From joao.neves ansol.org Tue Jun 5 21:37:29 2007 From: joao.neves ansol.org (=?ISO-8859-1?Q?Jo=E3o?= Miguel Neves) Date: Tue Jun 5 21:40:31 2007 Subject: Governo e Microsoft: mas que casamento =?iso-8859-1?q?=E9?= este e porque raio tenho de pagar o copo de =?iso-8859-1?q?=E1gua?= =?iso-8859-1?q?=3F!=3F!=3F!=3F?= Message-ID: <1181075851.6633.30.camel@localhost.localdomain> Governo contrata Microsoft sem concurso em projecto milionário, remove oportunidades à concorrência portuguesa e relega o ensino e desenvolvimento de competências à mera formação Microsoft. A parte do "Programa Novas Oportunidades" apresentada hoje pelo Governo simboliza problemas sérios o nível da transparência nas opções de investimento público, retira a oportunidade de participação da indústria de software nacional no mercado livre, retira oportunidade da comunidade pedagógica do secundário de ser mais que mera formação de produtos Microsoft, e atrofia as oportunidades de desenvolvimento de competências portuguesas essenciais à participação na Sociedade da Informação. Onde está a democraticamente essencial transparência governamental na opção dos investimentos quando o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações aloca sem qualquer concurso público os fundos que dispõe como resultado das obrigações a que vinculou as operadores portuguesas de telecomunicações UMTS a uma só empresa de software? Não tendo sequer feito um concurso, o Governo privilegiou unilateralmente a Microsoft contra a indústria nacional. Optou sem qualquer justificação por uma empresa condenada por abuso de poder de monopólio nos EUA e na União Europeia, eventualmente premiando o apoio da Microsoft à Presidência Portuguesa da União Europeia. Só em software da Microsoft, 500 mil licenças de Microsoft Windows Vista e Microsoft Office representam os seguintes custos[1]: * 500 mil licenças de Microsoft Windows Vista Home BasicN Português DVD, 256,57?, resultam em mais de 128 milhões de Euros (128.285.000?) * 500 mil licenças de Microsoft Office Home and Student 2007 Português OEM, 128,51?, resultam em mais de 64 milhões de Euros (64.255.000?) Mesmo que existisse a oferta do software, seria um presente envenenado cobrado várias vezes à economia portuguesa no futuro a médio e longo prazo. Em alternativa, o governo podia simplesmente ter recorrido a protocolos já existentes para obter um sistema operativo livre e gratuito (Alinex) e que, em termos de funcionalidades é bastante superior ao Microsoft Windows, uma vez que inclui milhares de aplicações gratuitamente. Dessa forma ofereceria o reconhecimento merecido ao trabalho da Universidade de Évora e todos os que têm construído aplicações e negócios à volta dela. O mesmo se aplica a outros esforços nacionais como o projecto Caixa Mágica. O governo poderia ter optado pela economia nacional e o desenvolvimento de competências nacionais: a real base de desenvolvimento da Sociedade de Informação. Não o faz, integrando-o num programa ironicamente chamado "Novas Oportunidades". Prefere escolher algo que levará a um desequilíbrio continuado da balança comercial com os exportadores portugueses a terem de arranjar forma de compensar fluxos de dezenas de milhões de euros anuais atirados para fora do país. A adopção de Software Livre pelo Estado permitiria efectuar poupanças anuais de várias dezenas de milhões de euros, o que permitiria não só financiar acções de formação tecnológica para os Portugueses, como reduzir as despesas públicas. A ANSOL propôs-se a colaborar com o Governo Português no cálculo exacto das poupanças que se poderão realizar deste modo, mas não teve a oportunidade de ser ouvida como a Microsoft. Porque se escolhe o Microsoft Office, que é pago agora, e/ou no futuro quando os alunos aprenderem a utilizar, e tiverem de comprar novas versões para o mercado profissional, uma vez que as versões para o Ensino não podem ser utilizadas com finalidade comercial? Porque não se optou por alternativas mais baratas, e até nalguns