[ANSOL-geral] Oportunidades de negócio com Software Livre?

Carlos Patrão cpatrao moredata.pt
Sexta-Feira, 23 de Janeiro de 2004 - 11:06:41 WET


Viva,

Só para dar uma ideia totalmente diferente da que está a ser veiculada
pelo Lopo de Almeida :-)

O estado é o grande motor da económia portuguesa (cerca de 50% do PIB),
veja-se o que aconteceu nesta crise, o estado corta no investimento e os
privados (fundamentalmente os grandes grupos económicos) fazem
exactamente o mesmo, porque estão bastante dependentes dos contratos com
o estado. Todos dizem mal do estado, mas todos vivem à conta dele .

Tudo isto para dizer que o sector público é por execelência o mercado
dos mercados em Portugal e como tal não pode ser nunca marginalisado
enquanto tal. 

Não é fácil vender ao estado, é verdade, mas também não é fácil vender
aos grandes grupos económicos, às vezes há mais "politiquice" nestes que
no estado :-) e quanto a maus pagadores, acreditem que existem empresas
privadas (nomeadamente nos grandes grupos económicos) muito piores que o
estado.

Só para dar uma ideia um pouco mais optimista do sector público, do
ponto de vista do software livre, posso contar a experiência da
Moredata, onde o sector público tem um peso elevado na carteira de
clientes. Dentro do sector público temos clientes nos seguintes
ministérios:

- Ecónomia
- Segurança Social
- Agricultura
- Finanças
- Obras públicas
- Câmaras Municipais

Em todos estes ministérios e organismos existem LINUX's instalados, e
outras componentes de software livre.

Conclusão: 

Não pode existir uma estratégia de software livre para Portugal, sem
sector público e este tem que ser encarado como preponderante
relativamente a todos os outros até porque é o nosso dinheirinho que
"arde".

Como sugestão, acho que no site da ANSOL deveria de existir na página
principal um link para projectos de sucesso com software livre para
mostrar que existem já muitas soluções informáticas em Portugal que o
utilizam.

Cumps.


Lopo de Almeida wrote:
> 
> Só para dizer que daí (das escolas e do Estado) não vem grande negócio para
> as empresas.
> Quem como eu tem feito contactos com diversos centros de formação de
> professores sabe qual é a dificuldade em promover sequer os cursos de Linux
> (como empresa) quanto mais outro tipo de negócios.
> 
> Claro que se fôr uma Associação sem Fins Lucrativos e sem necessidade de
> ganhar dinheiro a conversa é completamente outra. É difícil mas não tanto.
> 
> E quando ao resto da Administração Pública, todos os PME sabem como são os
> critérios exclusivistas para o fornecimento. E o mau pagamento,
> especialmente das Autarquias.
> 
> Ora, como a maior parte das empresas que se dedicam ao SL são PME e com uma
> grande aversidade a fazerem qualquer tipo de Joint-Ventures com o objectivo
> de poderem competir com as grandes (que não se importam nada de fazer JV)
> acho complicado "atacar" certos mercados Estadistas.
> 
> Bom, bom, é deixarmos de vez de pensar no Estado como um cliente "guloso"
> (no sentido de apetitoso) e começarmos a debruçarmo-nos sobre os outros
> potenciais clientes. E não esquecer nem perder de vista que sem Marketing
> não à negócios.
> 
> 1[],
> 
> Lopo
> 
> ----- Original Message -----
> From: "Rui Miguel Seabra" <rms  1407.org>
> To: <ansol-geral  listas.ansol.org>
> Sent: Wednesday, January 21, 2004 11:59 AM
> Subject: [ANSOL-geral] Oportunidades de negócio com Software Livre?
> 
> No entanto, a ministra frisa que o esforço feito pelo Governo vem da
> definição clara de uma estratégia de apoio à ciência, redistribuíndo
> os fundos de programas para financiar as áreas de conhecimento e
> ciência. "Queremos a ciência na sociedade, uma ciência que chegue a
>                                            ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
> todos nós, nas escolas, nas escolas primárias, rumo à qualificação
> ^^^^^^^^^                                      ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
> de todos os portugueses", disse ontem em conferência de imprensa.
> ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
> 
> In O Público
> http://jornal.publico.pt/2004/01/21/Ciencias/H01.html
> 
> --
> + No matter how much you do, you never do enough -- unknown
> + Whatever you do will be insignificant,
> | but it is very important that you do it -- Gandhi
> + So let's do it...?
> 
> Please AVOID sending me WORD, EXCEL or POWERPOINT attachments.
> See http://www.fsf.org/philosophy/no-word-attachments.html
> 
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