[ANSOL-geral] Magalhães na Venezuela é diferente do Português

paula simoes ppsimoes gmail.com
Sexta-Feira, 26 de Setembro de 2008 - 10:05:06 WEST


On Thursday 25 September 2008 23:57:06 Manuel Silva wrote:

> Nós por cá vamo-nos contentando com a versão dual-boot... À partida
> não me parece mal mas depois temos coisas como a Diciopédia (que está
> incluída, pelo que li um destes dias), a própria aplicação que
> converte o Windows numa máquina "children-friendly", etc., que são
> mais-valias a favor da utilização do Windows. 

O problema maior a meu ver é que normalmente a educação para as novas 
tecnologias é feita aprendendo programas específicos. Ou seja, ensinam os 
alunos a trabalhar no Microsoft Office e não num processador de texto.
Obviamente que com este tipo de ensino, o que acontece é que muda o layout, o 
design de um programa e os alunos sentem que não sabem trabalhar nesse.
Além disso, não concordo nada com o facto do Magalhães ter dual boot.

Porquê dual-boot? Para que precisa uma criança de dois sistemas operativos?

Qual é a mensagem que estamos a passar às crianças? Que Linux é fixe, mas ah e 
tal ainda não é muito bom e por isso talvez precises do Windows algumas 
vezes?
Estamos a formar crianças! Porque havemos de as "viciar" (tendo em conta a 
forma como se ensina para as novas tecnologias e que já mencionei acima, 
parece-me este um vocábulo apropriado) em sistemas proprietários?
Quando estas crianças crescerem e comprarem (se puderem) outro computador 
poderão pagar um Microsoft Office? Um Photoshop? Ou, confrontadas com a 
possibilidade de fazerem um download ainda que ilegal, tão simples, tão 
rápido à distância de um clique, não optarão antes por isso? Só porque lhes 
foi passada a ideia de que esses programas é que são bons?
E porque havemos de continuar a mostrar-nos inseguros, a transmitir esta ideia 
de que o Linux talvez ainda não esteja tão bom?
Eu só uso Linux. Serei menos profissional por causa disso? Será que o meu 
trabalho é pior do que o dos outros? Será que o meu trabalho não é tão bom 
por ser feito em Linux?
E porque é que um projecto, certamente apoiado monetariamente pelos 
contribuintes, faz uso de software proprietário? Fará isto lagum sentido?
Paula Simões





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