casos mais poderosas? Porque optou o Governo por relegar as cadeiras de Tecnologias de Informação e Comunicação a meras agências de formação Microsoft? Termina aí a responsabilidade do Ensino na Sociedade da Informação? A opção por Software Livre (com a liberdade para cada utilizador de aprender como funciona) permitiria aos estudantes a possibilidade de participação activa no desenvolvimento da Sociedade da Informação, contudo claramente a preferência foi remover esta oportunidade ao optar por tecnologias que proíbem a partilha e desenvolvimento de competências nesta área. Em Fevereiro de 2006, a ANSOL propôs ao Governo (publicamente e através de contactos estabelecidos com diversos ministérios) apoio para "Usar o Software Livre para Ligar os Portugueses" oferecendo colaboração ao Governo numa acção que eleve o nível tecnológico dos Portugueses, no espírito do Plano Tecnológico e do programa Ligar Portugal, como por exemplo a criação e distribuição de um pacote de Software Livre em Português, pelas Escolas, Câmaras Municipais e Pequenas e Médias Empresas[2]. Para além do silêncio, só tivemos duas respostas: * Carlos Zorrinho, o responsável do Plano Tecnológico, disse no IV Encontro Nacional de Tecnologia Aberta em 2006 que a ANSOL não poderia trabalhar ao nível do governo, e para investir apenas em pequenas iniciativas a níveis mais baixos. * A proposta de criação de um CD com Software Livre de apoio ao ensino foi aceite pelo Ministério da Educação e resultou no CD do projecto CRIE[3]. Porque não nos querem deixar fazer mais? [1] http://www.minfo.pt/ [2] http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2006/02/01/software-livre-para-ligar-os-portugueses/ [3] http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2007/04/15/cd-sl-nas-escolas/ Sobre a ANSOL A Associação Nacional para o Software Livre é uma associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como fim a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas. http://www.ansol.org/ Contactos João Miguel Neves Presidente da Direcção joao.neves@ansol.org 933 252 302 Rui Miguel Seabra Vice-Presidente da Direcção rms@ansol.org 933 255 619 -- From rms 1407.org Tue Jun 5 23:22:16 2007 From: rms 1407.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Tue Jun 5 23:24:10 2007 Subject: [UPDATE IMPORTANTE: Governo e Microsoft: mas que casamento =?iso-8859-1?q?=E9?= este e porque raio tenho de pagar o copo de =?iso-8859-1?q?=E1gua?= =?iso-8859-1?q?=3F!=3F!=3F!=3F=5D?= Message-ID: <1181082136.3548.1.camel@roque> ACTUALIZAÇÃO: na realidade são 240k, apesar do que alguns artigos noticiosos estão a espalhar, provavelmente graças ao título que aparece em: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MOPTC/Comunicacao/Notas_de_Imprensa/20070605_MOPTC_Com_ProgramasE.htm Computadores e banda larga para meio milhão de portugueses Com efeito, a Microsoft apenas está envolvida no Programa e-Escola, que afecta 240 mil alunos. O Press Release abaixo já tem os dados corrigidos ------ Mensagem Reencaminhada ------ De: João Miguel Neves Responder-A: contacto@ansol.org Para: ansol-imprensa Assunto: Governo e Microsoft: mas que casamento é este e porque raio tenho de pagar o copo de água?!?!?!? Governo contrata Microsoft sem concurso em projecto milionário, remove oportunidades à concorrência portuguesa e relega o ensino e desenvolvimento de competências à mera formação Microsoft. A parte do "Programa Novas Oportunidades", e-Escola, apresentada hoje pelo Governo simboliza problemas sérios o nível da transparência nas opções de investimento público, retira a oportunidade de participação da indústria de software nacional no mercado livre, retira oportunidade da comunidade pedagógica do secundário de ser mais que mera formação de produtos Microsoft, e atrofia as oportunidades de desenvolvimento de competências portuguesas essenciais à participação na Sociedade da Informação. Onde está a democraticamente essencial transparência governamental na opção dos investimentos