[ANSOL-geral]ASSOFT

Gustavo Alberto Homem gach arroba mega.ist.utl.pt
Wed, 19 Dec 2001 23:24:09 +0000 (WET)


Ola Rui e restantes membros da mailing list:

Acho optimo que trabalhes na resposta. Parece-me que o entrevistado sofre
de um mal comum: num pais novo rico e nao se acredita que alguem queira
trabalhar em prol da ciencia. Urge afirmar a computacao como ciencia e que
o software livre aparece como uma procura de progresso global por oposicao
ao progresso exclusivo que pretendem certas empresas. Portanto quanto ao
ninguem trablhar de graca a resposta esta' ai para quem quiser ver.Veja-se
o software existente. Que percentagem do software "livre" e' realmente
pago ?

E' aquela historia de o pobre desconfiar de muita esmola...

Quanto 'a questao de ser livre versus ser gratuito acho que urge
distuinguir o software em si dos servicos. Se alguem quiser copiar um CD
fica-lhe ao preco do CD , se alguem quiser ler o CD no computador e copiar
bit a bit para um papel fica-lhe a custo zero :)

Se ele quer definir as coisas, nao custa nada mostrar-lhe as definicoes
rigorosas.

Alias estas questoes estao ha' muito respondidas para quem as procurar
eslarecer (www.fsf.org etc...)

Quanto 'a questao de ter que se padronizar, o que quer ele padronizar ? Eu
reconheco que falta uma certa padronizacao no linux o que leva a muito
trabalho ser repetido em paralelo por diferentes companhias mas nao deve
ser a isso que ele se refere.

Obrigado pela iniciativa e esperamos o artigo para darmos uma ajuda.

Bom trabalho
Gustavo


"2+2=5 for extremely large values of 2"


On 19 Dec 2001, Rui Miguel Seabra wrote:

> Esta decidido.
> 
> Depois da brilhante entrevista ao Sr. Manuel Cerqueira da ASSOFT, esta
> visto que vou mesmo escrever uma resposta que podera eventualmente ser
> uma comunicacao da ANSOL a respeito do assunto.
> 
> Para quem nao se lembra do meu mail anterior, constava o seguinte:
> 
> -------------------
> http://jornal.publico.pt/2001/12/17/Computadores/TI05.html
> 
> Para Manuel Cerqueira, estes são motivos de sobra para que o Governo
> adopte finalmente uma posição formal, clara e forte com vista a=
 apoiar a
> defesa da propriedade intelectual do "software" e a auxiliar as pequenas
> e médias empresas (PME), cuja fragilidade financeira, na perspectiva=
 da
> Assoft, as impede muitas vezes de adquirir "software" devidamente
> legalizado.
> -------------------
> 
> Agora, tendo em conta a entrevista no tek (
> http://tek.sapo.pt/4S0/297480.html ) urge uma resposta.
> 
> Ate segunda feira prometo ter um texto polido de rebate a entrevista:
> 
> TeK: O software livre vem alterar parcialmente as regras desta
> indústria?
> M.C: Toda a criação de software é bem vinda pela ASSOFT, p=
ois consiste
> numa obra intelectual. Concretamente em relação à comunida=
de Linux, que
> se pretende implementar no mercado, tem obrigatoriamente necessidade de
> se padronizar, porque é um risco para qualquer empresa ter software
> Linux nos seus computadores sem existir algo que obedeça a uma
> padronização e que depois a partir permita a adopção =
das derivações
> necessárias. Mas é necessário que haja uma base que todos =
os elementos
> pertencentes a essa comunidade respeite, de modo a que quando um
> programador comece a experimentar um programa já existente saiba at=
é que
> ponto é que pode ir.
> Depois, normalmente quando ouvimos falar em software gratuito começa=
mos
> logo a pensar que é um software gratuito. Mas eu vejo inúmeros =
anúncios
> a dizer que a nova versão do Red Hat custa nove contos de um lado e =
12
> ou até mesmo 15 de outro. Precisamos de definir o que é que =
 livre. Mas
> que eu saiba, ninguém que eu saiba pode trabalhar gratuitamente. Qua=
nto
> mais não seja, tem despesas com o desenvolvimento do software, a cri=
ação
> dos manuais de instrução, o fabrico dos CDs. Tem que haver aqui=
 uma
> clarificação por parte dessas empresas para que sejam devidamen=
te
> reconhecidas pela comunidade.
> 
> TeK: A ASSOFT integra como associada alguma empresa que produz software
> livre?
> M.C.: Não, mas estamos em vias de termos. Fomos abordados por um
> programador que afirma que vai proceder a uma certa padronizaçã=
o e
> organização deste tipo de software e vai tentar organizar-se. E=
u
> disse-lhe logo que seria muito bem vindo dentro da ASSOFT.
> 
> TeK: Acha que o sistema de licenciamento General Public License poder=

> servir para padronizar esse tipo de software?
> M.C.: É uma situação um bocado dúbia, porque no meio =
disto tudo não há
> “almoços grátis”. Portanto, alguém tem que=
 custear isso. E eu não
> acredito que de alguma maneira estes programas possam continuar a ser
> gratuitos. Há-de chegar uma altura em que essas empresas começe=
m a
> pensar a ganhar dinheiro. E aí voltamos ao princípio. É il=
usório
> confundir o software livre com software gratuito. 
> 
> 
> -- 
> + No matter how much you do, you never do enough -- unknown
> + Whatever you do will be insignificant,
> | but it is very important that you do it -- Ghandi
> + So let's do it...?
>