[ANSOL-geral] Brasil decide dizer 'não' ao padrão OpenXML

Bruno Santos bsantos gmail.com
Terça-Feira, 28 de Agosto de 2007 - 16:10:05 WEST


Alguém sabe se isto também aconteceu cá?

http://it.slashdot.org/comments.pl?sid=281505&cid=20383569

"(...)an employee of an MS partner announced the voting procedure as

      * Consensus to approve - vote to approve
      * majority approve - vote to approve
      * no majority - vot to approve
      * majority to dis-approve - vote to approve with comments
      * consensus to dis-approve - abstain"


Não há regras para que quem propõe o documento a aprovação não poder ter
representantes nestas reuniões para decidir o voto?

On Mon, 2007-08-27 at 19:17 +0100, Marco Lima wrote:
> Salve !!
> 
> Cheguei hoje do Brasil e é com grande alegria que escrevo essa notícia 
> para lista, alguns do membros da lista já devem saber da notícia.
> 
> O Brasil votou NÃO!, esse voto foi resultado de um maravilhoso trabalho 
> de equipa, foi alcançado graças ao trabalho e a dedicação de muitas 
> pessoas que de forma directa ou indirecta dedicaram o seu tempo a 
> análise técnica da especificação proposta, deixando muitas vezes de lado 
> a própria família, os compromissos pessoais, os finais de semana e quase 
> todos os outros raros momentos de lazer que temos para contribuir com a 
> discussão.
> 
> O agradecimento é maior a todos os profissionais que trabalharam 
> directamente no GT2 da CE 21:34 da ABNT, que como lembrou o Furusho da 
> CELEPAR, correram até risco de vida para poder levar o trabalho à diante 
> (uma parte considerável das pessoas estava no aeroporto de Congonhas no 
> dia do acidente com o avião da TAM, pois uma das reuniões foi realizada 
> em São Paulo naquele dia). Citando ainda o Furusho, não somos marionetes...
> 
> Era evidente o balanço de opniões. Todas as empresas e instituições 
> governamentais como MCT, ITI, MP, Banco do Brasil, Caixa Econômica, 
> Correios, Serpro, Celepar, etc, mais organizações como BrOffice.org, 
> Rede Livre, ODF Alliance, mais empresas do calibre da Sun, Red Hat, 
> 4Linux, IBM, Metrô de São Paulo, Google e outras, votariam NÃO.
> 
> O SIM era mantido pela Microsoft, UNESP, SUCESU-SP, Associação de 
> Parceiros Microsoft, e mais uma porção de empresas regionais ou de 
> alcance menor.
> 
> A maioria dos membros do comitê da Associação Brasileira de Normas 
> Técnicas (ABNT) que discutiu a posição da entidade sobre a padronização 
> de documentos eletrônicos indicou a manutenção do ODF (Open Document 
> Format) pela ISO em contraposição àqueles que defendiam a adoção do 
> padrão OpenXML da Microsoft.
> 
> O fato de ter escolhido o voto "não, com condicionantes" significa que, 
> caso sejam resolvidos os 63 problemas levantados pela equipa técnica, o 
> Brasil poderia mudar seu voto, mas essa é uma possibilidade muito remota.
> 
> O grupo que avaliou proposta da Ecma de tornar o OpenXML um padrão ISO, 
> representado pela ABNT, levantou uma dezena de problemas técnicos e por 
> isso a decisão pelo “não, com condicionantes” anunciada pelo País é 
> esperada e lógica.
> 
> Entre esses problemas, que significam que o padrão proposto não garante 
> a compatibilidade com o legado, não estão especificado itens como a 
> incapacidade de suportar caracteres chineses e a capacidade de inserir 
> códigos binários. A impressão que fica é que foi um padrão feito às 
> pressas, sem refinamento.
> 
> Portanto, o grupo decidiu não contrariar a recomendação de que seria um 
> bom padrão aberto. A conclusão é de que o OpenXML não está maduro o 
> suficiente e por isso não vale a pena voltar à prancheta para recomeçar 
> se já temos um padrão ISO pronto que não exclui nenhuma tecnologia.
> 
> Como disse o Jomar: "... ás vezes, David derrota mesmo Golias... Sou 
> Brasileiro, não desisto nunca !!!"
> 
> Um abraço a todos,
> 
> Marco Lima
> 
> 
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