<div dir="ltr"><div>Caríssimos sócios e simpatizantes,</div><div><br></div><div>Terminada a campanha e em tempo de reflexão, pus-me a reflectir sobre um facto que constatei durante os debates que tive a oportunidade de assistir (tv, radio,...):</div><div><font size="2">&quot;<b>O tema de software (livre) não foi abordado em nenhum debate eleitoral a que assisti.</b>&quot;</font></div><div><br></div><div>E tal como constatou o Marcos, dos 22 partidos <font size="2"><b>apenas em 5 deles a palavra software consta no programa eleitoral</b>:</font></div><div><a href="https://twitter.com/mind_booster/status/1178097420158341120">https://twitter.com/mind_booster/status/1178097420158341120</a></div><div><br></div><div>Isto levanta-me uma série de duvidas que tomo a liberdade de partilhar aqui convosco para reflexão:</div><div><br></div><div>1. <b>Será o tema &quot;software&quot; assim tão irrelevante na vida das pessoas</b>, para o desenvolvimento da sociedade, até económico, para a resolução dos problemas do país, da sociedade e do mundo, etc, <b>que não seja motivo de debate das políticas para o software (apresentadas) pelos partidos/candidatos?</b><br></div><div><br></div><div>2. <b>Será o software um assunto tão restrito e técnico que os partidos políticos desconhecem</b>, não têm noção, nem ideias formadas sobre políticas necessárias para essa área, 
<b>e os seus lideres 

políticos não se sentem capazes nem com necessidade para o debater</b>?</div><div><br></div><div>3. <b>Será que não existem problemas, danos e correcções à industria do software que o Governo de um país não tenha o dever e a capacidade de actuar</b>, com medidas correctivas, de melhoria e de protecção dos cidadãos e até da economia?</div><div><br></div><div>4. <b>Ou será que com o software está tudo bem</b>, a correr sobre rodas, na perfeição?<br></div><div><br></div><div>E muitas mais...<br></div><div><br></div><div>Apesar de ser um cidadão que dedica especial atenção à área do software, correndo o risco de ser chamado de tendencioso, devo deixar aqui alguns argumentos para <b><span style="background-color:rgb(255,255,0)">contrariar esta ideia errada</span> que os políticos nos transmitem de:</b></div><div><b>&quot;<span style="background-color:rgb(255,255,0)">o tema do software não é relevante, nem prioritário, nem digno de debate em campanha eleitoral</span>&quot;</b><br></div><div><br></div><div>De forma resumida para não alongar muito a mensagem:</div><div><br></div><div>1. <b>Hoje é inegável que o software está em todo o lado e faz parte imprescindível do dia a dia de qualquer pessoa, empresa, negócio, instituição, etc.</b> E como tal tem uma influencia massiva na forma como as pessoas, empresas e instituições resolvem os seus problemas, interagem e satisfazem as suas necessidades.</div><div><br></div><div>2. <b>A industria do software (tecnológica) 
<b>move biliões</b>, com negócios assentes em direitos de autor e licenças proprietárias, </b>de tal forma que 5 dos 8 mais ricos do mundo são da chamada área tecnológica (software). Este facto só por si demonstra o defendido por muitos, que esta indústria é mais causa para o agravamento das disparidades crescentes na distribuição de riqueza no mundo e o agravamento do fosso entre ricos e pobres. (migrantes!)</div><div><br></div><div>3. <b>A dependência tecnológica que impõe e subjuga ao uso de software das grandes multinacionais, pelas pessoas, empresas, instituições e estados, é um reconhecido, grave e perigoso problema</b>, que decorre dependência gerada pelas licenças proprietárias de software. São já inúmeros os casos julgados e condenados de abuso de posição dominante destas multinacionais de software, com reconhecidas consequenciais nefastas para todos, para a livre concorrência e desenvolvimento (reflectidas em parte nos valores elevadíssimos das multas impostas).</div><div><br></div><div>4. <b>O software é um inexplicável caso onde o investimento de dinheiro publico na produção e desenvolvimento de um bem ou produto fica na propriedade privada</b>, sendo isto aceite pela sociedade, parlamento e estado, contrastando com qualquer outro bem ou produto, como estradas, infraestruturas, edifícos, equipamentos públicos, obras de arte, literatura, investigação, etc.</div><div><br></div><div>5. <b>São cada vez em maior numero os Estados e Governos que implementam políticas, legislação, etc para regular a industria de software, no sentido de promover a interoperabilidade, a independência tecnológica e a adopção e investimento prioritário em software livre (de domínio público)</b>. Em Portugal, os governos muito pouco ou nada têm feito nesta matéria e portanto haveria uma grande oportunidade e facilidade em propor políticas nesse sentido pelos candidatos, nas campanhas eleitorais.</div><div><br></div><div>E muito mais...<br><br></div><div>Mas dirão alguns: <br></div><div>epá, o cidadão comum não está por dentro destas temáticas e não são capazes de entender estes assuntos e a sua importância, designadamente na influencia directa que tem na sua vida.</div><div><br></div><div>Pois é exactamente esse o papel do político: transmitir, explicar e cativar o cidadão para uma determinada orientação e rumo (solução) a seguir.<br></div><div><br></div><div>Umas pequenas dicas para os políticos:</div><div><br></div><div>- <b>O &quot;sistema em baixo&quot;</b>, é uma daquelas dores de cabeça cada vez mais frequentes para o cidadão, mas que também afecta gravemente a vida e o desempenho das empresas, dos serviços públicos, médicos, emergência médica, protecção civil, etc. padecem todos os dias com esta doença crónica dos sistemas informáticos. Que se tornaram hoje mais um empecilho do que uma ajuda!</div><div>  <br></div><div>Alguém (politico) se preocupou em perceber e procurar uma solução? Ou esperam que as pessoas se conformem e acabem por aceitar esta aberração tecnológica, como &quot;é mesmo assim, temos de esperar que o sistema volte a funcionar!&quot;, ou &quot;volte amanha, pode ser que o sistema esteja a funcionar!&quot;<br></div><div><br></div><div>Existem tantas evidencias, mas não vi ninguém nesta campanha a falar em nenhum deles, só para mencionar um, o SIRESP, um caso flagrante de sistema proprietário e de dependência tecnológica do estado para com multinacionais: Altice, Motorola, etc cujo &quot;sistema em baixo&quot;, custou a vida de dezenas de Portugueses.<br></div><div><br></div><div><br></div><div>Um contributo de um cidadão que se preocupa.</div><div>Quem quiser que acrescente mais e melhor, acredito que é fácil!<br></div><div> <br></div><div></div><div>E termino com o apelo a que todos exerçam o dever cívico de ir votar, por mais não seja por respeito aos que tanto lutaram por isso!!! <br></div><div>Nunca devemos dar por adquiridos os direitos que temos, devemos sempre lutar por mantê-los todos os dias.</div><div><br></div><div>
Com os melhores cumprimentos,

</div><div>-- <br><div dir="ltr" class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature"><span style="font-family:arial,sans-serif;font-size:13px;border-collapse:collapse"><font color="#888888">Ricardo Pinho<br></font></span></div></div></div>