[ANSOL-geral]Proposta de carta para a ASSOFT

Jaime E. Villate villate arroba gnu.org
Wed, 16 Jan 2002 15:52:06 +0000


On Wed, Jan 16, 2002 at 02:58:39PM +0000, ajc arroba eurotux.com wrote:
> Chegar à ASSOFT com a mensagem implícita "vocês são servos de S=
atanás e
> das Forças do Mal,  convertam-se ou arderão no inferno" não me pa=
rece a
> melhor estratégia.

Eu não vi essa mensagem implícita na proposta do Rui Miguel. A carta está em
termos muitos cordiais e de respeito. O mesmo tom que temos usado para nos
dirigir ao presidente da câmara do Porto ou aos Ministros Mariano Gago e
Alberto Martins, e nesses casos deu bons resultados.

Tem em conta que com certeza a ASSOFT já deve ter ouvido falar sobre o
software livre e deve ter ouvido posições muito mais radicais do que a
nossa. Se vamos falar numa forma excessivamente neutra, vaõ pensar que estamos
a ser hipócritas ou a tentar dar graxa.

> Por isso, mesmo que haja entre nós quem pense que a
> propriedade intelectual é um conceito demoníaco, não creio que se=
ja
> apropriado ir falar com a ASSOFT nestes termos.
Na última proposta não se falou nesses termos; simplesmente eliminou-se o
termo; a posição da FSF perante a propriedade intelectual já é pública e muito
divulgada; se formos falar de propriedade intelectual e depois dizer que
defendemos os principios da FSF, vamos ficar mal vistos.

> ... temos que começar
> pelas semelhanças e não pelas diferenças.
> 
> E há semelhanças: defendemos a aplicação e o respeito por licen=
ças de
> software.
Concordo

> Nós usamos uma licença em particular, a GPL, e esperamos que seja c=
umprida.
Não necessariamente GPL; há muitas licenças livres diferentes da GPL.

> Somos, ou devemos ser, ambos contra a pirataria: se toda a
> gente pagasse pelo sofware proprietário haveria muito mais uso de sof=
ware
> livre.
Discordo totalmente. O fim não justifica os meios; o nosso objectivo é
fomentar o uso do software livre, mas para o conseguir não concordo com que um
rapaz numa escola seja levado preso por ter copiado o Windows do seu colega.

> Explorar as diferenças não leva a nada: nós preferíamos que ele=
s não
> existissem, eles preferiam que nós não existíssemos... para isso =
é melhor
> não fazer nada.
Ninguém disse isso. Eu acho que a nossa posição é "prefíamos que não agissem
da forma como o fazem". Também não podes afirmar que a ASSOFT prefira que a
ANSOL não exista; espera pelo menos que tenham oportunidade de responder à
carta.

Jaime