[ANSOL-geral]Direito Informatico
Vitor Domingos
vd arroba paradigma.co.pt
Sun Apr 21 11:11:01 2002
On Sun, 21 Apr 2002 02:54:47 +0100
André Esteves <aife arroba netvisao.pt> wrote:
> Pela deontologia da ordem, se nós pagarmos ou der o seu conselho nã=
o pode nos
> enganar ou manipular porque é logo sancionável pelas regras deontol=
ógicas e
> passível de espulsão da ordem.
Eu penso que nos nunca iremos, pelo menos a curto prazo, colocar a hipotese de se "pagar", poderemos quanto mais pagarmos em "generos".
>
> Ou seja, creio eu que perante um cliente de software proprietário ou =
um de
> software livre ele é obrigado pela ordem a defender o interesse do cl=
iente.
>
Como o joao neves referiu, sendo este sr. advogado da MSFT, nunca podemos estar completamente 'a vontade...
> A questão é: paga-se ou não se paga...
>
> Pagando:
> Pela deontologia da ordem terá que nos defender da melhor maneira.
>
> Não pagando:
> Nós podemos-lhe dar publicidade e reputação. Neste momento ele po=
derá já ter
> essa necessidade satisfeita... Principalmente se ele considerar o recip=
iente
> dessa publicidade... Que neste caso será negativa.. pois os clientes =
dele são
> de software proprietário...
>
Bem, o mercado em portugal de advogados especialistas ou que se interessem por informatica esta' reduzido aos dedos de ... uma mao.
Se formos pelo caso da publicidade, eles ao defenderem o software livre estao _sempre_ a deter uma imagem negativa perante clientes (e bem pagantes) de software proprietario.
Logo por ai estamos mal.
A meu ver, teremos de contactar algum advogado que se _interesse_ pelo direito informatico, visto que todos os que exercem direito informatico, fazem disso a sua profissao e como e' obvio levam pelo seu trabalho.
> Voltamos ao problema base: precisamos de empresas que lidem e façam M=
UITO
> dinheiro com o software livre ou com serviços ao software livre.
> (e que respeitem o GPL e outras licenças e as 4 liberdades do softwar=
e)
Em portugal nao existe!
Conheco muitas pouquissimas empresas que facam do software livre sua "profissao".
E essas estao limitadas a nivel de orcamentos.
>
> Se houver empresas na área e tenham crescimento acima da média e te=
nham no
> mercado uma imagem sólida e séria.. tudo é possível... até el=
iminar as
> patentes de software, poorque estaremos a atacar a questão dos dois l=
ados do
> problema: do lado dos príncipios e do lado das necessidades.
>
Tudo bem. E vamos esperar uns 20 anos por isso ? ;)
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Cumprimentos,
Vitor Domingos
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"Imagination is more important than knowledge."