quando o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações aloca sem qualquer concurso público os fundos que dispõe como resultado das obrigações a que vinculou as operadores portuguesas de telecomunicações UMTS a uma só empresa de software? Não tendo sequer feito um concurso, o Governo privilegiou unilateralmente a Microsoft contra a indústria nacional. Optou sem qualquer justificação por uma empresa condenada por abuso de poder de monopólio nos EUA e na União Europeia, eventualmente premiando o apoio da Microsoft à Presidência Portuguesa da União Europeia. Só em software da Microsoft, 240 mil licenças de Microsoft Windows Vista e Microsoft Office representam os seguintes custos[1]: * 240 mil licenças de Microsoft Windows Vista Home BasicN Português DVD, 256,57?, resultam em mais de 61 milhões de Euros (61.576.800?) * 240 mil licenças de Microsoft Office Home and Student 2007 Português OEM, 128,51?, resultam em mais de 30 milhões de Euros (30.842.400?) Mesmo que existisse a oferta do software, seria um presente envenenado cobrado várias vezes à economia portuguesa no futuro a médio e longo prazo. Em alternativa, o governo podia simplesmente ter recorrido a protocolos já existentes para obter um sistema operativo livre e gratuito (Alinex) e que, em termos de funcionalidades é bastante superior ao Microsoft Windows, uma vez que inclui milhares de aplicações gratuitamente. Dessa forma ofereceria o reconhecimento merecido ao trabalho da Universidade de Évora e todos os que têm construído aplicações e negócios à volta dela. O mesmo se aplica a outros esforços nacionais como o projecto Caixa Mágica. O governo poderia ter optado pela economia nacional e o desenvolvimento de competências nacionais: a real base de desenvolvimento da Sociedade de Informação. Não o faz, integrando-o num programa ironicamente chamado "Novas Oportunidades". Prefere escolher algo que levará a um desequilíbrio continuado da balança comercial com os exportadores portugueses a terem de arranjar forma de compensar fluxos de dezenas de milhões de euros anuais atirados para fora do país. A adopção de Software Livre pelo Estado permitiria efectuar poupanças anuais de várias dezenas de milhões de euros, o que permitiria não só financiar acções de formação tecnológica para os Portugueses, como reduzir as despesas públicas. A ANSOL propôs-se a colaborar com o Governo Português no cálculo exacto das poupanças que se poderão realizar deste modo, mas não teve a oportunidade de ser ouvida como a Microsoft. Porque se escolhe o Microsoft Office, que é pago agora, e/ou no futuro quando os alunos aprenderem a utilizar, e tiverem de comprar novas versões para o mercado profissional, uma vez que as versões para o Ensino não podem ser utilizadas com finalidade comercial? Porque não se optou por alternativas mais baratas, e até nalguns casos mais poderosas? Porque optou o Governo por relegar as cadeiras de Tecnologias de Informação e Comunicação a meras agências de formação Microsoft? Termina aí a responsabilidade do Ensino na Sociedade da Informação? A opção por Software Livre (com a liberdade para cada utilizador de aprender como funciona) permitiria aos estudantes a possibilidade de participação activa no desenvolvimento da Sociedade da Informação, contudo claramente a preferência foi remover esta oportunidade ao optar por tecnologias que proíbem a partilha e desenvolvimento de competências nesta área. Em Fevereiro de 2006, a ANSOL propôs ao Governo (publicamente e através de contactos estabelecidos com diversos ministérios) apoio para "Usar o Software Livre para Ligar os Portugueses" oferecendo colaboração ao Governo numa acção que eleve o nível tecnológico dos Portugueses, no espírito do Plano Tecnológico e do programa Ligar Portugal, como por exemplo a criação e distribuição de um pacote de Software Livre em Português, pelas Escolas, Câmaras Municipais e Pequenas e Médias Empresas[2]. Para além do silêncio, só tivemos duas respostas: * Carlos Zorrinho, o