[ANSOL-geral] Mais um disparate sobre pirataria

Rui Miguel Silva Seabra rms 1407.org
Sexta-Feira, 11 de Maio de 2012 - 22:41:40 WEST


On Fri, 11 May 2012 09:46:01 +0100
Rui Maciel <rui.maciel  gmail.com> wrote:

> 94% dos alunos portugueses recorre a fotocópias de livros
> 
> Um estudo do ISTE, a que a Renascença teve acesso, sobre o impacto da 
> pirataria nos sectores da edição e das livrarias revela que em 2010 o 
> Estado perdeu 11 milhões de euros com a pirataria, as editoras mais
> de 35 milhões de euros e as livrarias quase 64 milhões.
> 
> Notícia em:
> http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=30&did=61833
> 
> Excertos:
> - É o primeiro estudo sobre o impacto da pirataria no sector do livro 
> realizado pelo ISTE – Instituto Universitário de Lisboa. Segundo o 
> documento a que a Renascença teve acesso, o fenómeno da pirataria no 
> livro custou ao Estado, em 2010, 11,35 Milhões de euros. Montante não 
> arrecadado em impostos e que equivale ao orçamento do Instituto do 
> Cinema e Audiovisual que, este ano, não abriu concursos para apoios à 
> sétima arte, por falta de verba.
> - Tal como o Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas 
> avançou há oito dias no programa "Ensaio Geral" da Renascença, com a 
> pirataria os editores sofreram prejuízos de quase 40 milhões de
> euros. De acordo com o estudo do ISCTE, fotocópias e download ilegais
> no ensino superior e profissional têm um impacto negativo de 35,5
> milhões de euros para os editores.
> - Também as livrarias se ressentem do fenómeno. A cópia ilegal no
> ensino superior e profissional representa um prejuízo de 63,57
> milhões de euros no retalho.
> 
> 
> Parece que a campanha de propaganda continua.
> 
> Note-se que preocupam-se com os supostos prejuízos para o estado, 
> editoras e livrarias, mas aparentemente não manifestam grandes 
> preocupações com os autores.  E isto é estranho, visto que a lei em 
> causa existe supostamente para proteger os direitos dos autores.
> 
> Note-se também que insistem em referir-se à cópia de obras como
> "cópias ilegais", quando elas são completamente legais.
> 
> É também interessante a forma como apontam tantos prejuízos, mas não
> se referem às verbas que são cobradas e pagas para compensar todo e 
> qualquer prejuízo hipotético atribuídos à cópia não-autorizada.
> 
> 
> Rui Maciel
> 

Ainda que estes números (obviamente fabricados) fossem verdadeiros, a
pergunta que nunca vejo uma resposta para é "isto é um problema,
porquê?".

Qual é que era a alternativa? Os alunos pagarem todos mais pelos livros
que, muito deles, são literalmente obrigados a comprar mesmo que isso
signifique que tenham de passar alguma fome nesse mês?

Isso contribuía como para a melhoria da sociedade? :)

Rui



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