[ANSOL-geral] estudo sobre impacto pirataria informática e relação com o Software livre e opensource

Paula Simoes paulasimoes gmail.com
Segunda-Feira, 28 de Maio de 2012 - 19:56:59 WEST


Obrigada, de facto o que me chamou a atenção neste estudo foi precisamente a não consideração do software livre e/ou gratuito, no que diz respeito a ANSOL. Entretanto podem ver aqui um bom texto sobre este estudo:  

http://ktreta.blogspot.pt/2012/05/treta-da-semana-correlacao-e.html  

--  
Paula Simoes


On Monday, May 28, 2012 at 9:36 AM, Rumo ao Desassossego wrote:

> apenas um remark à Paula
>  
> O estudo nao fala em software livre (o que é grave) mas factualmente não é correcto que considere o software livre como pirataria. No relatorio da BSA (cujos valores o estudo português utiliza) é possivel ver que o software livre é referido e qu não é considerado como pirataria - entrando nos cálculos ao nível de uma matriz de conversão baseada em custos. O que acontece - e é problemático - é que a a) a matriz não é divulgada, b) o método de cálculo provavelmente não reflecte adequadamente o contributo do software livre (para já não falar na incerteza dos dados usados), e c) a matriz é (mais do que) provavelmente inválida no caso português.
>  
> N.
>  
>  
> 2012/5/28 Rui Miguel Silva Seabra <rms  1407.org (mailto:rms  1407.org)>
> > Para dizer coisas dessas era preciso que subscrevessemos a ideia de que
> > a pirataria é um problema.
> >  
> > Como não é, não vamos juntar a nossa voz a essas vozes :)
> >  
> > Rui
> >  
> > On Sun, 27 May 2012 23:11:03 +0100
> > Ricardo Pinho <ricardodepinho  gmail.com (mailto:ricardodepinho  gmail.com)> wrote:
> >  
> > > Caros,
> > >  
> > > Mesmo a ser verdade, histórias complexas de conspiração como essa, não
> > > pegam na opinião publica.
> > >  
> > > Pediram sugestões para uma resposta da ANSOL ao estudo em questão.
> > > Juntei o meu contributo, pois a questão parece-me importante e
> > > assistia a um conjunto de respostas desenquadradas do que se pediu.
> > > Os pilares base da resposta que sugiro passa por esclarecer de forma
> > > fundamentada:
> > >  
> > > 1. COPIAR SOFTWARE LIVRE NÃO É PIRATARIA. DEVEMOS COMBATER A
> > > PIRATARIA, PROMOVENDO E USANDO SOFTWARE LIVRE!
> > >  
> > > 2. CONTINUAR A COMPRAR LICENÇAS APENAS CONTRIBUI PARA MANTER A SAÍDA
> > > DE DIVISAS DE PORTUGAL, APROFUNDA A NOSSA DEPENDÊNCIA, IMPEDE O
> > > FLORESCIMENTO DO MERCADO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE NACIONAL E
> > > MANTÉM A CAUSA DA PIRATARIA!
> > >  
> > > 3. APOSTAR EM SOFTWARE LIVRE LEVA VERDADEIRAMENTE AO DESENVOLVIMENTO
> > > ECONÓMICO LOCAL, À CRIAÇÃO DE EMPREGO NACIONAL E AO DESAPARECIMENTO
> > > TOTAL DA PIRATARIA!
> > >  
> > >  
> > > Mas esta é apenas uma mera sugestão de resposta, devem existir
> > > concerteza melhores...
> > > Ou a ANSOL vai deixar a opinião publica sem contraditório?
> > >  
> > > Cumprimentos,
> > > Ricardo
> > >  
> > >  
> > > No dia 27 de Maio de 2012 21:19, Paula Simoes
> > > <paulasimoes  gmail.com (mailto:paulasimoes  gmail.com)>escreveu:
> > >  
> > > > Isso seria assim se o problema desta gente fosse a "pirataria". A
> > > > questão é que não é. O problema desta gente é a abundância.
> > > >  
> > > > E a abundância é:
> > > > a) Software e conteúdos livres
> > > > b) Domínio público
> > > > c) Utilizações livres (designadas no CDADC)