responsável do Plano Tecnológico, disse no IV Encontro Nacional de Tecnologia Aberta em 2006 que a ANSOL não poderia trabalhar ao nível do governo, e para investir apenas em pequenas iniciativas a níveis mais baixos. * A proposta de criação de um CD com Software Livre de apoio ao ensino foi aceite pelo Ministério da Educação e resultou no CD do projecto CRIE[3]. Porque não nos querem deixar fazer mais? [1] http://www.minfo.pt/ [2] http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2006/02/01/software-livre-para-ligar-os-portugueses/ [3] http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2007/04/15/cd-sl-nas-escolas/ Sobre a ANSOL A Associação Nacional para o Software Livre é uma associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como fim a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas. http://www.ansol.org/ Contactos João Miguel Neves Presidente da Direcção joao.neves@ansol.org 933 252 302 Rui Miguel Seabra Vice-Presidente da Direcção rms@ansol.org 933 255 619 _______________________________________________ Comunicado de Imprensa da ANSOL - Associação Nacional para o Software Livre http://www.ansol.org/ Se não desejar os comunicados de imprensa da ANSOL, por favor contacte-nos para direccao@ansol.org -- + No matter how much you do, you never do enough -- unknown + Whatever you do will be insignificant, | but it is very important that you do it -- Gandhi + So let's do it...? -- + No matter how much you do, you never do enough -- unknown + Whatever you do will be insignificant, | but it is very important that you do it -- Gandhi + So let's do it...? From joao silvaneves.org Fri Jun 22 18:16:41 2007 From: joao silvaneves.org (=?ISO-8859-1?Q?Jo=E3o?= Miguel Neves) Date: Fri Jun 22 18:48:37 2007 Subject: [ANSOL] =?iso-8859-1?q?Modela=E7=E3o?= 3D e =?iso-8859-1?q?Edi=E7=E3o_Gr=E1fica?= ao alcance de todos por 30 euros =?iso-8859-1?q?=28forma=E7=E3o_inclu=EDda=29?= Message-ID: <1182532601.18495.78.camel@localhost.localdomain> Modelação 3D e Edição Gráfica ao alcance de todos por 30 euros (formação incluída) Pela quantia de 15 euros cada qualquer pessoa poderá aprender a fazer modelação 3D e/ou edição gráfica em duas workshops de dois dias a realizar nos fins-de-semana de 14 e 15 e 28 e 29 de Julho. As ferramentas utilizadas são software livre[1] e estão disponíveis gratuitamente para quem as quiser utilizar. Uma curta metragem de demonstração do que estas ferramentas podem fazer pode ser vista em: http://www.elephantsdream.org/ Durante o mês de Julho a Audiência Zero organiza mais dois fins-de-semana preenchidos com workshops. O primeiro terá lugar a 14 e 15 de Julho e será dedicado à modelação 3d; o segundo ocorrerá dois fins-de-semana depois, a 28 e 29 de Julho, e terá como tema o Workflow de Fotografia Digital. Estas formações vão ter lugar na Cidade das Profissões / Porto Digital, na Rua das Flores, em pleno coração do Porto. No seguimento do workshop de imagem digital que teve lugar no início de Junho e que se baseou na aplicação de software livre GIMP, a associação cultural Audiência Zero volta a organizar formações em torno das aplicações livres, o que constitui definitivamente uma linha orientadora para o futuro, acreditando-se na qualidade deste tipo de software e na importância da divulgação de ferramentas criativas que possam ser utilizadas por todos sem restrições comerciais. É esta liberdade e acessibilidade – porque usualmente o software é gratuito e está livremente disponível na Internet – que recomendam a utilização do software livre em formações onde o propósito é potenciar a liberdade criativa. A criatividade está ao alcance de todos, e assim devem estar as ferramentas que a potenciam. Foi este propósito de promoção do software livre enquanto liberdade criativa que fez com que a Audiência Zero fizesse questão em contar com o apoio da ANSOL – Associação Nacional de Software Livre na organização destes workshops, uma vez que esta associação tem lutado consistentemente pelo reconhecimento público deste software. Além da ANSOL associaram-se a este objectivo e a estes workshops a empresa doubleMV, a FAJDP (Federação de Associações Juvenis do Distrito do Porto) e a Cidade das Profissões / Porto Digital. Mais informação em: http://www.audienciazero.org/eixo/content/view/530/38/ [1] Software livre é todo o software que dá ao seu utilizador as seguintes liberdades: 1ª liberdade: A liberdade de executar o software, para qualquer fim. 2ª liberdade: A liberdade de estudar o funcionamento de um programa e de adaptá-lo às suas necessidades. 