
> Concordo
>
> > Nós usamos uma licença em particular, a GPL, e esperamos que seja c=
umprida.
> Não necessariamente GPL; há muitas licenças livres diferentes da GP=
L.
>
> > Somos, ou devemos ser, ambos contra a pirataria: se toda a
> > gente pagasse pelo sofware proprietário haveria muito mais uso de sof=
ware
> > livre.
> Discordo totalmente. O fim não justifica os meios; o nosso objectivo =
é
> fomentar o uso do software livre, mas para o conseguir não concordo com=
que um
> rapaz numa escola seja levado preso por ter copiado o Windows do seu cole=
ga.
>
Mais uma vez, a ASSOFT tem como objectivo a proteção de direitos sobre software, tal como um dos aspectos que nós queremos defender, mas eles também querem impedir o uso abusivo e indevido, o que penso não ser a política da AnSol que deverá ser mais pela divulgação do conceito de software livre.
> > Explorar as diferenças não leva a nada: nós preferíamos que ele=
s não
> > existissem, eles preferiam que nós não existíssemos... para isso =
é melhor
> > não fazer nada.
> Ninguém disse isso. Eu acho que a nossa posição é "prefíamos qu=
e não agissem
> da forma como o fazem". Também não podes afirmar que a ASSOFT prefira=
que a
> ANSOL não exista; espera pelo menos que tenham oportunidade de responde=
r à
> carta.
>
A ASSOFT pode realmente achar que não tem nada em comum com a AnSol, nós é que lhes devemos tentar mostrar que há mais interese em colaborar do que em ignorar. Não defendemos os mesmos nichos de "mercado". O software é que é um conceito semelhante para as duas associações.
> Jaime
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