> > > > d) Resolução do problema das obras órfãs.
> > > >  
> > > > Poderia explicar porque é que estas questões dizem respeito ao
> > > > movimento do Software Livre, mas o John Sullivan, da Free Software
> > > > Foundation, já deu três razões [1] para o movimento do Software
> > > > Livre se preocupar com a "luta anti-pirataria", que se podem
> > > > adaptar muito bem a este tipo de estudos:
> > > >  
> > > > 1. O objectivo destes estudos é servirem de base para convencer os
> > > > políticos a alterarem a lei de direito de autor no sentido de
> > > > forçarem, através da lei, a escassez que permita a estas empresas
> > > > continuarem com o seu modelo de negócio.
> > > > Isto implica que as mudanças na lei que estas empresas querem são:
> > > >  
> > > > a) acabar com a partilha de software e conteúdos livres (preciso de
> > > > dar exemplos de ataques ao software livre e às creative commons?),
> > > >  
> > > > b) acabar com o domínio público (a primeira lei de copyright dava
> > > > 14 anos de protecção após a publicação da obra, na Europa vamos em
> > > > 70 anos após a morte do autor e nos EUA vamos em 95; este ano, pela
> > > > primeira vez na história do copyright, o supremo tribunal americano
> > > > retirou centenas de obras que estavam em domínio público e voltou a
> > > > colocá-las debaixo de copyright),
> > > >  
> > > > c) acabar com as utilizações livres (não é este o objectivo do
> > > > DRM?),
> > > >  
> > > > d) impedir a resolução das obras órfãs (levando a tribunal
> > > > consórcios de universidades que tentem resolver este problema).
> > > >  
> > > > 2. É impossível combater a "pirataria" pela força. A única forma de
> > > > fazer diminuir ou desaparecer a "pirataria" é convencer as pessoas
> > > > de que a partilha é uma coisa má. E é isso que esta gente tem feito
> > > > e este estudo prova isso quando considera a maior parte do software
> > > > livre como pirataria. Mas no dia em que toda a gente achar que a
> > > > partilha é uma coisa má, o software livre deixa de existir.
> > > >  
> > > >  
> > > > Que ninguém se iluda: o software livre só existe porque, por
> > > > enquanto, a lei permite que ele exista.
> > > >  
> > > >  
> > > > [1] -
> > > > http://torrentfreak.com/the-war-on-sharing-why-the-fsf-cares-about-riaa-lawsuits-090513/
> > > >  
> > > >  
> > > > --
> > > > Paula Simoes
> > > >  
> > > >  
> > > > On Sunday, May 27, 2012 at 6:47 PM, Ricardo Pinho wrote:
> > > >  
> > > > > Caro Rui Seabra,
> > > > >  
> > > > > No dia 27 de Maio de 2012 17:33, Rui Miguel Silva Seabra
> > > > > <rms  1407.org (mailto:rms  1407.org)(mailto:
> > > >  
> > > > rms  1407.org (mailto:rms  1407.org))> escreveu:
> > > > > > Não faz qualquer sentido apoiar um estudo encomendado pela
> > > > > > Microsoft
> > > > >  
> > > > >  
> > > > >  
> > > > > as vitórias nas grandes batalhas da história deveram-se a reações
> > > > > que
> > > >  
> > > > não faziam sentido (inesperadas), tendo todas elas em comum o
> > > > re-direcionamento do impacto de um ataque do exército dominante
> > > > sobre ele próprio.
> > > > > Talvez esta seja uma dessas oportunidades?!... ;-)
> > > > >  
> > > > > Claro que o segredo da vitória estará na genialidade da redação do
> > > > texto, para a qual julgo haver aqui guerreiros à altura.
> > > > >  
> > > > > Cumprimentos,
> > > > > Ricardo
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