3ª liberdade: A liberdade de redistribuir cópias. 4ª liberdade: A liberdade de melhorar o programa e de tornar as modificações públicas de modo que a comunidade inteira beneficie da melhoria. Mais informação sobre software livre pode ser obtida em http://ansol.org/ = Contactos = João Miguel Neves Presidente da Direcção da ANSOL joao.neves@ansol.org 933 252 302 Ricardo Lobo Audiência Zero ricardolobo@audienciazero.org -------------- próxima parte ---------- Um anexo que não estava em formato texto não está incluído... Nome : não disponível Tipo : application/pgp-signature Tam : 191 bytes Descr: Esta =?ISO-8859-1?Q?é? assinada digitalmente Url : http://listas.ansol.org/pipermail/ansol-imprensa/attachments/20070622/0f2b8bcb/attachment.pgp From rms ansol.org Wed Jun 27 08:39:17 2007 From: rms ansol.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Thu Jun 28 19:19:58 2007 Subject: [ANSOL] 2500 EUR Contra o Microsoft OOXML Message-ID: <20070627073917.GC2800@roque.1407.org> 2500? Contra o Microsoft OOXML Junho 27th, 2007 A FFII lançou um prémio na luta contra a standardização do Microsoft Office A Fundação para uma Infraestrutura de Informação Livre, FFII (Foundation for a Free Information Infrastructure), anunciou ter lançado um prémio de 2500? na luta contra a tentativa da Microsoft de ganhar a standardização internacional do Microsoft Office. Benjamin Henrion, veterano das campanhas da FFII, fundador do sítio noOOXML.org, explica: «a Microsoft está a despender milhões alugando multidões que suportem a certificação internacional do seu formato proprietário do Office, o OOXML.Mas já temos um formato ISO standard para processamento de texto chamado ODF (Open Document Format). O OOXML é a tentativa da Microsoft para subverter este standard, de forma a manter o seu domínio no mundo dos documentos. Activistas pelo mundo fora devem levantar-se e dirigir-se às suas entidades nacionais ISO, e explicar porque é que o formato da Microsoft não é aberto, não é um standard e não é XML». A FFII atravessa-se com o dinheiro. A equipa que fizer o melhor esforço de ajudar a International Standardization Organization (ISO) a vencer o lobby da Microsoft, poderá ganhar o Premio Kayak da FFII, que consiste em 2500? e a oportunidade de apresentar a sua campanha na conferência anual de Novembro da FFII. O presidente da FFII, Pieter Hintjens, explica: «Em Julho de 2005, antes da votação na Directiva de Patentes de Software, um grupo de jovens activistas navegou em kayaks nas águas do exterior do Parlamento Europeu em Estrasburgo. Lutaram uma batalha naval simbólica contra o lobby da indústria, que tinha alugado um iate. O Kayak simboliza a perícia individual e a acção colectiva.» Para se qualificar para nomeação ao Prémio Kayak, a equipa ou activista individual devem mostrar que conseguiram ter um impacto significativo no processo ISO, «para defender o ODF e impedir as tentativas da Microsoft de corromper o processo internacional de definição de standards», como diz Henrion. «Qualquer coisa vale: sítios na Internet, campanhas de cartas, aparecer em encontros, até mesmo kayaks.» A data limite para as nomeações é 31 de Agosto, e o vencedor do prémio será anunciado em 30 de Setembro de 2007 Para mais detalhes ver http://www.noOOxml.org/kayak . A Microsoft está a pressionar pela adopção do seu formato do Microsoft Office como um standard ISO no modo rápido (fast-track). Os países que fazem parte da