Re: [ANSOL-geral] Fwd: [BITITES] ESOP estima que OE2011 pode poupar 80 milhões em software

Gonçalo Valverde goncalo.valverde gmail.com
Terça-Feira, 30 de Novembro de 2010 - 15:52:46 WET


Caro Lopo, parece-me que quem começou a questão da polémica não fui eu, mas
sim o Lopo ao descartar logo à partida várias iniciativas que me parecem ser
relevantes.

Não me parece que exista falta de seriedade politica por parte do partido em
causa, porque como já referi o trabalho desenvolvido pelo mesmo não se
esgota na apresentação de propostas, e o software livre é utilizado no dia à
dia desse mesmo partido.  Aliás, até posso adiantar que o seu grupo
parlamentar é dos poucos (se não mesmo o único) que utiliza software livre,
fruto inclusivé de uma recomendação à AR por parte desse partido.

Relativamente à questão da Peninsula Digital, esse projecto data ainda dos
tempos em que a AMRS se chamava ainda AMDS e já tem largos anos. Não consigo
precisar exactamente a data em que o projecto surgiu mas tenho a certeza que
foi antes inclusivé dos projectos de resolução na AR relativamente ao
software livre. Mais, se a memória não me falha, existiam inclusivé
limitações nos proprios programas governamentais que forçavam à utilização
de software proprietário.

Quanto à questão do GIS,  sei que várias câmaras já tinham software de
informação geográfica à anos. Não me surpreende que depois de terem feito o
investimento não queiram agora estar a dispender mais dinheiro (e numa
altura de contenção financeira) em novas soluções. Claro que se uma câmara
agora começar com uma solução de informação geográfica fará todo o sentido
de investir no OpenGIS. Mas na década de 90 (que se a memória não me falha
foi por exemplo quando arrancou o projecto de informação geográfica  no
concelho do Seixal) a situação não era tão linear.

Dito isto, sim concordo que as câmaras de maioria CDU deviam ter uma maior
aposta em software livre, agora discordo da análise do Lopo sobre isso
invalidar forçosamente os projectos de resolução do PCP, quando existe outro
trabalho feito por esse partido nessa área, inclusivé em outras câmaras
municipais, como o Paulo aqui bem lembrou.

2010/11/30 Lopo Lencastre de Almeida <lopo.almeida  sitaar.com>

> Caro Gonçalo,
>
> Não querendo entrar em polémicas isso não é completamente verdade, Nem
> sequer a desculpa de que não têm pessoal formado serve de muito.
>
> A AMRS, que é de maioria CDU ,fez um acordo para o Península Digital todo
> baseado em software Microsoft. Câmaras como a da Moita que tinham o site em
> software livre passaram a tê-lo em software proprietário porque no concurso
> não foi acautelado o uso do software livre.
>
> A AMRS, que é de maioria CDU, nunca fez um único curso de software livre.
> Em vez de mandarem o pessoal da informática ir tirar novos cursos de
> produtos Microsoft porque não os mandar ir tirar uma LPI? Quanto mais não
> fosse sempre era um investimento em critérios de seriedade política.
>
> Qual a justificação para as câmaras não usarem o Mozilla Firefox e o
> OpenOffice.org?
> Se há Câmaras que investem em OpenGIS e nem são da CDU porque a CDU prefere
> software proprietário.
>
> Ou os tais acordos que forçam "que muita da utilização do software por
> parte das câmaras depende de acordos estatais" é para todos ou não são para
> ninguém. Logo é impossível dizer que numas Câmaras CDU o software livre é
> possível (conforme os designios do PCP Nacional) e noutras parece que não.
>
> E, no meu entender, retira toda a validade às propostas do PCP já que é
> mera hipocrisia e demagogia política. Ou então o PCP não tem poder sobre os
> seus autarcas e isso a mim parece-me muito estranho e difícil de acreditar.
>
> Quanto ao BE. Sinceramente, nem estão sempre a martelar no Software Livre e
> nem a "sua" presidente é lá muito sua como se sabe pelo seu passado recente.
> Essa é mais uma das argoladas do BE. Não se deve ter candidatos a qualquer
> preço -- ex. Sá Fernandes -- mas parece que alguns ainda não aprenderam.
>
> Caro Paulo, perguntas a pessoas do PCP não servem. Disso também eu tenho.
> Eu queria era a resposta INSTITUCIONAL do PCP (e, já agora dos Verdes
> também), e isso é que eles não dão. Experimentem.
>
> 1,
> Lopo
>
> > ---------- Mensagem reencaminhada ----------
> > From: "Gonçalo Valverde" <goncalo.valverde  gmail.com>
> > To: ansol-geral  listas.ansol.org
> > Date: Mon, 29 Nov 2010 14:14:52 +0000
> > Subject: Re: [ANSOL-geral] Re: Digest Ansol-geral, volume 81, assunto 22
> > Não querendo entrar em polémicas simplistas, também não me parece
> correcto a afirmação "poder absoluto" quando sabemos que muita da utilização
> por parte do software por parte das câmaras depende de acordos estatais.
> > Embora concorde que mais vale ser que parecer, e que o software livre
> devia estar muito mais enraizado no poder local dos partidos que defendem a
> sua utilização, também não posso deixar de apontar que o PCP não se limita
> apenas a apresentar projectos de lei nesse sentido, mas utiliza o mesmo no
> seu dia a dia bem como tem promovida a sua utilização em diversas
> iniciativas.
> >
> > Já agora, aproveito para questionar porque é que o Lopo não coloca a
> mesma questão relativamente ao BE, uma vez que o mesmo detêm a presidencia
> de uma câmara municipal (Salvaterra de Magos)
> >
> > De qualquer das formas, não me parece que esta questão retire validade às
> inicitivas tanto do BE como do PCP.
> >
> > Cumprimentos
> >
>
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