[ANSOL-geral] Sistema de alertas

Diogo Constantino diogoconstantino sapo.pt
Segunda-Feira, 22 de Outubro de 2018 - 15:22:11 WEST



Às 15:59 de 22/10/18, Manuel Silva escreveu:
> Olá!
> 
> On Sun, Oct 14, 2018 at 11:31 AM Bruno D. Rodrigues
> <bruno.rodrigues  litux.org> wrote:
>>
>> Houve aviso pela rede móvel.
>>
>> Não invalida o ponto da incompetência, pois:
>> - foi enviado com origem "EMEL"
> 
> Porque foi efectivamente enviado pela EMEL. Do que se conhece (e tive
> conhecimento disto pelo Governo Sombra), parece que a autorização para
> a difusão de mensagens da Protecção Civil com base na localização
> geográfica dos terminais móveis só é válida para situações de
> incêndio/risco de incêndio, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa
> procurou encontrar alternativas para entrar em contacto com os seus
> cidadãos e optou por recorrer ao sistema da EMEL... O que levanta
> dúvidas quanto à legalidade, uma vez que os dados recolhidos pela EMEL
> podem ser usados no âmbito da área de actuação da EMEL.

Eu não tenho essas duvidas. O princípio da legalidade no artigo 6º do
RGPD, permite o processamento de dados caso seja no interesse vital do
sujeito a quem pertence os dados e isto não depende do âmbito da área de
actual da EMEL.


> 
>> - não se percebe muito bem para que areas foi enviado (talvez só mais para o norte, quando perceberam que ia ser acima de Lisboa, ou seja, não devem ter enviado para Lisboa)
> 
> Foi só para Lisboa e utilizadores do e-Park que têm o número de
> telefone associado e permitem a recepção de SMS.
> 
>> - a incompetência da entrega da mensagem por certas operadoras - tenho uma pessoa que recebeu a mensagem às 2 da manhã, quando devia ter chegado à 23 como os outros
> 
> Estamos muito longe de poder inferir que houve problema na entrega
> "por certas operadoras". Tudo depende das características das
> SMS-gateways que a EMEL usa e da forma como as usa.

Concordo! Eu não acho que tenha sido uma questão de incompetência dos
operadores, mas sim da EMEL ao utilizar um serviço contratualizado sem a
capacidade para fazer isto de forma eficiente.


>>
>> Para mim houve três incompetência aqui:
>>
>> - a falha de certas operadoras a fazer o broadcast a tempo daquela mensagem especial (não é exactamente um SMS)
> 
> Foi um SMS.

Pois foi!


>> - a incompetência da empresa que está atribuída para o envio destas mensagens, que agora sabemos que é a mesma que envia as mensagens da EMEL
> 
> Foi efectivamente a EMEL que enviou.

Que eu saiba por ordem da CML.

> 
>>
>> - a incompetência não só da protecção civil, mas da comunicação social. Como diziam no reddit, "os canais de televisão não estavam a ignorar a cena, estão é todos a postos para ir gravar o caos do aftermath"
> 
> Os 3 principais canais noticiosos, um dos quais disponível na TDT,
> fizeram directos quase hora-a-hora do centro de controlo da Protecção
> Civil e do IPMA, bem como da conferência de imprensa da Câmara
> Municipal de Lisboa em conjunto com o centro distrital da Protecção
> Civil; também o tema foi sempre abordado nos noticiários da rádio
> pública e creio que por outras rádios com vertente informativa.


Aqui à distância e boicotando o trabalho dos mass media, dei pelo
trabalho dos media, acho estranho que em Portugal não tenham dado.

> 
>>
>>
>>> No dia 14/10/2018, às 11:16, Bruno Miguel <brunoalexandremiguel  gmail.com> escreveu:
>>>
>>> Se ainda havia dúvidas, 2017 e 2018 poderão tê-las dissipado: a
>>> Proteção Civil parece estar a ser gerida por incompetentes. Com um
>>> furação a caminho de Portugal, nem uma porcaria de um alerta pela rede
>>> móvel. Só comunicação social e mesmo assim... Enfim...
>>>
>>> Isto deixou-me a pensar: será que alguém anda a desenvolver um sistema
>>> de alerta alternativo ao aparentemente ineficiente da Proteção Civil?
>>> E se não, que acham da ideia de se desenvolver um assente em
>>> voluntários, como a conta https://twitter.com/VOSTPT?
> 
> Há uma boa razão para a protecção civil recomendar às pessoas para,
> nestas situações, terem um rádio a pilhas e irem prestando atenção às
> informações que são transmitidas por esse meio. Se calhar falta um
> "big-red-button" que permita à Protecção Civil fazer "take-over" à
> emissão de todas as rádios para difundir os seus comunicados, mas
> também diria que quem está numa situação de risco tem consciência que
> não é propriamente a ouvir a Rádio Comercial que vai estar
> informado... Para quê criar coisas à margem, que poderão servir para
> criar alarmismos desnecessários (aka: "fake news")? Porque algo
> assente numa infraestrutura bem menos resiliente do que o espectro FM
> já existente?
> 
> Cumprimentos,
> Manuel Silva
> 
> 
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