ISO têm até 2 de Setembro para se decidirem sobre a especificação. A maioria dos países está a receber comentários do público até o final de Junho ou início de Julho. Links * Diga NÃO ao standard-estragado do Microsoft Office http://www.noooxml.org * O Prémio Kayak para derrotar a tentativa do OOXML se tornar num * standard ISO http://www.noooxml.org/kayak * A Microsoft invade a Dinamarca com fantoches http://www.noooxml.org/forum/t-12377/microsoft-invading-denmark-with-puppets * A FFII opõe-se à adopção em Fasttrack do formato Microsoft OOXML * format como standard ISO http://press.ffii.org/Press_releases/FFII_opposes_Fasttrack_adoption_of_Microsoft_OOXML_format_as_ISO_standard * Fotos dos activistas em kayaks contra o iate do lobby pró-patentes http://gallery.ffii.org/v/BxlStbRizox050706/ * Link permanente para o press-release da FFII http://press.ffii.org/Press_releases/FFII_puts_up_a_prize_in_fight_against_Microsoft_Office_standardisation Contactos: Benjamin Henrion FFII Brussels +32-2-414 84 03 +32-484-566109 bhenrion@ffii.org (Francês/Inglês) Rui Seabra ANSOL 93 32 55 619 rms@ansol.org -- Hail Eris! Today is Pungenday, the 32nd day of Confusion in the YOLD 3173 + No matter how much you do, you never do enough -- unknown + Whatever you do will be insignificant, | but it is very important that you do it -- Gandhi + So let's do it...? From rms ansol.org Sat Jun 30 01:42:15 2007 From: rms ansol.org (Rui Miguel Silva Seabra) Date: Sat Jun 30 07:35:25 2007 Subject: [ANSOL] GNU GPL =?iso-8859-1?q?vers=E3o?= 3: a nova base para o Software Livre Message-ID: <1183164136.7647.0.camel@localhost6.localdomain6> = Publicação da GNU GPL e GNU LGPL versão 3 = 29 de Junho de 2007 Foi a 29 de Junho de 2007 que foi publicada a terceira versão da GNU GPL[0], após 16 anos de vida (desde a segunda versão), e da GNU LGPL[1]. Passou por um processo de revisão formalmente iniciado em Janeiro do ano passado com o objectivo de actualizar a licença por forma a garantir que os utilizadores continuam a estar livres para utilizar, estudar, modificar e distribuir software, apesar de novos métodos de restrição não previstos pelo texto actual, em particular o DRM/GDD (Digital Restrictions Management/Gestão de Defeitos Digitais)[2], e da evolução das leis de direito de autor. "Desde que fundamos o movimento do Software Livre, há mais de 23 anos atrás, a comunidade do Software Livre desenvolveu milhares de programas úteis que respeitam a liberdade do utilizador. Os programas estão presentes tanto no sistema operativo GNU/Linux, como em computadores pessoais, telefones, servidores na Internet e muito mais. A maioria destes programas utilizam a GNU GPL para garantir a todos os utilizadores as liberdades de correr, estudar, adaptar, melhorar e redistribuir o programa", diz Richard Stallman, fundador e presidente da FSF. O desenvolvimento da nova versão da GNU GPL foi colaborativo. No site http://gplv3.fsf.org/ foi montado um sistema interactivo de comentários no qual participaram muitos utilizadores, programadores, membros da comunidade jurídica, e todos aqueles que se registaram e participaram. Para além do sistema de comentários. Decorreram conferências internacionais e locais sobre a GNU GPL versão 3 abertas ao público, a mais recente no passado dia 24 de Maio no Fórum Picoas pela ANSOL em parceria com o portal SAPO.pt, culminando enfim na edição hoje publicada. Jeremy Allison, representando a equipa do Samba, reconhece na nova licença "um enorme melhoramento em relação à GPL antiga", e que é "uma actualização necessária para lidar com as novas ameaças ao Software Livre que emergiram desde a publicação da versão 2 da GPL". As medidas contra o DRM, ou medidas tecnológicas similares, têm causado alguma polémica, mas sobretudo derivada de falta de informação, bem como alguma distorção da mesma. Bruce Perens esclarece[4]: «A GPL3 não proíbe o DRM, nem exige que seja inseguro ou não confiável. O que exige é que o DRM não não quebre o software licenciado