[ANSOL-geral]Proposta de criação de Grupode Trabalho

Jose' Sebrosa sebrosa arroba artenumerica.com
Tue Apr 30 03:42:01 2002


Vasco Figueira wrote:
> 
> Viva,
> 
> On Mon, 2002-04-29 at 19:56, Jose' Sebrosa wrote:
> > Proposta de criação de Grupo de Trabalho
> > ========================
=================
> 
> É sempre bom ver os primeiros passos oficiais das coisas. :-)
> 
> > I. Objectivos
> > -------------
> >
> > O *objectivo principal* é a divulgação de software alternativo =
ao dominante e
> > "mais livre" do que ele.  Um objectivo secundário é a divulgaçã=
o de software
> > "absolutamente" livre.  É importante ter presente esta ordem de pri=
oridades:  A
> > primeira prioridade não deve ser prejudicada em favor da segunda.
> 
> Como disse o jmce, "mais livre que" o proprietário, mas suficientemen=
te
> livre para poder ser distribuído, e ser distribuído pela ANSOL.


Sim.

Faltou-me uma nota na resposta ao jmce:  Restringir a escolha a software livre
pode ter interesse para facilitar trabalho (como ele diz), *especificamente*
(esta é a nota) para facilitar o cumprimento de prazos (ou seja, para que a
coisa não fique a ser planeada para sempre! :^) ).


> > Deseja-se acima de tudo compilar um conjunto de aplicações dispon=
íveis para
> > sistema Windows, que sejam suficientemente interessantes para levar a=
s pessoas
> > a usá-las em vez de usar as habituais.  É *crucial* ter presente =
que essas
> > aplicações vão concorrer com as nativas de Windows pela atenç=
ão das pessoas,
> > portanto não devemos ter qualquer pudor em recorrer a aplicaçõe=
s que não
> > cumpram inteiramente o segundo objectivo, sob pena de desinteressar o=
 "cliente"
> > por o confrontar apenas com alternativas claramente inferiores.
> 
> Humm...
> 
> Tens toda a razão, mas por outro lado, se apenas conseguimos competir
> com eles quando prescindimos de algumas liberdades, estamos mal.


Mas se estivermos mal devido a essas condições objectivas (não haver
alternativas livres), não é por o negar que passamos a ficar melhor!!  Acho que
devemos ser práticos e lançar mão do que houver à mão.

Peço que tenham alguma (muita!) paciência para com a minha ignorância:  Eu não
sei quais são as licenças concretas da maior parte das coisas.  Estou a pensar
numa aplicação que considero crucial incluir num CD destes se fôr possível,
mesmo que não seja tão livre como gostaríamos:  Openoffice (ou outra melhor). 
Se não houver um Office GPL, será criminoso não incluir um "suficientemente"
GPL.  A não ser que não se possa mesmo, ou que não preste de todo!

Um office alternativo é suficientemente importante para impôr, por si só, uma
situação de excepção à exigência de GPL/4 liberdades.  Ele é a killer
application de excelência.


> Eu
> inclino-me mais para compilar um conjunto de software livre que compita
> claramente com os seus homólogos, mas dar prioridade àqueles que sã=
o
> totalmente livres.


Dar prioridade a esses acabará por ser inevitável, até porque é o que vamos
procurar em primeiro lugar e o tempo não é infinito!  :^)


> Quanto aos que são livres, mas não conseguem competir decentemente =
com
> os seus pares, bom... não os colocamos lá. Assim não corremos o r=
isco de
> desinteressar o "cliente".


Certíssimo.


> > II. Tarefas
> > -----------
> >
> > 1- Inventariar software disponível para sistema Windows que respeit=
e o
> > requisito fundamental de poder ser copiado livremente para uso privad=
o.
> 
> Tens noção que isso não só é *muito* software, como é també=
m algo
> demasiado longe daquilo que é o software livre.


Confiemos no nosso bom-senso.  É verdade que não vamos poder fazer o inventário
de todo o software do planeta...  E, caso a caso (nos casos que tivermos à
frente), vamos poder olhar para a licença e dizer se é demasiado restritiva ou
não.  Apenas considero que este "demasiado restritiva" deve ser definido de
acordo com os interesses supremos do utilizador que queremos cativar, e não de
acordo com o nosso objectivo último de promover o software "inteiramente"
livre.


> Com esse critério até o IE lá tinhas (ou quase, já não sei).


Eheheh!  És capaz de ter razão...  No caso desse, o meu bom-senso levar-me-ia a
colocá-lo  na prateleira do "inaceitável".  Porquê?  Porque não se trata de uma
*alternativa* ao software já disponível pelo utilizador.

De facto, ao procurar uma expressão para definir o tipo de software que imagino
incluir no CD, a primeira que surge é "software livre", mas a que melhor
descreve a intenção da coisa é "software alternativo".  Alternativo a quê? 
Alternativo ao que os utilizadores de Windows costumam ter à mão.  É desta
ideia de "alternativa" que decorre a minha rejeição do IE -- e não de nenhuma
consideração estrita sobre a liberdade das licenças associadas.

De facto, a atitude é de guerrilha, e o inimigo está bem identificado:  É
aquela coisa com uma quota de mercado brutalítica e asfixiante!


> > 2-
> > 3-
> > 4-
> > 5-
> 
> Sim.
> 
> > O projecto como o descrevi é auto-suficiente, mas podem ser-lhe acr=
escentadas
> > diversas melhorias.  Por exemplo, seria interessante ter o patrocín=
io dum
> > jornal ou revista para divulgação do CD.
> 
> Se as coisas continuarem a evoluir como estão não tarda temos a deb=
ian
> no público. :-)
> 
> Com jeitinho isso deve-se conseguir.


Sim.  Pelo menos a caixa mágica deve ser fácil, na sequência do artigo...  Já
deve dar quase para ir ao Diário de Notícias perguntar se se querem antecipar
ao Público, e depois ir ao Público dizer que é melhor que se apressem e que
dêem mais promoção, etc.!  :^)


> > A minha principal preocupação é com a segurança e a responsab=
ilidade:  Se
> > alguém tiver problemas com o seu sistema por meter nele software do=
 CD, de quem
> > é a responsabilidade?  Convém que este género de questões sej=
a muito bem
> > esclarecido!
> 
> Um disclaimerzinho faz as delícias.


Sim, deve bastar.  Afinal é o que as empresas vendedoras de software usam!  Não
pode é ser esquecido...


Sebrosa