[ANSOL-geral]ASSOFT

Jaime E . Villate villate arroba gnu.org
Thu, 20 Dec 2001 10:09:55 +0000


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On Wed, Dec 19, 2001 at 11:24:09PM +0000, Gustavo Alberto Homem wrote:
> Acho optimo que trabalhes na resposta. Parece-me que o entrevistado sofre
> de um mal comum: num pais novo rico e nao se acredita que alguem queira
> trabalhar em prol da ciencia. Urge afirmar a computacao como ciencia e que
> o software livre aparece como uma procura de progresso global por oposicao
> ao progresso exclusivo que pretendem certas empresas. Portanto quanto ao
> ninguem trablhar de graca a resposta esta' ai para quem quiser ver.Veja-se
> o software existente. Que percentagem do software "livre" e' realmente
> pago ?

Realmente temos muito trabalho por fazer, pois em Portugal n=E3o existem
empresas como Alcove ou pessoas como o Loic Dachary que recebem um ordenado
numa empresa, para produzirem software livre. Ontem falava-se aqui na lista
sobre a situa=E7=E3o prec=E1ria do software livre na Faculdade de Economia =
do
Porto. Mas n=E3o pensem que na Faculdade de Engenharia, que organiza anualm=
ente
o "Porto Cidade Tecnol=F3gica" a situa=E7=E3o seja algo melhor. Quens traba=
lhamos
com software livre na FEUP somos uma pequena minoria (ol=E1 Raul e os dois
Nunos!). O resto, incluindo o Centro de Inform=E1tica, trabalha com software
propriet=E1rio e at=E9 perdem tempo e dinheiro a pedirem patentes para o so=
ftware
que escrevem.
=20
H=E1 duas semanas demiti-me do conselho do nosso departamento, porque insis=
tiam
em enviar todas as comunica=E7=F5es: actas, convocat=F3rias, etc, em format=
o Word;
nem o formato impresso foi aceite como alternativa. At=E9 agora n=E3o recebi
resposta nem coment=E1rios de nenhum dos quarenta e tal docentes do
departamento.
=20
Nos est=E1gios de inform=E1tica que tenho orientado, trabalham sempre no
desenvolvimento de coisas que j=E1 est=E3o feitas, mas que querem refazer n=
uma
outra linguagem e em forma n=E3o-livre, para poder "comercializar" o
resultado. Por exemplo um estagi=E1rio trabalhou um semestre numa empresa
multinacional importante de Software para desenvolver uma aplica=E7=E3o que=
 depois
foi vendida a uma importante empresa de fotografia, para manterem um album =
de
fotos no seu site. Obviamente n=E3o foi-me permitido ver o c=F3digo fonte, =
mas com
certeza que foi um programa muito simples no qual foi investido muito tempo;
poderiam ter usado um dos muitos programas semelhantes, livres, j=E1 existe=
ntes;
a empresa fotogr=E1fica julgo que n=E3o quer saber se o software que est=E1=
 por tr=E1s
do seu site =E9 livre ou n=E3o; o importante =E9 ficarem com o site como qu=
eriam, e
estar=E3o dispostos a pagar na mesma. =C9 preciso fazer ver =E0s empresas q=
ue =E9
poss=EDvel fazer negocio com o software livre, sempre que respeitem algumas
regras simples.
=20
> E' aquela historia de o pobre desconfiar de muita esmola...
>=20
> Quanto 'a questao de ser livre versus ser gratuito acho que urge
> distuinguir o software em si dos servicos. Se alguem quiser copiar um CD
> fica-lhe ao preco do CD , se alguem quiser ler o CD no computador e copiar
> bit a bit para um papel fica-lhe a custo zero :)

O senhor Cerqueira tem uma confus=E3o entre o software livre e gratuito. Por
isso n=E3o v=EA a import=E2ncia da GPL nem o facto de existirem padr=F5es m=
uito claros
na comunidade do software livre: por exemplo as "Debian Free Software
Guidelines".

Jaime
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