[ANSOL-geral]Proposta de criação de Grupo de Trabalho

Jose' Sebrosa sebrosa arroba artenumerica.com
Tue Apr 30 02:13:08 2002


Diogo Santos wrote:
> 
> Olá a todos os membros da lista!


Só mandaste para mim, não para a lista...  portanto eu incluo aqui tudo o que
me enviaste, mesmo o que não é relevante para o comentário que insiro.


> > Apenas agora, num artigo do Gildot, tive contacto com uma ideia que d=
eve ser
> > velha como o mundo:  Distribuir CDs de software "alternativo" para co=
rrer nos
> 
> > sistemas operativos "habituais".  Como me parece uma ideia boa, simpl=
es e
> > barata, porponho a criação dum grupo de trabalho para a concretiz=
ar -- ou
> seja,
> > desejo sondar o interesse das pessoas na ideia e, claro, em trabalhar=
 para a
> > concretizar!  Pessoalmente tenho muito pouco tempo, mas pode ser que =
com um
> > pouco de disciplina consiga fazer qualquer coisa...
> 
> Apesar de "velha" parece-me uma boa ideia
> 
> > I. Objectivos
> > -------------
> >
> > O *objectivo principal* é a divulgação de software alternativo =
ao dominante e
> 
> > "mais livre" do que ele.  Um objectivo secundário é a divulgaçã=
o de software
> > "absolutamente" livre.  É importante ter presente esta ordem de pri=
oridades:
> A
> > primeira prioridade não deve ser prejudicada em favor da segunda.
> 
>  "Mais livre" é != de livre??


Sim:  é diferente de "livre" no sentido de "respeitar integralmente as 4
liberdades".


>  Julgo que a ANSOL não deve promover software que não respeite as q=
uatro
> liberdades. Por várias razões:
>  - A ANSOL destina-se a promover o Software Livre, a promoção de so=
ftware não
> livre, parece-me fora do ambito de acção da ANSOL.


Estritamente, tens razão.  No entanto, para o propósito específico deste
projecto, as liberdades realmente necessárias são a terceira das quatro
(liberdade de distribuição), mais uma que não está nas quatro:  liberdade de
distribuição *gratuita*.  Também tem interesse a primeira liberdade (de uso
para qualquer fim), mas essa não é estritamente vital (o que é vital é que haja
liberdade de uso para os fins que interessam).

Nota que o propósito específico deste projecto é o de colocar "não baptizados"
em contacto com a "fé".  Até os missionários católicos dos descobrimentos
(época supostamente muito mais intolerante do que a nossa), ao chegar a terras
de gente não cristã, foram suficientemente sábios para permitir a manutenção de
hábitos culturais "ímpios".  A coisa avança aos poucos.


>  - A promoção de software não livre por parte da ANSOL, pode gera=
r ainda mais
> confusão, para quem não sabe o que é Software Livre, passando a d=
e um possivél
> "não sei o que é isso. Ensina-me, por favor", para uma defeniçã=
o errada do que
> é o Software Livre.


A maior confusão advém do facto de não haver qualquer contacto.  Haver contacto
é o primeiro passo fundamental para se poderem esclarecer todas as confusões.


> > Deseja-se acima de tudo compilar um conjunto de aplicações dispon=
íveis para
> > sistema Windows, que sejam suficientemente interessantes para levar a=
s
> pessoas
> > a usá-las em vez de usar as habituais.  É *crucial* ter presente =
que essas
> > aplicações vão concorrer com as nativas de Windows pela atenç=
ão das pessoas,
> 
> Concordo, com o que está a cima.
> 
> > 1- Inventariar software disponível para sistema Windows que respeit=
e
> 
> as 4 liberdades


Não é estritamente necessário.

Mais importante:  Não nos devemos auto-limitar, prejudicando os objectivos
principais.  Eu sei que temos uma grande vantagem de quota de mercado sobre a
M$ [smile here], mas já que vamos correr é bom não ir ao pé-coxinho...