sob a GPL, ou que o feche a sete chaves, e tem de continuar a ser capaz de tocar conteúdos multimédia apesar do software ter sido modificado.» Apesar de estar prevista para finais do ano passado ou início de 2007, uma nova forma de restringir os direitos dos utilizadores veio à luz com o acordo Microsoft-Novell, onde a Microsoft promete não atacar programadores contractados pela Novell ou utilizadores da sua distribuição de GNU/Linux, o ?Suse Enterprise Linux?, pelo que encontrando-se em processo de revisão, seria oportuno incluir na GNU GPL provisões que impedissem este tipo de acordos prejudiciais à comunidade, atrasando a sua publicação. Mais de quinze programas GNU foram hoje publicados já sob a nova licença, e seguir-se-á o resto do Projecto GNU durante os próximos meses. A FSF também encoraja a adopção da licença através de programas de ensino e divulgação. "Foi investido imenso tempo e esforço nestas novas licensas. Agora os programas livres devem adoptá-las por forma a oferecer aos seus utilizadores a sua protecção ainda mais forte às suas liberdades", diz Stallman. Foi também actualizada a FAQ da GNU GPL, disponível no sítio web da FSF em http://www.gnu.org/licenses/gpl-faq.html = Caixa: A GPL no tempo = 1983 - Início[5] do Projecto GNU[6] 1985 - a FSF é fundada como chapéu legal do Projecto GNU 1988 - Primeira ?beta? da GNU GPL 1989 - Publicação da GNU GPL versão 1 [7] 1991 - Publicação da GNU GPL versão 2 [8] 2007 - Publicação da GNU GPL versão 3 [0] (actual) Janeiro de 2006 - Publicação do primeiro rascunho[9] da GNU GPL versão 3, contendo os principais objectivos de actualização: internacionalização, patentes, DRM Julho de 2006 - Publicação do segundo rascunho[10] da GNU GPL versão 3, incluindo o resultado de imensas sugestões 28 de Março de 2007 - Terceiro rascunho[11] da GNU GPL v3, incluindo o resultado de mais sugestões, acrescenta provisões para impedir abusos similares ao acordo Microsoft-Novell 31 de Maio de 2007 - Quarto e último rascunho[12] da GNU GPL v3, período dos últimos 30 dias para sugerir alterações ao novo rascunho. A licença agora é compatível com a Apache Software License 2.0 29 de Junho de 2007 - Publicação da GNU GPL versão 3 [9] Links: [0] http://www.gnu.org/licenses/gpl-3.0.html [1] http://www.gnu.org/licenses/lgpl-3.0.html [2] http://drm-pt.info/ [3] http://gplv3.fsf.org/gpl3-dd3-rationale.pdf/view [4] http://www.linux-watch.com/news/NS9312220011.html [5] http://www.gnu.org/gnu/initial-announcement.html [6] http://www.gnu.org/gnu/manifesto.html [7] http://www.gnu.org/copyleft/copying-1.0.html [8] http://www.gnu.org/licenses/old-licenses/gpl-2.0.html [9] http://gplv3.fsf.org/gpl-draft-2006-01-16.html [10] http://gplv3.fsf.org/gpl-draft-2006-07-27.html [11] http://gplv3.fsf.org/gpl-draft-2007-03-28.html [12] http://gplv3.fsf.org/gpl-draft-2007-05-31.html Contacto: Rui Miguel Silva Seabra Vice-presidente da Direcção da ANSOL rms@ansol.org 933 255 619 931 100 769 Brett Smith Licensing Compliance Engineer Free Software Foundation 617-542-5942x18 brett@fsf.org John Sullivan Campaigns Manager Free Software Foundation 617-542-5942×23 johns@fsf.org Joshua Gay Campaigns Manager Free Software Foundation 617-542-5942×19 jgay@fsf.org ======================================================================== Sobre a ANSOL -- http://www.ansol.org ======================================================================== A finalidade da ANSOL é a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas. A ANSOL é a primeira associação de Software Livre em Portugal. A ANSOL é uma organização associada da Free Software Foundation Europe, da Aliança Eurolinux e da Campanha para um Ambiente Digital Aberto (Campaign for an Open Digital Environment - CODE). -- All Hail Discordia! Today is Sweetmorn, the 35th day of Confusion in the YOLD 3173 + No matter how much you do, you never do enough -- unknown + Whatever you do will be insignificant, | but it is very important that you do it -- Gandhi + So let's do it...?