[ANSOL-geral]Convertendo os utilizadores ao software livre... alguns pensamentos...

[André Esteves]

caros membros da lista,

Tenho reflectido sobre a questão de como convencer os utilizadores e o 
mercado da informática a utilizar software livre.

Os métodos actuais que utilizamos (gratuitidade do software, criação de 
comunidades, auto-ajuda) permite ao neófito (individuo que é viciado na 
novidade) entrar facilmente e participar, até contribuindo com novos 
projectos, patches, relatórios de bugs, apoio local a outros utilizadores, 
etc.

No entanto, queremos alcançar um público mais vasto, que não têm as 
características do neófito tecnológico. É necessário vender-lhe a ídeia e a 
partir do momento que ele a comprou, pagar o preço establecido (a sua 
participação ética na comunidade).

É nesta perspectiva que reparei que falta diversidade nos nossos métodos de 
propaganda. Para este novo utilizador, é preciso ver para crer e não na sua 
máquina....
Ao mesmo tempo, a ANSOL têm recebido convites para a participação em feiras 
comerciais e exposições. Nada de novo...

Pergunta:
Quando queremos comprar um apartamento num prédio em construção, o que 
normalmente fazemos?

Vamos ver o apartamento modelo, para ter uma ídeia de como vão ser as 
habitações...

Nas feiras, a ANSOL, poderia ter um conjunto de "apartamentos modelo", ou 
seja, por exemplo, uma rede a simular o funcionamento de uma empresa, nas 
várias vertentes (comerçial, ofimática, produção), mas de uma maneira 
realistica e até divertida (que por sua vez seria também educativa para quem 
nunca viu software na vida real, ficando-lhe o SL como referência).

Outro exemplo, o do utilizador pessoal, uma máquina a mostrar os vários usos 
domesticos (jogos), ofimática, etc...

Claro, que isto ainda se encontra no futuro, mas para o conseguirmos alguma 
vez obter, seria necessário, comerçarmos a fazer uma lista (que também 
funciona como estudo de mercado) de perfis de utilizador / aplicações /usos 
habituais / e respectivas quotas de mercado por parte de fornecedores de 
software proprietário.

Tal seria uma ajuda a quem quiser se envolver mais comercialmente no software 
livre.

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Outra ídeia:

A ANSOL poderia certificar instaladores de software livre. E disponibilizar 
uma lista no site.

O instalador cobraria um valor de serviço (acordado entre os instaladores ou 
talvez a ANSOL) por instalação e manutenção.

Instalações gratuitas seriam realizadas por quem quisesse.. no entanto creio 
que o lugar ideal para a gratuidade, seriam as LIP's e as organizações locais 
que para se disponibilizassem.

No entanto, o utilizador que desejasse ter um serviço mais profissional e de 
acordo com o seu tempo, poderia contactar um instalador e formador.

É uma forma alternativa de criar fontes de rendimento de software livre e por 
sua vez educar o mercado...

(além de permitir rendimentos à comunidade e se iniciarem actividades 
económicas á volta do software livre)

A ida a LIPS permitiria além da gratuidade da instalação, dicas e novidades, 
imbuir os potenciais utilizadores nos valores do Software livre.

Para tal, também convém que estes instaladores tenham um manual de trabalho e 
uma lista de informações e valores a passar aos seus clientes.

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Só alguns pensamentos...

Um abraço,

André Esteves