> > 2- Seleccionar as coisas mais interessantes (as "killer applications"=
) de
> entre
> > o software inventariado.  Essas são as que têm prioridade na atri=
buição de
> > espaço do CD (que deve ser um único).
> >
> > 3- Testar as aplicações.  Convém ver pelo menos uma vez os prog=
ramas a correr
> 
> > em Windows.  Nesta fase convém também criticar ferozmente as apli=
cações que
> se
> > estão a testar, comparando-as com as suas concorrentes directas.  P=
or
> exemplo,
> > uma killer application óbvia é um browser de HTML, mas se ele for=
 pior que o
> IE
> > nativo, perde muitos pontos de "prioridade".
> >
> > 4- Compilar o CD e fazer meia-dúzia de cópias.  Compilar um docum=
ento em HTML
> 
> > para documentar o conteúdo do CD. Essa documentação pode consis=
tir
> > essencialemnte de links para a documentação original online, e po=
de ser
> > incluída no CD e mantida online na "página do CD" (se tal págin=
a vier a
> > existir).  Compilar também documentação e links para os documen=
tos que nos
> > interessa divulgar (essencialmente, documentos sobre software livre e=
 a sua
> > filosofia).
> >
> > 5- Distribuir as cópias pelos amigos e deixar que sejam eles a faze=
r cópias e
> 
> > distribuam pelos amigos deles, etc..
> > [A propósito, era giro incluir no CD o necessário para imprimir o=
s seus
> > próprios label e capa!]
> >
> >
> > III. Prazos
> > -----------
> >
> > Ainda sem definir nada de rígido, julgo que ter o CD pronto antes d=
o Natal
> > deste ano era interessante, para aproveitar o movimento da época.
> >
> >
> >                * * *
> >
> >
> > O projecto como o descrevi é auto-suficiente, mas podem ser-lhe acr=
escentadas
> 
> > diversas melhorias.  Por exemplo, seria interessante ter o patrocín=
io dum
> > jornal ou revista para divulgação do CD.  De vez em quando o Diá=
rio de
> Notícias
> > inclui na edição CDs variados, que as pessoas podem comprar se qu=
iserem,
> > pagando mais um euro.  Diversas outras ideias podem surgir mas, sem a=
s querer
> 
> > reprimir, sublinho que o projecto tal como o descrevi pode avançar =
*já* sem
> > precisar de muitas ideias mais.
> >
> > A minha principal preocupação é com a segurança e a responsab=
ilidade:  Se
> > alguém tiver problemas com o seu sistema por meter nele software do=
 CD, de
> quem
> > é a responsabilidade?  Convém que este género de questões sej=
a muito bem
> > esclarecido!
> >
> >
> > Subversivamente,
> > Sebrosa
> >
> > _______________________________________________
> > Ansol-geral mailing list
> > Ansol-geral arroba listas.ansol.org
> > http://listas.ansol.org/mailman/listinfo/ansol-geral
> 
>  Concordo.
> 
>  Poderiamos após de lançar um CD genérico , ter um CD para cada a=
rea (design,
> programação, gestão, ofimatica, jogos, etc...). Mas isto são vo=
os mais altos,
> para um futuro  ainda longínquo.


Sim, tenho esperança de encher rapidamente os 650MB dum CD com goodies...  :^)


>  A ideia é boa, mas devemos restringir-nos ao Software Livre. Alem di=
sso como
> já foi dito, na maioria dos casos, há Software Livre suficientement=
e bom para
> competir com o proprietário.


Se houver, melhor.  Mas se não houver, não nos devemos limitar.  Senão esse CD
(mais limitado) irá facilmente (e desnecessariamente) ser desacretitado pela
existência doutras versões, elaboradas com mais atenção às necessidades
concretas dos utilizadores e menos limitadas por uma filosofia excessivamente
estrita ("excessivamente" se tivermos na devida conta o caso concreto ao qual
ela estaria a ser (mal) aplicada).


Sebrosa



> Fiquem bem!
> 
> Diogo Santos