[ANSOL-geral] Fwd: [ESOP] - Posição oficial sobre a Lei da Cópia Privada

Ricardo Lafuente bollecs sollec.org
Quarta-Feira, 21 de Março de 2012 - 16:09:49 WET


Pessoal, um apelo à sanidade.

Flame wars sobre posturas do Stallman ainda batem certo nesta lista.

Agora, vão mesmo começar com uma sobre o estado da nação?

É que se sim, começo a ficar realmente confuso com o âmbito desta 
mailing list.

On 03/21/2012 03:34 PM, José Sebrosa wrote:
> On 03/21/2012 02:17 PM, Carlos Patrão wrote:
>> Em 21-03-2012 13:07, Rui Maciel escreveu:
>>> On 03/21/2012 10:39 AM, Carlos Patrão wrote:
>>>> Em 20-03-2012 22:22, José Sebrosa escreveu:
>>>>> ...
>>>>>
>>>>> Desculpem o desenvolvimento do off-topic, mas em vésperas duma greve
>>>>> geral suicida montada para consumo dos egos dos seus promotores, tenho
>>>>> muito muito muito pouca tolerância.
>>>>>
>>>>
>>>> A Greve Geral é um investimento no Futuro.
>>>
>>> Isso é o chavão de propaganda reiterado pela organização desta greve
>>> geral.
>>
>> É tão chavão como dizeres que é Greve Geral é suicida.
>
>
> A imagem é minha.  Ao ver esta oh!-tão-sábia greve, não consigo evitar
> ver a imagem do gajo que entra no banco, aponta uma pistola à própria
> cabeça e berra:
>
> "Isto é um assalto!  Entreguem o dinheiro ou eu disparo!"
>
> Querem protestar contra a política do governo português?  Fixe, façam
> manifestações em Lisboa.  Querem protestar contra a política Europeia?
> Fixe, façam manifestações em todas as capitais da UE e em Bruxelas.
> Querem ser mais imaginativos do que meramente fazer manifs?  Fixe,
> sejam.  Façam flash mobs, facebook actions, distribuam panfletos
> perfumados no Metro, organizem desfiles de porcos vestidos de fraque à
> porta do Parlamento.
>
> Mas fazer greve geral num contexto destes é o cúmulo da estupidez.  Ë
> como fazer greve ao fornecimento de água no meio dum incêndio.
>
> Porém, tenho pouca esperança.  Infelizmente, é mesmo verdade que
> "Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão".
>
> :(
>
>
>>> Mas será que corresponde à verdade?  Por exemplo, qual é o objectivo
>>> concreto desta greve?  Se omitirmos um hipotético exercício de
>>> consolidação de poder por parte da nova direcção então não existe mais
>>> nenhum objectivo específico para ela.  Até mesmo os chavões são o mais
>>> vago possível.
>>>
>>
>> Já que o Governo nos rouba impunemente, tentamos causar-lhe o maior dano
>> possível, bom, bom, era ele cair, ir embora com o rabo entre as pernas
>> ou ser derrubado, por mim qualquer das hipóteses é boa, desde que lhe
>> ponham ponto final.
>>
>> Não gosto de ser roubado, é algo que me chateia mesmo, este Governo
>> ultrapassou todas as marcas da decência, vivemos em ditadura, mas há
>> quem não se vergue, ainda temos gente que não se verga aos betinhos do
>> Governo e aos seus interesses.
>
>
> Já que referes que não gostas de ser roubado, convido-te à seguinte
> reflexão:
>
> Em termos práticos, a greve geral vai (se tiver sucesso, mas faço votos
> de que não!) meramente fazer parar transportes e serviços públicos e por
> essa via manietar os Portugueses que não podem prescindir de fazer a sua
> vida normal.
>
> Esses vão ser, efectivamente, roubados, e não vão poder fazer nada para
> o impedir.
>
> Como sugeres que se impeça esse roubo?
>
>
>>>> Isso é pura propaganda, se não pagarmos os juros usurários que nos estão
>>>> a extorquir os nossos problema de tesouraria melhoram muito.
>>>
>>> Ninguém empresta dinheiro a fundo perdido ou sem ter algo a ganhar.
>>> Logo, é perfeitamente irrealista esperar que haja alguém a emprestar
>>> dinheiro sem que beneficie algo com isso.
>>>
>>
>> Se não pagarmos juros usurários não precisamos de pedir dinheiro a
>> ninguém para cobrir a tesouraria, a questão que estava a ser discutida
>> era apenas essa, por isso quando se diz que não havia dinheiro para
>> pagar as pensões e salários sem os empréstimos, é evidente que estamos a
>> enviesar a discussão,
>
>
> Pelo contrário.  A retórica que debitas é que está a enviesar a discussão.
>
>
>> há uma agenda de direita
>
>
> Adjectivo.
>
>
>> conservadora,
>
>
> Adjectivo.
>
>
>> ne-liberal
>
>
> Adjectivo.
>
>
>> que querem impor a todos custe o que custar
>
>
> Afirmação não provada, ou seja, gratuita.
>
>
>> e esta questão da dívida até dá jeito, mesmo que se afunde o país, como é o caso.
>
>
> Afirmação gratuita que, em todo o caso, deixa espaço para perguntar:
>
> Então e greves gerais não afundam o País?
> Será que umas maneiras de afundar o País são más e outras são boas?
>
>
>> Não resisto a citar
>> Napoleão Bonaparte, ele dizia que com as baionetas se pode fazer tudo
>> menos sentar em cima delas, esteja certo que o Governo e acólitos se vão
>> sentar na cama que andam a tecer.
>
>
> É isso que queres?  Baionetas?  Isso não afunda o País?!?
>
> Eu não quero baionetas.  Muito menos, baionetas enterradas nos corpos
> errados.
>
> O problema da Democracia é este:  Como as escolhas são nossas, é um
> bocadinho mais difícil fugir às nossas responsabilidades.  As políticas
> que nos levaram a isto resultaram de escolhas nossas.  Escolhemos olhar
> para o lado porque dava trabalho.  Escolhemos apreciar e aplaudir os
> governos que nos lançavam dinheiro fácil embrulhado em "direitos
> adquiridos" porque sabia bem.
>
> Pois bem.  Escolhemos.  Eis agora a factura.
>
> Agora queres que a nossa escolha seja atirar com as culpas para os
> outros?  Dizer que a culpa é dos juros?  Mas deves ter reparado que só
> há juros porque há empréstimos!
>
> Não.
>
> Alguém falava aqui de Soberania.  É bem verdade que as baionetas
> conseguem muita soberania.  Mas não é essa a soberania que eu desejo
> ter.  Eu quero ter a soberania dos que sabem fazer escolhas e sabem
> assumir responsabilidades por elas.
>
> Sacudir água do capote pode saber bem.  Até pode dar montes de votos.
> Mas não é um bom caminho.
>
>
> Cumprimentos,
> José Sebrosa
>
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